O aespa conseguiu escapar não só do porão como também se livraram de KWANGYA em Spicy

Oi, eu sou a Bea. E tinha tempo que eu não criava tanta expectativa para um álbum. E por isso vou comentar o álbum inteiro! Vem comigo.

Esse é um álbum um pouco interessante porque já tínhamos ouvido praticamente todas as faixas no concerto delas — porque a empresa maltrapilho adiou o comeback mas deixou tudo na setlist, enfim.

Já falei sobre Welcome to MY World que é a primeira faixa do álbum, então vamos para Spicy

A quebra entre as duas faixas chega a ser engraçada. A primeira é uma vibe “perdi família, amigos e minha casa” e logo em seguida “tô estourando de gostosa, você não tá entendendo”. Enfim, a superação rápida.

Mas sim, aparentemente elas foram deportadas de Kwangya e agora estão vivendo no mundo real de novo — o que nas letras miúdas significa que a SM cansou do conceito, como todos nós esperávamos. Uma coisa meio Mean Girls um pouco menos tóxicas e com mais dinheiro. 

Apesar de celebrarmos a morte do cabelo da Karina nesse MV e da estética ser diferente do que vimos nos outros MVs, de certa forma ainda manteve o “aespacore”. E não sou muito fã de grupo com historinha, mas a lore do aespa consegue ser interessante. O MV me passou a impressão de ser antes delas terem contato com as æ, então nós estamos indo em direção ao início de tudo.

Enquanto Welcome to MY World parece ser uma música sobre o luto de ter que voltar para o mundo real, Spicy é um paralelo de como elas pareciam gostar bastante dessa realidade antes de conhecerem o mundo das æ. Que, aliás, não deram as caras nesse comeback, nem mesmo nos teasers. O que contribui para a teoria de que esse comeback é um prequel, a historinha antes da história principal.

O instrumental da title se manteve fiel à base das outras titles, o que achei incrível considerando a mudança de conceito. Também é o tipo de música que você vai gostando mais conforme escuta mais vezes. 

Começamos o verão, senhores.

Dois centavos da Rafa sobre Spicy

Fazia um bom tempo (lê-se desde o debut) que o aespa não me agradava assim de primeira. Quer dizer, eu ainda precisei ouvir umas duas vezes pra entender se eu realmente tinha gostado de Spicy, mas é real: é o melhor lançamento delas desde sempre. Isso porque Spicy apresenta um outro lado do aespa que ainda não tínhamos conhecido, que é o de ser kpop. Entre todas aquelas experimentações, universos distópicos e lores complicadíssimas sem nenhum apelo, ninguém de fato sabia ao certo como o grupo se comportaria sendo… Normal.

O problema de Spicy, no entanto, é que aparentemente metade do grupo não carrega o appeal que a música promete o tempo todo, e isso fica muito pesado pra Ningning e os peitos da Giselle. O refrão é divertido e grudento, principalmente na segunda parte, mas quando a gente escuta o resto do EP, Spicy parece uma faixa intrusa e com menos entrega que o resto. Mas ver o aespa sendo um grupo de kpop com os pés no chão já adiantou muita coisa.

Dessa vez a transição é mais suave, mas dá para perceber que Salty & Sweet desce um pouco o tom. Ainda temos um ritmo mais acelerado e um som metálico, mas a vibe perdeu um pouco da animação.

A queridinha de quem acompanhou as músicas novas pelos concertos e provavelmente a música que vão apresentar junto com Spicy nos music shows. O conceito do comeback é tempero, aparentemente.

Tem potencial de subir horrores nos charts porque ela é bem catchy e tem uma batida que vai fazer sucesso nas baladinhas de Kpop por aí. É a minha segunda b-side favorita desse álbum.

Aqui claramente temos uma sample inicial que também foi usada em Candy do Baekhyun, tanto que fui ouvir no Spotify e achei que estava tocando essa sem querer.

Thirsty já é mais calma, saímos do batidão e estamos desacelerando. Parece que o mundo real está ficando desinteressante e agora elas querem uma coisa a mais. Enquanto Spicy foi o ápice da adolescência, com festas agitadas e dancinhas à beira da piscina, em Thirsty já começamos a ver uma insatisfação com o ambiente. 

Ainda é colorido e tem seus lados positivos, mas com certeza não é mais a mesma alegria do começo.

Aí descemos para I’m Unhappy, atestando que realmente está tudo uma merda e ninguém aguenta mais o ensino médio.

O track video também conta uma história muito clara. De repente elas não são mais populares — menos a Ningning que continua sendo uma cheerleader babadeira, porém infeliz — e a realidade é sufocante. A Karina até foi parar num hospital psiquiátrico. 

A letra fala sobre o cansaço da rotina e de como parecem não pertencer a esse mundo. E é quando elas decidem reagir e sair de onde estão. No fim do track video podemos ver todas indo no contrafluxo ou fugindo. E no momento da fuga, a letra muda para I’m so happy

A minha favorita do álbum, aliás. Tem a melancolia na medida certa e a batida não fica cansativa, é o fim da puberdade resumido em 3:27 minutos. 

Dois centavos da Rafa sobre I’m Unhappy

A Bea tem razão quando diz que I’m Unhappy é o destaque do EP (e olha que a gente NUNCA concorda em nada). A música soa como a boa fase da Melanie Martinez com os álbuns da Crybaby, com aquela esquisitice curiosa no instrumental de faixas como Soap e Sippy Cup. E o track video ainda destrincha um lado interessante do aespa, que é a possibilidade delas serem umas coitadas no mundo real, o que destoa completamente de todo o coolness que elas carregaram até agora em KWANGYA.

A única que eu pulo, mas tem seu valor.

Final do álbum, clima de despedida. Sabe-se lá quando a gente vai ouvir música nova do aespa de novo. Conecta perfeitamente com Welcome To MY World e assim nos coloca num looping de luto-euforia-luto. 

Se você gosta de tristeza à la segunda geração, vai adorar essa aqui. Facilmente uma ballad que estaria em um álbum do SNSD. 

IN CONCLUSION

De longe, o álbum mais coerente que elas lançaram — não que a gente tenha muito material até agora. Tem começo, meio e fim; todas as faixas conversam entre si e têm uma progressão ótima. A história foi contada e a mensagem foi compreendida.

Acho que eu esperava um pouco mais da title, mas daí é problema meu. Tinha tempo que eu não gostava tanto de um comeback, a espera até que valeu a pena.

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4 comentários

  1. Esse rebranding foi essencial para o Aespa e que bom que finalmente deram uma title decente pra elas, porém o pouco talento e carisma delas não sustentou o bom álbum…e o timbre da Winter é horroroso mds parece uma gralha cantando…com certeza ela é a main vocal mais fraca que a SM já debutou.
    Enfim Ningning continua carregando esse grupo(mesmo com poucas linhas) como sempre.
    E esse queixo da Karina que agonia, duvido nada que não vai demorar muito pra ficar igual o da Taeyeon 😭

    Curtido por 1 pessoa

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