As 50 melhores músicas feitas por homens em 2022 segundo a minha ilustríssima opinião

Vocês pediram e ela voltou: a lista do AYO GG exclusivamente masculina tecendo meus comentários sobre as músicas cantadas por homens que mais me apeteceram no ano anterior. O que incluiu novamente euzinha cavando uma imensa montanha de bosta em busca de alguma coisa boa porque, olha… O que teve de coisa ruim no ano que passou não é brincadeira. Porém, o que foi bom, foi bom de verdade, principalmente ali pelo top 10, foi um parto escolher a ordem. 

Se você é novo por aqui e não sabe como o blog funciona quando fala de atos masculinos, eu basicamente vou ouvindo de tempos em tempos o que foi lançado durante o ano corrente e botando numa playlist. Daí eu meio que esqueço dela e começo a organizar a ordem entre final de fevereiro e começo de março até sobrar 50 (o que não é muito difícil) e vou listando aqui de forma rápida meus pensamentos sobre cada uma. Algumas faixas evidenciam minha falha de caráter, mas no geral a curadoria é boa. 

Antes de começar, diferente do ano passado, eu quero falar, sem ordem específica, de músicas que eu ouvi de novo e colocaria na lista anterior ou de outras que eu simplesmente ESQUECI que foram lançadas no ano tal. 

– NCT 127 – Favorite (Vampire): Os versos começam tenebrosos, mas eu gosto de como ela se desenrola numa súplica altamente sexual, deve ser uma das melhores produções do 127 desde, sei lá… Cherry Bomb? 

– ENHYPEN – Drunk-Dazed: Não é melhor que Go Big or Go Home (e nem sei se eles vão superar essa), mas Drunk-Dazed é bem divertida. Ela consegue passar uma imagem de oppinhas fodinhas sem se escorar no trap. 

– NOM – Mega Punch: Meu maior crime da lista anterior foi ter esquecido que essa música saiu na época da lista anterior. Não sei o que que deu em mim, por alguns meses eu achei que o lançamento tinha sido em 2020. Eu sou viciada em Mega Punch até hoje e amo como ela encapsula todo o frenesi de se ouvir um techno nos anos 90. 

50. EPEX – Hymn To Love: Já abrimos a lista desse ano com uma patifaria que outros 300 grupos também são capazes de fazer, mas eu acho que o EPEX é tão foda-se que dá o charme necessário que uma música tosca dessas precisa. Ela troca de gênero tantas vezes em tão pouco tempo que eu fico perdida.

49. Kim Yohan – Dessert: Não sei o que é um Kim Yohan, mas esse novinho convenceu tanto com Dessert, fiquei espantada. O instrumental é cheio de glitter, principalmente no refrão, e eu gosto da legião de viadas que o Wonho deixou pra gente depois de ir pro exército. 

48. MIRAE – Juice: Essa segue o caso da música acima, de não fazer a menor ideia de quem são essas pessoas e ainda assim me deliciar com o que entregaram. Juice vai pra um lado mais synth da coisa, e consegue sucesso sem precisar usar o pobre do sample do a-ha pela octagésima vez. O refrão é mágico, até me lembra uma outra que tá bem mais pra frente.

47. TEMPEST – Bad News: Um ótimo exemplo de como debutar um grupo de menores. Não inventa de vestir todo mundo de preto e fazer eles dançarem em cima de um círculo de fogo ou algo assim. Bad News brilha por ser extremamente bobinha, é quase uma mistura de Plz Don’t Be Sad, do Highlight, e Her, do Block B, atualizada pros dias atuais. 

46. Cravity – Adrenaline: Depois de servirem as maiores atrocidades já saídas de um estúdio da Starship, esses daqui conseguiram me conquistar com Adrenaline. Apesar dela soar chata em alguns momentos, com falhas na produção e tal, ela ainda diverte. E pensar que é o mesmo grupo que lançou isso aqui

45. NCT Dream – Better Than Gold: Um dos destaques do megazord NCT no ano passado foi o álbum da unit de ex-adolescentes que, pra um grupo tão desinteressante quanto, tem uma quantidade razoável de bops. A primeira que morre é Better Than Gold, que vai se tornando enjoativa com o tempo, mas o refrão continua reluzente. 

44. Pentagon – Call My Name: Falando em destaque, temos aqui o Pentagon, que finalmente conseguiu superar a saída do sujinho lá e o seu maior hit de uma vez só, entregando o melhor EP de 2022. Call My Name é de uma sensualidade que os adolescentes jamais conseguiriam segurar. 

43. DRIPPIN – Villain: Não sei, mas Villain parece trilha sonora de algum filme B de super herói, daqueles que tem uma personalidade meio duvidosa e caminham na linha tênue entre o bem e o mal. Sei lá, não entendo nada de super heróis. É uma música cheia de energia, mas sem necessariamente explodir; o número house comum dos grupos masculinos.

42. NOM – Look: Dessa vez eu lembrei das bichonas mais queridas do kpop e eu simplesmente amo como eles não têm medo de serem grandões com essas músicas descaradamente homossexuais. Mesmo que não faça sucesso ou que eles sejam proibidos de se apresentar nos music shows, Look mora no nosso imaginário e faz a gente performar o vogue mais lacrudo das nossas vidas.

41. PSY – Now (ft. Hwasa): Pois é, o PSY ainda existe em plena forma (e com um monte de escândalos nas costas) e fez uma parceira com a Hwasa Maria que ficou uma belezinha. É daquelas músicas que a gente tem vontade de cantar em dupla num karaoke e berrar tanto a ponto dos microfones se partirem no meio. 

40. Xiumin – Brand New: O senhor do EXO finalmente debutou solo depois de voltar do exército e, bom… Não foi o que eu esperava, mas eu gosto de como Brand New é basicamente uma Feel Special masculina e muito menos cintilante (infelizmente), carregando todas essas características dos anos 90 que ele provavelmente cresceu ouvindo. 

39. Pentagon – Sparkling Night: É muito doido que essa venha logo depois de Call My Name na tracklist porque são músicas totalmente opostas e igualmente boas. Sparkling Night é quase uma declaração de amor que eu gostaria de receber porque ela soa como um abraço quentinho de quem você mais ama. 

38. Kingdom – Poison: Esse aí é um grupo pelo qual eu não dou absolutamente nada e, pra piorar a situação, ainda conseguiu a façanha de se meter numa polêmica homenageando o império japonês, mas esses trombadinhas ofereceram umas coisas bem legais na discografia do ano passado. Poison deve ser a mais sem graça, mas entretém. 

37. Suho – Decanting: Outro EP que rendeu muito em 2022 foi o segundo do Suho. Surpreendentemente, ele desponta como o melhor solista do EXO por conseguir trabalhar de forma tridimensional e entregar as melhores interpretações. Em Decanting, por exemplo, ele claramente sente cada nota dentro da alma. É como se a gente estivesse assistindo uma vela ser queimada aos poucos.

36. NCT Dream – Glitch Mode: Pra desespero da Beatriz, Glitch Mode é muito boa (isso que ela pode infartar quando ver qual é a terceira e melhor faixa desse álbum mais pra frente). Eu me divirto horrores com essa bobagem aqui porque acho que todas as mudanças que ocorrem ao decorrer dela mantêm um clímax infinito. 

35. MAX Changmin – Maniac: Já essa daqui é um descarte purinho do Elton John. Nada me tira da cabeça que Maniac deveria estar no Honky Chateau e, por algum motivo, foi cortada de última hora. O Changmin foi um gênio nessa era toda, transformando um pedaço da carreira dele num musical da forma mais teatral e dramática possível. 

34. TVXQ – Like Snow White: Na época, eu nem sabia que o TVXQ tinha lançado algo e fui pega de calça curta com um EP japonês bem consistente e bem… Japonês, em tempos que os kpoppers mais novos se perdem na definição do que é jpop. A dupla da previdência social da SM sempre soube entregar números japoneses muito bons. Não seria diferente aqui.

33. Moonbin & Sanha – Who: Enquanto o Astro meio que se esfarela nas renovações de contrato, essa outra dupla de boiolas vem se apresentar no Brasil e eu queria muito ver eles sensualizando ao vivo em cima de Who. Acho que é uma evolução do que eu queria ter visto lá em Favorite. Se as novinhas fizerem um edit de Entrevista com o Vampiro usando essa música de fundo, eu compro totalmente.

32: Xiumin – Feedback: Falando em evolução, o próprio Xiumin conseguiu esse feito no mesmo EP. Feedback é o single moral desse debut, juntando todas as referências que ele queria trazer no trabalho solo numa embalagem bem mais convincente. A música despiroca numa explosão de hip hop old school muito divertida de ouvir. 

31. The Boyz – Why Why Why: Sei lá o que eu esperava de um grupo chamado The Boyz, mas definitivamente não era uma faixa gostosa e chique feito essa daí. O refrão deve ser um dos meus favoritos do ano passado, ele te envolve e dança corpo a corpo com você, e o autotune robótico no fundo não rouba a cena de jeito nenhum, ele só acrescenta ainda mais mistério. 

30. Monsta X – Burning Up (ft. R3HAB): O R3HAB consegue empoderar homens e mulheres de forma equivalente. De Chungha a Monsta X, sempre tem um hit gay pronto pra sair do forno e, bom, num ano fraco e mirrado do grupo que quase caiu no meu esquecimento, eu acho que eles têm mais que agradecer pela parceria. 

29. Suho – Morning Star: Acho incrível o Suho abrir o EP com uma música que beira os quatro minutos. E o melhor, a forma como ela evoca os melhores anos do britpop, algo que poderia ter saído da caneta do Noel Gallagher pra um What’s The Story Morning Glory da vida. Poucas vezes uma década passada invade nossos ouvidos de uma forma tão violenta feito um trem desgovernado.

28. Junny – Color Me (ft. Chungha): Quem é Junny? Não faço a menor ideia, mas a Chungha confiou o suficiente pra topar uma parceria (juntando a situação de barril que ela se encontrava na MNH) e disso saiu esse R&B retrô delicioso. Ouvir a Chungha harmonizando com o baixo e com o próprio mocinho aí me causa orgasmos. 

27. KB – be free: Achei cômico como a empresa do OnlyOneOf tá insistindo no queerbaiting de adolescentes que formam um enorme grupal amoroso, se apaixonando e vivendo experiências meio Skins das ideias. Mas essa foi a que de fato se aproximou da proposta, tanto visual quanto sonora. Os falsetes do refrão são muito lindos. 

26. iKON – Dragon: Tão surpreendente do que o iKON numa lista de melhores é o iKON fechando a primeira metade da lista. Dragon é um EDM de oppa experiente, que evoca os melhores anos do gênero e ainda dá uma pirada com os vocais de Derby do Bobby, uma guitarra saindo da tumba e até um gongo muito tosco. É bom demais!

25. IMLAY – Heart’s on Fire (ft. Alex Karisson): Tenho certeza que escreveram o nome da música errado e ficou por isso mesmo (um efeito ortográfico meio Girl’s Day) e tenho certeza também que 90% das pessoas leram o nome desse sujeito e confundiram com o LAY do EXO (?), mas fato é que isso aqui é uma loucura. Eu me vejo completamente mamada de vodka sabor maçã verde me acabando com essa de fundo. 

24. Kingdom – Illusion: Diferente da que apareceu mais pra cima, Illusion é a masterpiece atual do Kingdom. É a Blinding Lights deles, mas muito bem executada, causando aquela sensação de melancolia que só um bom synthpop sabe oferecer. Eu tenho a impressão que eles são tipo o PIXY dos boygroups, trazendo sempre uma album track valiosa. 

23. Han Seungyun – Moon Driver: Acho que foi a partir daqui que as minhas decisões começaram a ficar cada vez mais difíceis. Eu sei lá quem é Han Seungyun. Pesquisando, consegui o feito de sair sabendo menos ainda. Mas a música e a voz desse querido são extremamente viciantes, e Moon Driver preencheu boa parte dos meus meses no ano passado. 

22. HUTA – Shadow: Muita gente por aí diz que essa poc é o substituto do Wonho e não sei o que, mas eu mesma acho que ele distrai a gente nessa skin de gostosão enquanto o maioral tá lá sendo soldado. Porém, não dá pra negar que, de vez em quando, ele sabe servir, e Shadow é a prova disso. Gosto de como a música cresce só pra cortar todas as expectativas no pré-refrão.  Pensei até numa analogia, mas é proibida pro horário.

21. Suho – Hurdle: A participação do Suho nessa lista fecha com Hurdle, que nada mais é que uma extensão de Morning Star, só que traduzida de uma forma muito mais pop e sacana. Reparem que nenhuma das faixas é o single principal porque não entra na minha cabeça a ideia da SM de vender o Suho como o Roberto Carlos do EXO quando ele sozinho é um personagem muito mais interessante.

20. Pentagon – Feelin’ Like: O Pentagon tentou tirar a imagem que Shine deixou por anos. Em 2021, eles conseguiram, mas faltava um lançamento que virasse a chave na imagem deles, e foi em Feelin’ Like que finalmente o grupo largou de vez a mão dos fantasmas. Ela soa madura e coesa o bastante pra um bando de marmanjos com mais de seis anos de carreira, e se vocês pensam que esse foi o ápice, se preparem.

19. Lee Chanhyuk – Siren: Outra Blinding Lights coreana, só que, dessa vez, da parte masculina da dupla AKMU. E consigo dizer que ela consegue soar tão catártica e distópica quanto a original, com uns elementos a mais, tipo o big beat noventista lá pela metade, que fazem do Chanhyuk um dos artistas mais completos no kpop hoje. 

18. NCT Dream – Fire Alarm: Olha, isso aqui é um dos trecos mais engraçados que o kpop masculino soltou em 2022. É praticamente impossível uma música ser tão ruim e tão boa ao mesmo tempo, algo que só os produtores da SM conseguem fazer. O refrão é excelente, totalmente fora do contexto em comparação com o restante, e o principal motivo dela estar numa posição alta. É quase um snippet de qualquer loucura que o Bloc Party tenha feito.

17. iKON – But You: Pro Dougie ter gostado e colocado no top 100 dele é porque tinha algo de diferente. E, na verdade, não tem; essa é a graça. É o lado sensível do iKON como já aconteceu em Love Scenario e tantas outras, mas de um jeito muito mais… Pop. Talvez sejam os synths, talvez seja o pano de fundo de despedida da YG e uma incerteza sobre o futuro, enfim… Emocionou. 

16. Park Jihoon – Nitro: O terceiro exemplo de um homem coreano cantando Blinding Lights fica pra essa pessoa aí, que eu ACHO que era do Wanna One. Só que, diferente das demais, Nitro consegue ser muito mais dark e criar um universo próprio, como se fosse parte da trilha sonora de Tron num momento muito decisivo, tipo o Flynn lutando contra o Sark no servidor.

15. Pentagon – One Shot: E eis que essa lista ainda guardava espaço pra enfiar mais uma do Pentagon, a melhor deles do ano passado e de muito tempo. A onda de rock que invadiu o cenário feminino parece que não tomou os boygroups com a mesma força, o que faz de One Shot uma peça quase única aqui. Eu amo a desacelerada que o pré-refrão dá até as guitarras malvadas se destrambelharem em seguida. 

14. Stray Kids – Maniac: Só consigo lembrar da Nathalie-STAYBITCH queridíssima me macetando por ter incluído Sticker na lista passada e ter esculhambado o Stray Kids, mas dessa vez eles conseguiram. A construção maluca de Maniac é justamente o que faz dela muito simpática e com um replay factor gigantesco. O bebê fumante deles brilha no refrão. Eles até tentaram replicar a mesma fórmula meses depois, mas essa é uma daquelas músicas que dá certo só uma vez.

13. MAX Changmin – Devil: Lembro de ter comentado no Twitter como Devil é uma música gay que foge dos padrões do que a gente espera como uma batida homossexual. Ela é daquelas que fazem a gente imaginar bichas trambiqueiras e maldosas, quase um ato solo do Ele caso As Meninas Superpoderosas fosse adaptado num musical +18. O coral gospel me arrepia demais até hoje. O Changmin é o lado artístico e performático do duo e ele faz isso muito bem.

12. Woozi – Ruby: Caso vocês não saibam, esse é o anão que tá por trás de toda a personalidade do Seventeen, porque ele compõe praticamente tudo e meio que coordena o grupo por trás das cortinas. Por isso fiquei surpresa de saber que isso aqui é um debut, já que eu acho que isso deveria ter acontecido bem antes. Ruby é agressiva e virtuosa, que transita entre um número de cabaré e um rock de banda cabeluda dos anos 80. 

11. SF9 – Scream: O SF9 costuma ser um dos grupos favoritos da blogosfera por conta das faixas altamente sexuais que eles conseguiram servir nos últimos anos. Eu inclusa, mas acho que fazia um tempo que algo vindo deles não me arrebatava como deveria. Isso até Scream sair, o que eu considero o lançamento mais redondo de verão do ano passado. De alguma forma, ela costura tudo que uma festa da piscina representaria se fosse música, tem gosto de drink e cheiro de cloro. 

10. TVXQ – Epitaph -for the future-: Aquilo que eu disse do TVXQ entregar faixas genuinamente japonesas lá em cima fica bem mais explícito aqui. Nem precisa assistir o MV pra saber que isso é sobre uma disputa, mas acho que visualmente a gente tem a experiência completa. A batalha travada entre o céu e o inferno pra decidir pra onde um corpo sem vida vai interpretada da forma mais pop e teatral possível é, tipo, uma coisa que só o Japão sabe fazer. 

09. Lee Chanhyuk – Eyewitness account: Tá, essa daqui é uma loucura, principalmente pra entender como ela funciona tão bem. A base eletrônica de um chefão qualquer de um jogo 16 bits qualquer se mantém constante e a voz do Chanhyuk não poderia soar mais entediada, mas é justamente assim que a música dá certo porque é como se ele estivesse paralisado por ser a única testemunha ocular de algum evento muito chocante (?) tipo um acontecimento sobrenatural meio Stranger Things (??) ou algo assim. Tenho certeza.

08. ONEUS – Mermaid: Meu Deus, essa é muito chique e tudo nela é trabalhado pra ter sinergia e fazer sentido. Quer dizer, o R&B consegue soar praiano, ao mesmo tempo que dá profundidade no mistério que é a existência de uma sereia. Os vocais revezando com o rap super bem colocado (um dos únicos na história) fazem a música ir pra frente e pra trás como uma onda. Parece que o ONEUS não é muito valorizado, ou eu que não acompanho e tenho essa impressão, mas os bichinhos sempre entregam tanto… 

07. Highlight – Alone: Sempre que essa daqui começa eu solto um gemido e fico fazendo expressões pelo resto dos minutos. Impossível passar por todas as merdas que esse grupo passou e ainda ter energia pra servir um pop TÃO. ERÓTICO. Parece que o instrumental reverbera dentro de você logo de cara, como se o tempo desacelerasse na nossa frente. Sei lá, é uma sensação muito (?) que ela me passa, é um choque seguido de um orgasmo auditivo. Em suma, uma delícia.

06. Key – Bound: Eu esperava bem mais do Key em 2022. Gasoline foi uma broxada inigualável e acho que até ele prefere esquecer que botou aquilo no mundo, mas como um ótimo aliado dos gls e mulheres afeminadas, ele fez questão de entregar a sua própria versão de Comme Des Garçons, que por si só já é babilônica. Diferente da Rina, Bound não é debochada, mas evoca muito bem os tempos onde o house era absoluto nas boates e nossos antepassados faziam vogue numa pegada bem mais dark.

05. TAN – Walking on the moon: O top 5 abrindo com essas pessoas que ninguém nunca ouviu falar, mas eu lembro que eles causaram um furdúncio na blogosfera logo no debut porque eles são um bando de novinhos descamisados e participaram daquele Largados e Pelados 101. O problema é que eu enjoei rápido da primeira música, enquanto Walking on the moon consegue fazer muito mais por mim, principalmente com o refrão anticlimático. No geral, é uma música bem rebolativa vinda de um boygroup.

04. Wonho – Crazy: Eu tenho um disclaimer sobre Crazy estar tão alto, e é o seguinte. O primeiro semestre de 2022 do Wonho foi TÃO bom que, por pouco, as músicas não ficam uma atrás da outra na lista (spoiler). Acho que essa faixa representa bem o fato do Wonho não só ter material pra ser um astro gostosão ou uma carteira muito boa de produtores, mas acima de tudo, é sobre como ele consegue performar em cima de qualquer estilo com características do pop. Vou guardar o restante pra daqui a pouco. 

03. TXT – Thursday’s Child Has Far To Go: Outro grupo que não repetiu a façanha de arrastar uma legião de emos foi o TXT, que lançou a pior title da sua história no ano passado (e se superou esse ano). O que me deixa meio em dúvida é que eles não têm perfil pra interpretar essas faixas mais, hum, masculinizadas (?) porque, pra mim, o TXT sempre foi a imagem de que homens também são sensíveis e coisas assim. Por isso, o momento em que eles brilham é na soturna Thursday’s Child Has Far To Go. 

02. Onew – Dice: Se não fossem por tomadas de decisão erradas na hora de produzir essa daqui… Cara, Dice é praticamente perfeita. É aquele pop retrô que abraça toda a nostalgia que alguém pode sentir, algo meio Hall & Oates na melancolia avassaladora de Out of Touch. Só que aquela ponte, AQUELA PONTE… Ela destrói toda a conexão da música (!!). Por isso esta merda se chama ponte (!!!). O fato de eu gostar tanto do restante de Dice e do carisma do Onew aqui é o que garante a segunda posição dela na lista, porque…

01. Wonho – Eye on You: Não tem como. NÃO. TEM. COMO. O pop masculino coreano não consegue ser melhor do que isso hoje em dia, e acho que dificilmente vai ser. Eu sou fascinada pela personalidade que essa música carrega. Quando começa a tocar, eu preciso ouvir cinco, seis vezes. Isso desde fevereiro do ano passado, tá? Não consigo me desprender dela, parece que quanto mais eu escuto, mais eu gosto. É aquilo do Wonho ser a essência do pop, de performar com a vida dele, sentindo cada sintetizador pulsar no corpo e proporcionar o melhor entretenimento. Foi quando eu ouvi Eye on You que eu decidi que a minha meta de vida pros próximos meses é ver esse homem ao vivo. Ele é uma lenda, um divo com mais de 30kg de massa muscular e um rabo enorme. E é o maior solista da atualidade, você concordando ou não. 

Vocês sabiam que agora eu vendo minhas artes? Lá na Colab55 tem algumas opções de produtos com estampas que eu fiz e você pode comprar pra ajudar essa pobre coitada que escreve o blog.

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3 comentários

  1. Eu vim pronta pra comentar “e o Stray Kids??” só de zueira mesmo porque sei que a blogosfera não gosta, mas fiquei surpresa q eles realmente estão aí, e num top alto, e eu ainda sou mencionada kkk e meu pensamento continua o mesmo, Sticker é muito ruim!! Kkkk

    Mas falando sério, eu parei de acompanhar boygroups com o afinco q eu tinha antes já faz um tempo, meu grupo preferido ainda é o Stray Kids, mas nem tudo que eles lançam me agradam mais. Daí eu passei a escutar mais girlgroups, e foi até legal ver sua visão sobre os grupos masculinos e perceber que eu não escutei mais da metade dessa lista…

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  2. Pelo que acompanho aqui há algum tempo, já percebi que você não é uma grande fã de atos masculinos, muito menos do BTS, mas não sei se chegou a conferir o trabalho solo do RM. Tem Hectic do álbum solo dele que tem uma pegada meio city pop e o feat com o Balming Tiger, Sexy Nukim, que para mim é uma das melhores faixas de kpop do ano. Acredito que vale a pena dar um play.

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