Quem diria que um dia eu me importaria o suficiente pra cobrir um lançamento do Pink Fantasy no blog? Na verdade, não entendam mal, é que eu não entendia pra onde esse grupo queria ir depois de tantas músicas avulsas e falta de clareza no conceito geral, como a menina que veste uma máscara de gato (que antes era um capacete de coelho). Era uma farofa muito nugu pra minha cabeça.
Bom, parece que a empresa delas conseguiu um certo boost no orçamento, a ponto de descolar o primeiro mini álbum da carreira depois de quase três anos de debut. Só que a divulgação das coitadas é uma porqueira só, tanto que o mini nem foi upado no Spotify ainda (prejudicando a apuração das blogueiras que fazem questão de dar stream pra outras coisas além do single). Isso também aconteceu com a música Lemon Candy, lançada em janeiro desse ano, que só foi aparecer na plataforma de streaming UMA SEMANA depois.
Enfim, aqui estamos nós com Poison. Vamos dar uma olhada no MV antes de comentar.
Por algum motivo que eu não sei, o Pink Fantasy demorou pra fazer jus ao seu conceito. Ou elas já fizeram e eu nunca me importei em ouvir, mas pelo que eu conheço do grupo, já tem alguns lançamentos que os gêneros não conversam entre si e com a bobajada fantasiosa que a empresa montou só pra dizer que elas têm um conceito. Só que Poison parece ser a primeira vez em que o Pink Fantasy se arriscou a fazer algo mais visceral e isso acabou chamando minha atenção de um jeito positivo.
Eu não curto muito esses rockzões pesados, tanto que demorei pra gostar do Dreamcatcher. São poucas músicas nesse estilo que costumam me agradar, e o teaser de Poison indicava que isso seria um lançamento que eu faria questão de ignorar, mas eu fui surpreendida. A construção da música me agrada, ela enche meu peito de uma angústia que não existe. Funciona mais ou menos como a maioria dos singles do Linkin Park, e esse sentimento é possível por conta desses riffs extremamente agressivos do Jungmo (procura TRAX no Youtube pra entender do que eu to falando).
Ao contrário do post do Lunei, não sei se eu consigo encarar essa música como um kawaii metal, mas também não assimilo como “potenciais” rivais do Dreamcatcher. Pode até passar como um número de algum ato da WACK, mas isso aqui tem muito mais energia das bandas de visual kei, como o the GazettE, o Nightmare ou até o GACKT. E só o fato delas cantarem melhor do que esses atos femininos mais rockish já me faz ter mais vontade de ouvir prestando atenção de fato.
O MV tá bem decente pra um grupo vindo de uma empresa que vende o almoço pra comer a janta, dá até pra perdoar alguns efeitos toscos porque parece que investiram pesado aqui. Apesar de achar que é tarde demais pra desovar uma dessas e que o grupo pode não sobreviver pra mais um comeback (não com essa formação, pelo menos), um lançamento que apela pro terror e que dá certo é sempre bem-vindo. Fazendo esse post, eu descobri que o Pink Fantasy é gerenciado por uma mulher, o que torna tudo ainda mais interessante. Espero que a luz da sabedoria atinja a gata e que ela consiga progredir com a mitologia da dona coelha (que agora usa uma máscara de gato) e suas súditas.
Apesar de ser um mini álbum, não vou mandar vocês escutarem porque 1) ainda não tá disponível no Spotify, como eu previa, e 2) além do single, duas músicas são regravações (é interessante ouvir caso você não conheça nada delas) e outras duas são instrumentais (uma inédita e outra uma versão do single). Sei lá o que a empresa pretende com tudo isso, mas… Enfim, no mínimo dispensável.
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