J-Polêmicas: Hello! Project

Dizem que a cultura idol no Japão morreu; eu discordo. Muitos grupos, principalmente os 46 (comandados pelo Nogizaka46) ainda são muito relevantes no cenário, conseguindo emplacar single atrás de single na Oricon por conta de uma horda maluca, porém fiel, de fãs. Óbvio que a exposição global é milhares de vezes menor que a do kpop, que atingiu escalas até então inimagináveis, mas querem saber de uma coisa? Se tem algo que o jpop ainda consegue proporcionar de forma belíssima até hoje são polêmicas.

Com isso, eu inauguro essa seção, que vai durar até quando eu quiser, chamado J-Polêmicas. Aqui, eu vou ranquear os causos de determinadas franquias japonesas (que, querendo ou não, são as coisas que eu mais acompanho no jpop hoje em dia), e olha que tem muita coisa cabeluda acontecendo nos porões dessas empresas grandonas de idols… Pra gente parir o quadro (e muito bem, por sinal), vou começar pelos grupos da Hello! Project. Senta aí, pega sua bebida e vamos dar risada dos acontecimentos que somente o pop japonês pode nos proporcionar. 

Segundo a definição da enciclopédia fã-oficial, Hello! Project é uma espécie de guarda-chuva que abriga todas as cantoras japonesas que possuem contrato com a empresa Up-Front Group e são agenciadas pela Up-Front Promotion. Importante dizer que a Up-Front trabalha apenas com mulheres, mas os seus principais selos, sendo a zetima a gravadora mais famosa, também tem parcerias com cantores e grupos masculinos e/ou mistos. 

A Hello! Project foi fundada em 1998, praticamente nascendo junto com seu principal grupo, o Morning Musume. O cabeça de tudo é o cantor Tsunku, vocalista da banda Sharam Q (inclusive um homem de influências muito curiosas, que vão de Beatles a Onyanko Club), que por muito tempo produziu e escreveu todas as músicas dos grupos da Hello! Project. Em 2014, ele passou o bastão para o atual diretor da Up-Front, Shin Hashimoto, embora continue escrevendo e produzindo coisas para os grupos da casa. 

Mesmo com a pobreza dos MVs e o notável atraso em relação à sonoridade do resto do planeta, a Hello! Project é uma parcela importantíssima pra história do jpop moderno, estabelecendo padrões até hoje imitados, como o sistema de graduação de membros utilizado pelo Morning Musume desde o começo do grupo. O catálogo deles tem muita coisa divertida e descompromissada com a seriedade que o kpop, por exemplo, impõe hoje, servindo de refúgio pra dias muito pesados (pelo menos pra mim). Fora as polêmicas crocantérrimas que a gente vai comentar hoje. 

Grupos ainda em atividade pela Hello! Project: Morning Musume, ANGERME (antigamente chamado de S/mileage), Juice=Juice, Tsubaki Factory, BEYOOOOONDS, OCHA NORMA (que ainda vai debutar em julho desse ano). 

10. Aya Ishiguro (Morning Musume, 1ª geração)

Vamos começar com uma leve e engraçada. A Aya fez parte da primeira formação do Morning Musume, clássica com cinco membros, lá no comecinho de tudo em 1997. Ela se graduou logo quando o hit LOVE Machine fez sucesso e despontou o Morning Musume como a grande potência do pop japonês, dando início à era de ouro do grupo. Assim, ela seguiu sendo uma dona de casa nipônica, aparecendo na mídia pra falar sobre casamento e maternidade e servindo como um ícone daquela geração de novas mamães. 

A polêmica mesmo veio anos depois, em 2016, quando ela apareceu num programa da TV Tokyo de nome enorme que eu não vou me dar o trabalho de escrever. Lá, ela acabou desabafando sobre o salário de merda que as meninas da primeira formação do Morning Musume ganhavam, algo que começou sendo uns 2 mil dólares e, logo depois, com o sucesso do grupo, baixou para 1,2 mil, ou seja: descontando a taxa do seguro e da agência. 

Óbvio que isso não caiu bem e a gata teve que soltar um comunicado falando que não era bem assim. A Up-Front sempre tratou todo mundo bem e garantia estadia e outros custos de vida pra que ela fizesse parte do grupo. O bom é que, mesmo expondo a ex-firma, a Aya ainda foi convidada pra outros eventos especiais do Morning Musume. 

09. Ayaka Wada (ANGERME, 1ª geração)

Desde muito novinha, a Ayaka esteve envolvida com a Hello! Project. Aos 8 anos, ela passou nas audições para a Hello! Project Kids (que definiu, posteriormente, a formação do ºC-ute e do Berryz Koubou), mas desistiu na última rodada. Dois anos depois, ela já integrava o Hello Pro Egg (é como se fosse uma escolinha no estilo SMRookies) e servia de back dancer para outros grupos ativos na empresa na época. Disso até se tornar líder do então S/mileage foi um pulo. 

Depois da graduação em 2018, ela começou a ser mostrar uma pessoa muito distante da figura padrão de idol japonesa, compondo uma música parcialmente em francês pra sua nova carreira solo. Porém, a polêmica mora dias antes, quando a Ayaka deixou com que o Twitter compartilhasse sua contribuição em uma campanha do change.org contra a proibição do governo em exibir partes de uma exposição em Aichi que criticavam a postura do Japão na II Guerra Mundial. Se foi sem querer ou não, nunca saberemos, porém diva, né?

08. Natsume Abe (Morning Musume, 1ª geração)

Outro ícone da primeira formação do Morning Musume, a Natsume era a menina dos olhos do Tsunku quando o grupo surgiu (isso antes do nascimento do fenômeno Maki Goto), sempre se encarregando das partes principais das músicas. Ainda quando estava em atividade, lançou o single solo 22sai no Watashi, em comemoração aos seus 22 anos, e é seu maior sucesso até hoje, fato que fez com que ela, no ano seguinte, se graduasse em busca de uma carreira como solista.

Logo depois de lançar seu primeiro álbum contendo versões de várias músicas do Morning Musume, Natsume foi acusada de plagiar trabalhos de outros artistas, incluindo poetas e compositores, e publicar como se fossem obras suas. Dentre as pessoas cujos trabalhos foram comparados com os dela estão a cantora aiko e o compositor Nishio Saeko, que escreveu algumas músicas da Crystal Kay. 

Na sua carta de desculpas, ela disse que costumava ter um caderno com anotações onde anotava frases que gostava, e admitiu que os trabalhos não eram criações dela de fato, mas que plagiou “sem querer”. Como resultado, Natsume ficou de fora da line-up do importantíssimo especial de fim de ano Kouhaku Uta Gassen de 2004, além do single Nariyamai Tambourine, que estava programado para ser lançado, foi cancelado até enfim aparecer na sua coletânea de 2008. A sorte é que, já no ano seguinte, os fãs protestaram pra que a Up-Front deixasse ela voltar pra carreira solo. Aproximadamente 1,5 mil cartas de vários cantos da Ásia chegaram ao escritório exigindo que a Natsume voltasse a promover, quase arruinando a graduação da lenda Kaori Iida. Com a pressão, a Up-Front cedeu e, em março de 2005, a Natsume estava de volta à ativa.

07. Risa Ogata (Tsubaki Factory, 1ª geração)

Apesar do Tsubaki Factory já ser dividido por gerações, o grupo tem uma line-up muito estável desde o debut em 2015, sendo que a única mona que saiu do grupo foi essa daqui de quem eu vou falar agora. A Risa era sub-líder do Tsubaki Factory na época em que foi escurraçada da Hello! Project por infração de regras. Basicamente, a gata tinha uma conta secreta que era usada como diário, onde ela reclamava de todo mundo. Quem nunca usou o Twitter pra falar mal do povo do trabalho?

A justificativa dela foi que, apesar de manter sim uma conta nas redes sociais como diário, muitas das coisas que ela escreveu foram influenciadas pelas emoções do momento e que “a maioria não era verdade”. A Hello! Project afastou a Risa das atividades do grupo e cancelou sua agenda toda, inclusive um evento online solo que ela teria naquele mesmo mês, sem chance de adiamento, reembolsando todo mundo que tinha comprado ingresso. 

Ela ficou um tempo de molho, “refletindo sobre as suas ações”, até que no finalzinho de 2020, foi informado de que ela não retornaria ao Tsubaki Factory e nem a Hello! Project. Pelo menos a bicha teve a chance de continuar na Up-Front e, no ano seguinte, se juntou ao M-line club, que é uma mistura de blog com Soundcloud onde ex-integrantes da Hello! Project postam músicas e interagem com os fãs.

06. Miki Fujimoto (Morning Musume, 6ª geração) 

Conhecida como a líder mais rápida da história do Morning Musume, ficando no cargo por exatos 25 dias, a Miki era uma grande promessa da 6ª geração do grupo. Diferente da maioria, ela já tinha um histórico como solista pela Hello! Project, além de integrar a unit Gomattou, com os ícones Maki Goto e Aya Matsuuya. Como o lançamento do seu photobook solo e uma apresentação considerada um sucesso na edição de 2003 do Kouhaku Uta Gassen, Tsunku decidiu que ela faria parte do Morning Musume porque sim.

A partir daí, ela meio que assumiu o papel da Natsume tinha antes, ficando com as partes principais das músicas do grupo. Além disso, ela também fez parte do Country Musume, que era um projeto que reunia “garotas de Hokkaido com energia de interior” (coisas do jpop) e cumpriu o cargo de sub-líder durante a gerência da Hitomi (que também tá nessa lista, amo a era de ouro). 

Quando a Hitomi se graduou em 6 de março de 2007, naturalmente coube a Miki a ser a nova líder. Porém, 18 dias depois, o tablóide Friday, que já expôs uma fofoca de outras integrantes do Morning Musume que também vão aparecer nesse post, fotografou ela e um rapaz que logo foi identificado como parte da dupla de comediantes Shinagawa-Shoji. Como essas revistas de fofoca japonesas adoram contar o passo-a-passo de um affair de idol (pra isso, dá uma olhada no meu post sobre a Atsuko Maeda), os dois jantaram, foram ao apartamento da Miki, depois pra sauna (ui) e, só depois da meia-noite que eles foram pro apartamento do Shoji. 

Logo quando a notícia estourou, a Up-Front disse que não tinha intenções de rebater porque “não existiam provas concretas sobre o namoro dos dois”. Porém, dois dias depois, a própria Miki admitiu a veracidade da fofoca num programa de rádio, que estava SIM saindo com o tal do Shoji e que ela mesma falaria com o CEO da Up-Front. Já no primeiro dia de junho, ela desistiu da sua posição no Morning Musume e ficou longe da mídia por seis meses. 

05. Maki Goto (Morning Musume, 3ª geração)

Como já mencionei em outros parágrafos desse post, Maki Goto foi um fenômeno no Morning Musume, fenômeno esse que mais se assemelha a um cometa. Isso porque ela só ficou um pouco mais de três anos como integrante, mas mesmo com o pouco tempo, foi a segunda a conseguir mais músicas #1 na história do grupo (só perde por um single pra Sayumi Michishige, só que a gente precisa lembrar que a Sayumi ficou por 11 ANOS no Morning Musume). Na sua estreia em LOVE Machine, o grupo conseguiu seu primeiro peak máximo nos charts, e assim Maki se tornou uma favorita quase que de forma instantânea, tomando a frente em várias faixas. Por isso é dito que a mona é uma lenda.

Sua graduação do Morning Musume se deu por querer buscar uma carreira solo, que foi muito bem sucedida. Ela lançou quatro álbuns pela Hello! Project e foi durante o último show da turnê do álbum How to use SEXY que a empresa simplesmente decidiu encerrar seu contrato com a Maki. A primeira justificativa foi sobre ela querer buscar rumos diferentes para sua carreira, mas logo foi descoberto que seu irmão havia sido preso sob a acusação de roubo. 

Com a Hello! Project chutando a bunda da sua, até então, maior artista, outro grande produtor estava de olho pra fazer da Maki a sua próxima estrela. Sim, o grande rival do Tsunku. Enquanto ela se manteve longe da mídia durante o julgamento do irmão, Max Matsuura já estava com o contrato da rhythm zone pronto pra ser assinado. Assim, Maki Goto passou a integrar o grande time da avex da época, composto por Ayumi Hamasaki, Namie Amuro, Ami Suzuki, Kumi Koda e outros, deixando o Tsunku mordendo a própria bunda de arrependimento.

04. Mari Yaguchi (Morning Musume, 2ª geração)

Diferente de outras idols que apareceram por aqui (e também no geral), a polêmica da Mari Yaguchi não se deu exatamente por um boato confirmado de namoro, tampouco isso causou sua graduação do Morning Musume. Sim, em 2005 o mesmo tablóide revelou que ela estava saindo com o ator Shun Oguri e que, por sentir que havia traído sua posição no grupo, resolveu desistir de tudo. Mas esse não é o motivo dela aparecer nessa lista.

Bem mais pra frente, quando ela já tinha se graduado da Hello! Project junto de outras idols mais antigas da empresa, e já separada do Shun há anos, Mari começou um relacionamento com o também ator Masaya Nakamura, com quem ela se casaria em 2011. Porém, em 2013, vários veículos de notícia começaram a espalhar a fofoca de que ela estaria tendo um caso depois de passar a morar separada do marido por conta de uma discussão sobre ter ou não filhos. 

Mais pra frente, eles deram entrada na papelada do divórcio e detalhes mais íntimos sobre a traição foram descobertos. O ator teria chegado em casa e se deparou com o quarto “que parecia ter sido usado para transar”. Em seguida, encontrou um homem nu no armário, depois identificado como Kenzo Umedo, modelo cinco anos mais novo que Mari. Nakamura exigiu que o modelo se ajoelhasse e tirou fotos dele como evidência. Durante o processo de divórcio, Mari relatou que o ex-marido era violento e chegou a agredi-la. Ela também se desculpou publicamente e decidiu se afastar da mídia, o que durou um pouco mais de um ano. Em 2018, ela declarou que se casaria com um ex-modelo de 30 anos (provavelmente o tal do Kenzo) e os dois estão juntos até hoje, tendo dois filhos.

03. Azusa Kobayashi (Country Musume, 1ª geração)

O Country Musume foi criado com o intuito de ser um grupo-irmão do Morning Musume, com uma imagem mais rural. Elas debutariam na mesma época como um trio, mas um acidente fatal acabou matando uma das integrantes uma semana antes do lançamento do single e isso afetou muito o psicológico da Azusa, que era a líder na época. Por esse motivo, meses depois de debutar, ela decidiu deixar o grupo. 

Porém, o que foi polêmico (e desonesto) nessa saída foi a publicação de um photobook pornográfico feito anos antes e atribuído a Azusa, mesmo tendo outro nome, Hiromi Morita. E aí começaram a especular que ela estaria saindo do grupo por pressão da Up-Front pra que não associassem as atividades do Country Musume com conteúdos adultos. Depois desse episódio, outras revistas publicaram fotos usando a modelo Hiromi Morita e até hoje não se sabe se realmente são fotos antigas da Azusa ou não. E ela, que já estava visivelmente mal por ter perdido uma companheira, acabou sendo boicotada pelos fãs. 

02. Ai Kago (Morning Musume, 4ª geração)

Se tem alguém no Morning Musume que sofreu mais que Jesus Cristo, esse alguém é a Ai. Ela estreou na quarta geração do grupo, junto com a sua amiga que conheceu durante as audições, a Tsuji Nozomi. É fofo porque elas eram conhecidas como “gêmeas”, por conta da aparência e personalidade parecidas, além de terem uma sub-unit só delas, publicado photobook juntas e se graduando ao mesmo tempo. 

Mas parece que a Ai se perdeu bastante depois da graduação. Pouco tempo depois, o tablóide Friday publicou fotos dela fumando aos 18 anos, sendo que a idade legal para fumar no Japão é 20. Com isso, a Hello! Project colocou sua carreira em hiato indeterminado, e ela passou a servir chá e fazer secretariado nos escritórios da empresa. Durante esse meio tempo, Ai disse que se tornou mais responsável e os executivos até planejaram retomar sua carreira de cantora, mas logo no ano seguinte a bicha acabou se envolvendo em um escândalo por estar namorando um cara 18 anos mais velho e fumar novamente. No mesmo dia, o próprio diretor representativo da Up-Front declarou que, “com pesar”, o contrato da Ai estava cancelado. 

Ai passou um tempo na casa dos seus pais em Nara para então partir para Los Angeles com seu namorado. Ela revelou que o escândalo do cigarro fez com que ela se sentisse uma criminosa e por isso decidiu ir embora do Japão, e até cogitou suicídio por conta disso, mas recebeu conselho de muitas pessoas, inclusive da Winona Ryder (que rolê aleatório né). Já em 2008, ela anunciou que retornaria para a mídia e, mesmo tendo idade legal para fumar, não queria mais saber de por um cigarro na boca.

Chegou 2009 e a Friday mais uma vez pegou a coitada fazendo coisa errada, dessa vez se envolvendo com o ator Hidejiro Mizumoto, que era casado. Na verdade, ele e a ex-esposa já tinham assinado o divórcio na época em que a matéria da Friday saiu, mas Asato, como foi identificada (e provavelmente quem forneceu as evidências para a revista), disse que o motivo da separação seria o caso que o Mizumoto estava tendo com a Ai. E olha que história doida: os dois se conheceram porque a Ai se consultava com a mãe dele, que é uma vidente, pra saber se ela teria sucesso na sua carreira. Dali em diante, eles contracenaram um filme juntos e foi aí que o caso começou. 

E não para por aí: em 2011, ela decidiu sair da sua agência porque não estava feliz com os rumos da sua carreira. Desde então, começou a namorar um outro cara, chamado Haruhiko Ando, e os dois foram presos por tentativa de estelionato e ameaça. Uma semana depois, Ai foi hospitalizada por uma tentativa de suicídio depois de dar sinais em um telefonema com alguns funcionários da sua antiga agência. A partir daí, ela decidiu dar novos rumos pra sua vida, até que três anos depois, seu então marido recebeu uma intimação por agiotagem. Ai começou a dar entrada no divórcio no ano seguinte, alegando que era espancada por ele, o que ocasionou a prisão dele. 

01. Hitomi Yoshizawa (Morning Musume, 4ª geração)

Eu deixei o pior por último porque eu mesma não sabia dessa história e foi o que me motivou a criar esse quadro. Hitomi é a gostosona do Morning Musume, que tinha um jeito meio “tomboy” de ser, por causa da aparência e da voz mais grave, e esse era o charme que ela dava pro grupo. No MV de Mr.Moonlight -Ai no Big Band-, é possível ver ela interpretando o par romântico da Makoto (que tinha acabado de debutar). Por esses motivos, a Hitomi é minha integrante favorita, inclusive ela me lembra muito a Sailor Urano. 

O que me deixa mais chateada com essa polêmica é o fato que precede ela, anos antes. Em 2007, seu irmão foi atropelado por um motorista bêbado e acabou falecendo por uma parada cardíaca aos 16 anos. Não se sabe se foi esse o motivo, mas meses depois, Hitomi anunciou sua graduação, deixando o cargo de líder disponível para a Miki (como eu comentei mais pra cima). Ela era considerada o último traço da Golden Era do Morning Musume e, a partir daí, o grupo enfrentou seu pior período de vendas na história.

Dez anos após o fato acima, Hitomi causou um pequeno acidente num cruzamento ao virar para a direita e bater numa minivan que vinha no sentido contrário. Ela não se machucou, mas o motorista do outro carro teve uma fratura no pé. Mesmo assim, ela permaneceu no local do acidente dando a assistência necessária e colaborando com a investigação policial. E aí você me pergunta “ué, Rafaella, essa é a polêmica?” e eu respondo: definitivamente não, porque algumas pessoas se recusam a aprender com os próprios erros e, principalmente, com os erros de outras pessoas.

No ano seguinte, Hitomi causou outro acidente, dessa vez bem mais grave, estando bêbada às sete da manhã. Bem semelhante ao que aconteceu com seu irmão em 2007, ela atropelou um ciclista, cuja bicicleta voou por metros, e ainda atingiu um pedestre no caminho. No teste do bafômetro, ela testou quatro vezes mais do que o permitido e admitiu ter bebido na noite anterior com o seu marido, mas ainda assim a polícia disse que ela não deveria estar com tanto álcool no organismo naquele horário da manhã. Hitomi então confessou que bebeu por mais tempo do que se lembrava. Com isso, ela foi presa em flagrante. Uma semana depois, foi dito que sua sogra tentou se suicidar com uma dose letal de soníferos assim que um repórter, possivelmente da revista Shukan Bunshun, publicou uma matéria sobre detalhes íntimos da vida de Hitomi com seu marido. 

Já no final de setembro, a polícia acusou Hitomi de violar as regras de trânsito por dirigir a 86km/h numa via de 60. Sob fiança de 3 milhões de ienes (algo em torno de 112 mil reais), ela foi solta na Delegacia de Harajuku e, na mesma tarde, visitou o hospital de Saitama. A Up-Front publicou que ambos os lados chegaram a um acordo e o contrato de Hitomi foi encerrado, logo em seguida de uma declaração dela sobre se aposentar da indústria. O julgamento foi marcado para o dia 28 de novembro do mesmo ano, e dois dias depois, a sentença foi dada: dois anos de prisão e cinco em liberdade condicional. 

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2 comentários

  1. Caramba… os casos no começo da lista são tranquilos (nível k-pop de escândalos), mas os do final… agiotagem, flagra de traição, CADEIA… gostei!

    Adorei a mina punida por ter posicionamento político! Idem no caso da que reclamou do salário e da que xingava a empresa às escondidas! Quanto à que TALVEZ tenha posado nua (nenhum jornalista tentou procurar se realmente não poderia existir uma modelo chamada Hiromi Morita que só seria parecida com a idol em questão?), tomara que ela faça amizade com a lenda do k-pop Yua Mikami, que com certeza aceitaria colocá-la no Honey Popcorn (ou em qualquer outro grupo que a Yua resolva lançar quando estiver entediada e sem saber onde gastar a fortuna que ganha com seus filmes).

    Curtido por 1 pessoa

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