As melhores de cada grupo da segunda geração do kpop

Muito, mas muito tempo atrás, quando o blog tinha acabado de estrear, eu me deparei com uma lista no Twitter sobre grupos da segunda geração, algo do tipo “1 like = 1 música favorita”. Como eu sempre tendo a flopar por lá com posts assim, eu decidi trazer o assunto pra cá de um jeito um pouco diferente, modificando algumas coisas da lista e o propósito dela por completo. Assim nasceu essa imagem abaixo:

Só que a primeira versão do post não contemplava exatamente as músicas que eu queria porque só considerei singles, além do que o meu gosto é meio mutável mesmo pra coisas que foram lançadas há anos, então decidi que ia excluir o post e reformular ele de um jeito que faça sentido pro meu eu atual. Terminei de organizar tudo hoje e cá estamos, mas antes preciso esclarecer o motivo de ter editado as posições 28 e 29, que originalmente eram do Tiny-G (do qual eu não tenho lembrança nenhuma) e do GLAM (que não tá disponível no Spotify). SunnyHill já foi um grupo misto e o Orange Caramel é uma sub-unit, mas eu não me importo.

01. After School – Shh (2014)

Sexy. Classuda. Apoteótica. E, principalmente, pop japonês. A parceria entre o After School e o Mondo Grosso rendeu um dos melhores exemplares de um grupo coreano no Japão, junto com o restante do álbum todo. É quase um manual de como se portar em outro país sem perder a própria essência e, ao mesmo tempo, não cair em estereótipos. Atemporal. Não à toa Shh é tida por uma legião de blogueiras com bom gosto como o melhor single do After School, que logo depois morreu tragicamente. 

Outras recomendações: Virgin, Flashback, First Love, Dressing Room, Dress To Kill, Yes No Yes

02. 2NE1 – Hate You (2012)

Nos últimos tempos, eu tenho gostado muito de Hate You. Não sei se é esse MV meio Break The Ice, da Britney, que dá um charme na coisa toda ou se o 2NE1 aperfeiçoou com maestria seu jeitão explosivo com um pop coeso e redondinho, mas é uma música mágica. Eu me perco bastante ouvindo. Acho o sintetizador uma gracinha cintilante, quase alienígena, enquanto a CL manda os versos mais misândricos que eu já ouvi na vida. Nunca fui muito ligada ao 2NE1, mas as que eu gosto, eu gosto de verdade.

Outras recomendações: Can’t Nobody, Ugly, I Am The Best, Goodbye

03. miss A – Breathe (2010)

Mesmo depois de anos, Breathe continua sendo a coisa mais kpop que o miss A já soltou. Sério, que música tosca. E divertida! O refrão é um dos primeiros exemplos de sinestesia, coisa tão procurada nos grupos atuais, com essa coisa de respiração descompassada no refrão combinada com a coreografia asmática. A dança todinha, aliás, é de uma bobagem sem tamanho, e só evidencia como o miss A era um grupo visualmente feio. Uma delícia saída diretamente da cabeça doente do JYP.

Outras recomendações: Bad Girl Good Girl, Goodbye Baby, Touch, Only You

04. f(x) – Signal (2013)

Signal é uma das músicas mais bonitinhas que eu já ouvi. Eu amo a forma como ela condensa a emoção de sintonizar uma estação de rádio bem no momento em que tão tocando sua faixa favorita, como se as ondas sonoras flechassem em cheio nossos corações. Ela tem esse gostinho de trilha sonora de algum filme de espionagem dos anos 60, mas muito mais sentimental, algo que eu imagino a Twiggy modelando por cima com toda a força andrógina que o próprio f(x) carregava.

Outras recomendações: Pinocchio (Danger), Love, Jet, Airplane, All Night, Papi

05. SNSD – Mr.Mr. (2014)

Uma coisa que sempre foi difícil pra mim: definir qual a minha música favorita do SNSD. Porque, apesar da grande maioria ser brega, o grupo tem um uma discografia que ainda me causa um pouco de indecisão, seja por pura nostalgia ou qualidade de fato. O que me mantém muito presa a Mr.Mr. hoje é justamente esse sentimento saudosista por ter sido a primeira delas que eu ouvi na vida, apesar de saber que, sim, é um exemplo ótimo da fase electropop do grupo. A Jessica ter saído logo depois e todo o rolê hilário da perda do MV também contribuem.

Outras recomendações: Genie, Oh!, Hoot, Mr. Taxi, The Great Escape, Flower Power, Reflection, Motorcycle, Check, FAN, All Night

06. HELLOVENUS – I’m Ill (2015)

I’m Ill é o meu to-go pra quando quero me sentir piranha. Nessa mesma época, quem não queria seguir pelo caminho casto do white aegyo, topava em mostrar o QUANTO elas tinham amadurecido, mas poucas fizeram com tanta maestria como o HELLOVENUS. Tentaram no ano anterior e até conseguiram; depois também. Mas a união com o Brave Brothers em I’m Ill foi uma explosão de tesão acumulado sem ser explícito o bastante que ecoa até os dias de hoje. 

Outras recomendações: Hello, Venus, Wiggle Wiggle, Mysterious

07. AOA – Heart Attack (2015)

O AOA é um daqueles grupos que eu queria que vivesse pra sempre fazendo exatamente a mesma coisa. Todas as profissões que elas sexualizaram ao longo da carreira renderam os melhores hits, daqueles que, se tocam em sequência, todo mundo canta e dança até o fim. De tempos em tempos eu mudo a minha favorita, mas Heart Attack é a que tem batido os recordes na minha playlist. Elas ajudaram a popularizar o conceito sexy, lucraram horrores com ele e ambos morreram de mãos dadas. 

Outras recomendações: Miniskirt, Like a Cat, Give Me The Love, Good Luck, Bing Bing, Ninety Nine

08. Apink – Boy (2012)

Apesar de gostar muito do Apink pós-revamp, às vezes eu acho que desprezo demais algumas coisas do passado delas que são, sim, muito boas. Por exemplo, esse primeiro full álbum do grupo, que é uma maravilha electropop, uma das mais bem executadas de toda a segunda geração. Se o single dessa era já consegue render horrores como um pedaço raro até então de uma outra faceta do Apink, em Boy as coisas escalam de nível e proporcionam um momento único de deboche e poder feminino. 

Outras recomendações: Hush, I’m so sick, %%, Dumhdurum, Dilemma

09. EXID – DDD (2017)

É engraçado como o EXID, depois de viralizar, foi um dos poucos grupos que se utilizou de um template de sonoridade e, ainda assim, não ficou cansativo. Quer dizer, elas serviram uma porrada de singles icônicos, praticamente um atrás do outro, e todos eles abordam pedaços diferentes de Up & Down, o que faz da discografia do grupo uma das mais divertidas. Eu amo, por exemplo, como DDD é uma Up & Down muito menos explícita, mas ao mesmo tempo é onde temos o EXID explodindo com o tesão de duas Chloe Bailey. 

Outras recomendações: Every night, Up & Down, Ah Yeah, L.I.E, Lady

10. 4Minute – Volume Up (2012)

Demorei alguns anos pra gostar de Volume Up e entender que ela é o puro suco de 2012, fazendo com que o 4Minute fosse uma espécie de catalisador do que acontecia do lado oeste do planeta. Pra época, era uma música muito moderna, onde o EDM reinava absoluto. E também é um dos poucos exemplares do 4Minute que não caíram na hyunarização que a Cube montou pra cima delas. Todo mundo aqui brilha igual ou até mais que a Hyuna (a Jiyoon, por exemplo, que tá explodindo de gostosa) por cima dessas camadas de sintetizador extremamente melodramáticas. 

Outras recomendações: Heart to Heart, Whatcha Doin’ Today

11. Stellar – Guilty (2013)

E falando em melodrama, essa pérola do Stellar é uma das mais miseráveis do gênero. Guilty faz parte daquele EP que inaugurou a fase sexual e explícita do grupo, mas diferente do single, aqui elas trabalham sob uma ótica amargurada. O instrumental é maquinado e até meio sombrio, as vozes crescem até reverberarem no refrão, o rap (um dos únicos que fazem sentido no kpop) soa como um robô fora de controle. Pra um grupo que sofreu mais do que Jesus Cristo, Guilty cai como uma luva. 

Outras recomendações: UFO, Marionette, Vibrato, Crying

12. KARA – Wanna (2009)

O azar de Wanna não ser tão lembrada como merecia foi o sucesso avassalador de Mr. na mesma época. Que é uma ótima música, não me levem a mal, mas ninguém executou esse color pop sapeca cheio de segundas intenções como o KARA fez aqui. A coreografia é uma das coisas mais patricinhas que o kpop já teve a coragem de lançar, e elas conseguem trazer aquele formigamento no pé da barriga assim quando a gente cruza os olhares com a pessoa que gostamos de forma platônica no ensino médio (tipo eu , apaixonada pelo formato do nariz da Gyuri). Wanna carrega aquele sentimento nostálgico por trás, de tempos mais simples que, hoje em dia, parecem extremamente complexos. 

Outras recomendações: Mr., Pandora, Live, Cupid, When I Move, Shout It Out

13. T-ARA – Sexy Love (2012)

Depois de ler o Time Machine que o Lunei fez sobre essa música, eu comecei a me apegar mais e mais a Sexy Love. E acho que tá tudo bem rever os nossos gostos, né? O que eu gosto tanto em Sexy Love é que ela não tem medo de parecer ridícula, moldada num trot eletrônico que praticamente cospe pregos no caixão da Hwayoung (e que o restante do país só celebraria cinco anos depois) enquanto o T-ARA dá a vida na interpretação robótica (como quem quisesse dizer “não temos um pingo de humanidade, nós fizemos o inferno com a vida daquela cachorra e vamos continuar”). Por se permitir ser tão tosca, Sexy Love se tornou uma das minhas músicas favoritas da vida e motivou a reformulação dessa lista.

Outras recomendações: Bo Peep Bo Peep, You Drive Me Crazy, Roly Poly, Lovey Dovey, Sugar Free, What’s My Name

14. Fiestar – Sea of Moonlight (2012)

Pra quem não sabe, essa música veio de um EP da LOEN (hoje Kakao) em colaboração com seus artistas da época, incluindo o Fiestar, que era o primeiro girlgroup assinado por eles. E pra tentar surfar no sucesso da IU, juntaram todo mundo pra gravar Sea of Moonlight que, para além de um número da IU e suas backing vocals, é uma faixa muito gracinha. Na versão gravada inteiramente pelo Fiestar, o refrão ficou dividido entre a Jei, Hyemi e Linzy, que sinceramente não fizeram feio e eu nem consigo dizer qual é minha preferida entre as duas. No mais, Sea of Moonlight deve ter sido uma das primeiras faixas do kpop que se apropriou da base eletrônica de Take on Me e deu super certo.

Outras recomendações: Vista, Whoo!, Apple Pie

15. Girl’s Day – Expectation (2013)

Não tem como: Expectation é o grande jam dos cornos. E uma daquelas sacadas que só dá certo em momentos específicos. No caso, o Girl’s Day sentia necessidade de uma virada no conceito e, meu Deus, que virada que elas deram. É o primeiro caso que eu conheço do vídeo da coreografia ser mais famoso que o MV em si, e também não é pra menos: o que elas fizeram com esses suspensórios tirou todo mundo de órbita. Para além de um apóstrofo errado, o Girl’s Day inaugurou, de certa forma, o quesito “feia que virou bonita” dentro do kpop, e fizeram o pé de meia com isso até simplesmente as integrantes esquecerem que já fizeram parte de um grupo um dia.

Outras recomendações: Nothing Lasts Forever, Twinkle Twinkle, Don’t Flirt, Female President, Something

16. 9MUSES – Gun (2013)

Porém, o grupo de cima só não foi o responsável por trazer o sexy concept pro kpop porque o 9MUSES já tava apanhando uns anos antes dentro da masmorra que chamam de Star Empire. Sou suspeita pra falar do 9MUSES porque eu amo praticamente tudo que elas foram capazes de lançar durante todo esse tempo de atividade, perdendo cada vez mais integrantes no processo; elas meio que se sacrificaram por nós e eu acho lindo. Gun, no entanto, é a epítome do que o grupo representa. É uma música sacana e extremamente sensual, mas que nunca perdeu esse ar fresco que tem. Se tivesse sido lançada ontem, teria o mesmo impacto. E isso, hoje em dia, poucas conseguem.

Outras recomendações: News, Figaro, Ticket, Wild, Miss Agent, Ping, Whatever, Glue, Drama, Hurt Locker, Remember (2017)

17. Wonder Girls – Nu Shoes (2011)

Wonder Girls deve ser um dos meus grupos favoritos da vida. E o mais legal é que eu fui aceitando essa ideia com o tempo, enquanto por fora eu ainda gritava por aí que elas eram superestimadas demais e que esse negócio de “veia retrô” simplesmente não existia. Mas, na real, elas foram e ainda são um acontecimento único no kpop e na música num geral, daqueles que a gente vê uma vez a cada um bilhão de anos. Acho que, por isso mesmo, eu quis refazer essa lista; não achei justo deixar uma faixa feito Nu Shoes escapar dos olhos do mundo. E, tipo, Nu Shoes é tão inacreditável que, toda vez que eu ouço, eu imagino um musical da Broadway, do jeito que ela vai crescendo e crescendo até você querer fazer parte da peça. Deve ser um dos fechamentos de álbum mais legais dos últimos tempos.

Outras recomendações: Tell Me, So Hot, Nobody, 2 Different Tears, Be My Baby, Sweet Dreams, Stop!, Like This, Like Money, Baby Don’t Play, Candle, I Feel You, John Doe, Faded Love, Why So Lonely

18. Secret – Madonna (2010)

Se vocês, por acaso, sempre tiveram curiosidade de saber qual foi o primeiro girlgroup que eu ouvi na vida, saibam que foi o Secret. Na época do colégio, graças a minha amiga Nana, quando eu ainda nem sabia o que era kpop, mas ela não me mostrou Madonna (e sim Shy Boy, que ela ia apresentar na escola pra um trabalho de artes). Acontece que Shy Boy é ridícula e Madonna… Também, mas é aquele ridículo empoderador. Toda vez que toca, eu sinto meus níveis de autoestima aumentando involuntariamente; é uma ótima música pra dar um up no humor. A discografia do Secret, num geral, é bem brega (talvez a culpa seja da própria TS, que tava focada no BAP e depois acabou perdendo os coitados também), mas Madonna vive no meu imaginário como algo meio trilha sonora do Austin Powers wannabe. 

Outras recomendações: Spot Light, Poison, I’m in Love

19. Dalshabet – Big Baby Baby (2014)

Big Baby Baby é uma daquelas músicas que me dão raiva por não terem acontecido como deveriam. Ao mesmo tempo, eu consigo entender que, levando em consideração o cenário hoje, ela é muito vanguardista pra época, apesar de carregar um monte de gostosas calçando coturnos de salto quadrado de 15 cm gemendo a dor de amar demais e, bom, esse era o mote do kpop em 2014. Só que toda a estrutura synthpop é algo que faria muito sucesso hoje e, por isso mesmo, o Dalshabet se mantém moderno até os dias atuais com essa daqui. Talvez, sem tanta esfregação no peito e com roupas da Shein, um bando de novinhas (tipo as ex-LOONA que o Jaden Jeong resgatou recentemente) conseguisse fazer um cover de Big Baby Baby sem grandes problemas. 

Outras recomendações: Supa Dupa Diva, Hit U, Love Shake, Someone Like U, FRI. SAT. SUN

20. Rainbow – Mach (2010)

Não importa quanto tempo passe, a minha favorita do Rainbow sempre vai ser Mach. É como se fosse a trilha sonora pra algum acontecimento muito grande de um filme de ficção científica, onde o protagonista bonzinho é obrigado a pegar em armas se quiser salvar o mundo de uma distopia. E a maior injustiça nessa história toda do Rainbow nunca ter tido atenção doméstica o suficiente é o fato de não ter um MV legal pra versão coreana de Mach, mas é aquilo, né? Elas eram um grupo B na DSP, assistindo o sucesso astronômico do KARA e que, de alguma forma, viralizaram. Mas não passou disso e eu duvido que a empresa tivesse orçamento pra todo mundo. 

Outras recomendações: A, So Cool, Golden Touch, Whoo

21. Sistar – So Cool (2011)

Algumas verdades precisam ser ditas aqui: eu não gosto tanto assim do Sistar como se espera. Sei lá, elas tiveram lançamentos divertidos, mas nunca foi um top 10 pra mim. E eu nem acho as músicas de verão memoráveis como vocês falam (Loving U é bem ruinzinha, não aguento mais ouvir Touch My Body, I Swear “até que” parece legal e nem vamos falar nada de Shake It). Por isso, eu me agarro ainda mais em So Cool, que continua tão trash quanto em 2011. O fato de ter quatro coreanas rebolando o cuzão pra câmera em microvestidos enquanto cantam que são muito legais por cima de um electropop do Brave Brothers é algo realmente cativante e dificilmente vai deixar de ser. 

Outras recomendações: Push Push, Alone, Give it to Me, I Like That

22. Brown Eyed Girls – Brave New World (2015)

Tenham consciência de que 1) escolher a melhor música do Brown Eyed Girls é muito complicado e 2) essa escolha não costuma se manter fixa por muito tempo. Atualmente, eu consigo dizer que esse posto é de Brave New World porque, bom… É o Brown Eyed Girls pegando algo que ninguém esperaria que outro grupo pegasse e transformando nos melhores bangers da história. Não quero discorrer muito sobre essa música porque eu tenho planos pra falar do álbum todo aqui no blog, mas eu posso dizer com segurança que Brave New World é algo que muda vidas. Eu recomendo deitar na cama de barriga pra cima e deixar essa música tocando nos fones de ouvido. 

Outras recomendações: 1 2 3 4, Abracadabra, Candy Man, Sign, Sixth Sense, Kill Bill, After Club, Warm Hole, Wave

23. Brave Girls – High Heels (2016)

Uma ode hilária ao “linda e burra”, High Heels é uma daquelas músicas que chegaram atrasadas demais. A essa altura, o kpop estava passando por um momento de transição, grupos como TWICE e Blackpink ajudavam a remodelar o cenário e o Brave Girls ainda não sabia como pertencer a um lugar. Mas High Heels é tão carismática e divertida que é praticamente impossível não se deixar levar, principalmente com todos aqueles gritos de guerra dizendo que somos garotas bonitas, duronas, cheias de espírito e… Sexualmente atraentes. Mais do que o sucesso tardiamente avassalador do lançamento seguinte, High Heels é a música que melhor condensa todo o significado de ser um grupo nas mãos do it boy das produções na época.

Outras recomendações: Deepened, Rollin, We Ride, Chi Mat Ba Ram, Pool Party, Fever, After We Ride, Thank You, Can I Love You

24. Crayon Pop – Bing Bing (2012)

Pra quem viu o Crayon Pop se debruçar completamente em cima de conceitos estranhíssimos, Bing Bing pode soar normal demais. Eu, por outro lado, acho o debut delas muito catito. Ao mesmo tempo que parece algo que qualquer outro grupo lançaria na época, também é um número tipicamente Crayon Pop, que foi executado dessa forma só por ser o grupo que é. E isso faz de Bing Bing um debut muito acima da média, tanto em 2012, quanto nos dias atuais. Não sei direito porque isso foi gravado no Japão e nem porque a Choa tá vestida de tapete persa, mas realmente é um marco na vida ver o nascimento de um dos grupos mais criativos que o kpop já teve.

Outras recomendações: Dancing Queen, Bar Bar Bar, Hapataka, Vroom Vroom

25. Ladies Code – Galaxy (2016)

Galaxy é dolorosamente bonita. Tem um dos melhores MVs do pop asiático e uma letra que transforma o luto em arte, até porque muitos artistas utilizam o momento de dor pra produzir obras. Obviamente o Ladies Code é muito mais do que “o grupo que perdeu duas integrantes num acidente fatal”, e eu gosto de algumas coisas antes de tudo acontecer, mas acho uma música como Galaxy resultado de muita coragem e força descomunal. Você precisa passar pelos sentimentos mais feios e atrozes até conseguir chegar no produto final, e acho que foi basicamente o que todo mundo envolvido fez. O acidente, querendo ou não, sempre vai ser pauta quando o assunto é o grupo, mas as três passaram juntas por uma catarse e expeliram as coisas mais lindas pra fazer essa música nascer.

Outras recomendações: Bad Girl, Hate You, Kiss Kiss, The Rain, Set Me Free

26. Rania – Pop Pop Pop (2011)

A gente bem sabe que o Rania é o Fragmentado do kpop. Foram tantas mudanças de line-up e rebrandings que, muitas vezes, os primeiros meses de vida do grupo nem parecem reais. E olha que eu gosto bastante dessa fase, tanto que eu fiquei indecisa pra escolher uma música favorita. Só que calhou do Spotify jogar Pop Pop Pop no aleatório mais vezes do que o normal e hoje eu acho essa colaboração com o Brave Brothers muito melhor que o debut, por exemplo. Quer dizer, ela pode até soar mais genérica (inclusive parece que vai tocar So Cool do Sistar a qualquer momento), mas é um ótimo follow-up pra um grupo que nunca teve nada. De forma injusta, claro. A Coreia não tava preparada pro apocalipse crescente que o Rania se tornaria ao longo dos anos.

Outras recomendações: Dr. Feel Good, Style, Start a Fire, Beep Beep Beep, Tonight, Close to Me (sim, afinal o Blackswan é o terceiro revival do Rania)

27. Spica – Russian Roulette (2012)

Spica é um daqueles grupos que eu queria muito que tivesse tido mais tempo, mais oportunidades ou mais… Anos pra frente. Provavelmente deve ter sido a primeira vez que o kpop foi levado a sério como comunidade artística, ainda que, bem nas entrelinhas, fizesse parte da indústria como qualquer outro. Só que, quando a gente escuta músicas tipo Russian Roulette, é possível entender toda essa massa de “idols cantando coisas escritas por dez produtores numa sala” por uma outra ótica, mais sentimental. Nem precisa entender coreano pra todas as emoções de Russian Roulette invadirem os ouvidos. A música é extremamente forte, desesperadora, ela te deixa arrepiado e com um nó na garganta, mesmo sendo um número pop em todos os quesitos. É, como eu queria que o Spica tivesse mais…

Outras recomendaçõe: Fire, That Night, Secret Time

28. BESTie – Love Options (2013)

Se eu tivesse que dar um resumo visual sobre o que é kpop pra uma pessoa mais velha que não faz a menor ideia do que esperar, acho que eu mostraria Love Options. Porque, mesmo que não seja mais um sinônimo hoje em dia, ela encapsula bem esse sentimento bobo porém sapeca que os girlgroups tinham nessa mesma época, com um pop fácil e letras completamente toscas. O verso sobre o homem perfeito ser “um pouco alto e um pouco parecido com o Gang Dongwon” sempre, SEMPRE me faz rir igual uma idiota porque é tão besta e tão culturalmente sul-coreano que vira cult. O BESTie nunca passou de um grupo formado pelos restos mortais do EXID e a passagem delas pelo kpop foi curta demais, mas Love Options sempre vai ser um marco no mundo das nugus. 

Outras recomendações: Pitapat, Excuse Me

29. Orange Caramel – Catallena (2014)

Catallena é histórico. Histórico pra mim, porque foi de fato a primeira música de kpop que eu ouvi sabendo que era kpop e histórico pro próprio Orange Caramel que, nessa mesma época, já era um nome muito mais relevante do que o seu grupo de origem. E eu acho que isso nunca tinha acontecido. O braço esquisito e engraçadão do After School formado por três, até então, aleatórias da line-up cresceu tanto a ponto de engolir sua própria mãe. E com os trejeitos calcados no trot e no nonsense absoluto, o trio pavimentou a relevância das units no kpop atual, sobre aquilo de se trabalhar coisas completamente diferentes do projeto original pegando uma ou outra menina perdida ali na formação. E, bom, Catallena é extremamente icônica, desde a concepção da precificação dos idols até os stages com roupas sensacionais e os berros da Nana, rendendo o stage mix mais famoso até os dias de hoje. 

Outras recomendações: Bangkok City, Shanghai Romance, Yasashii Akuma, Lipstick, Bubble Bath, My Copycat

30. SunnyHill – Marionette (2011)

Eu nem gosto tanto assim do SunnyHill. Foi um grupo diferentão, tinha uma proposta que tentava descolar com o que acontecia na época, principalmente por enfiar o produtor das músicas na line-up durante um tempo, fazendo delas um grupo co-ed. A princípio, nem faz sentido colocar o SunnyHill aqui, mas acontece que Marionette é uma das minhas músicas favoritas do kpop, num todo. Ela tem uma melancolia avassaladora e fala sobre se sentir uma marionete dentro de um relacionamento abusivo. E quando a voz do cara lá entra no refrão por cima das outras meninas, nossa… Meus ouvidos derretem. Foi uma das únicas vezes que coreanos souberam fazer uma balada, com a emoção necessária e total excelência. 

Outras recomendações: Midnight Circus, Let’s Talk About, Goodbye to Romance

Vocês sabiam que agora eu vendo minhas artes? Lá na Colab55 tem algumas opções de produtos com estampas que eu fiz e você pode comprar pra ajudar essa pobre coitada que escreve o blog.

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