Demorou, mas veio! O Pacotão das melhores de julho já está entre nós e, olha… Eu demorei todo esse tempo porque que mês fuleiro esse, hein? Praticamente nada aconteceu, comebacks espaçados, quase nenhuma música realmente boa… Eu precisei me virar pra montar essa lista, já que eu gostei de literalmente dez músicas (e algumas eu nem gostei tanto assim). Quase que esse post não sai.
Mas eu queria muito falar dos acontecimentos do AYO GG no último mês, o que rolou de legal, quais foram as postagens mais clicadas, meus planos futuros e muitas coisas mais. Começando com os acessos: em julho, o blog teve visualizações a menos em relação ao mês passado, mas nada muito discrepante. Acho que isso se deve pelo fato de eu ter diminuído a frequência de posts, mas ainda assim tivemos alguns recordes impressionantes: em um pouco mais de 3,8k de views, o AYO GG acumulou 1345 visitantes, um aumento de 17%!
Em ordem, esses foram os posts mais acessados:
– Minhas primeiras atualizações do Girls Planet 999, até agora o post mais visto do blog até hoje;
– Meu ranking do Girls Planet 999 baseado somente nos 99 vídeos de apresentação;
– O esquenta do top 10 2021, seguindo a pseudo-tag do Miojo Pop;
– Minha lista com MVs esportivos, aproveitando o hype das Olimpíadas;
– E o Pacotão do mês passado.
Puxei um outro dado também que me deixou surpresa: até o presente momento, o AYO GG tem quase 20k de views, com um pouco mais de cinco mil visitantes. Que doideira, gente! Eu ando com uns problemas pessoais envolvendo saúde que me deixaram desanimada esses dias e eu to praticamente me arrastando pra escrever algumas coisas, mas a vontade de manter esse blog de pé nunca acaba. E é sempre legal usar esse espaço antes de falar das melhores do mês pra desabafar, não é todo mundo que vai ler, mas me faz um bem danado pra começar mais um período com full gás, como já dizia Marina. Por isso, muito, muito obrigada!
Enfim, caso você seja novo aqui no blog e não saiba o que é o Pacotão, seguem as regras:
– Parece óbvio, mas são apenas lançamentos FEMININOS da Coreia do Sul e do Japão.
– A lista contém apenas singles lançados em maio, reservando a grande lista de fim de ano pra juntar tudo (inclusive as b-sides) pra saber o que realmente foi bom durante 2021.
– Serão dez músicas em ordem decrescente, apenas com os vídeos acompanhando. Playlist só no fim do ano.
10. Taeyeon – Weekend
Isso aqui prometia tanto, caras… Não que seja ruim, mas parece que a música nunca engata pelo potencial que ela tem (ainda mais sendo a Say So coreana). Ainda assim, é bem interessante ver esse lado da Taeyeon que quase nunca aparece (até porque ela odeia interpretar essas coisas mais “infantis”) e Weekend deu uma nova cor pra voz dela. A bicha sabe interpretar qualquer coisa que dão na mão dela e dá pra ver que ela se esforçou bastante pra que a música fosse agradável. E, como num fim de semana, esses períodos divertidos da Taeyeon passam rápido, então é bom aproveitar quando a gente pode.
09. Kwon Jinah – Knock (ft. Park Moonchi)
A Kwon Jinah trouxe um álbum muito chato no começo do ano, então topar com isso aqui no finalzinho do mês deu uma vida a mais, principalmente por ser uma cara mais conceitual do verão, sem deixar de ser divertido. Ela acertou muito com Knock, a voz dela é mais suave e sem muitos agudos e isso combinou muito com a atmosfera geral da música, esse retrozinho inespecífico querendo ser um city pop é uma delicinha, quase um respiro pra um mês tão atipicamente parado. Não sei com que frequência teremos mais uma dessas, mas vou passar a olhar a Kwon Jinah com mais atenção.
08. E.SO – Orgel
Indo na contramão da música acima, temos Orgel, o debut solo de uma ex-integrante do Berrygood. Cenário mais nugu impossível, mas continua provando o fato de que as anônimas continuam num patamar elevado em questão de lançamentos. Orgel é uma música muito interessante e diferenciada, diria até arriscada se a gente levar em conta todo o background da gata. O instrumental é bem amador e genérico, mas cumpre muito bem o papel de ser um dark pop wannabe que o Taemin lançaria num dia bom, com muito mais orçamento por trás. Não tem nada a ver com o verão, mas a dramaticidade da E.SO ganhou pontos comigo.
07. YOASOBI – Sangenshoku
Até hoje eu não entendi do que isso aqui faz propaganda (nas minhas pesquisas eu encontrei um monte de divergências de tradução, então vou manter como plano de operadora de celular como eu comentei no dia), mas o YOASOBI parece sempre tirar histórias incríveis nessas coisinhas pequenas, né? Sangenshoku usa as cores do sistema RGB pra descrever três amigos de infância, suas personalidades e os rumos que eles tomaram conforme foram crescendo e isso por si só já é genial o suficiente, mas não: tem que ser acompanhada por uma puta música também, senão não é o YOASOBI. Isso aqui tem o incrível poder de colocar qualquer um pra cima mesmo sem ler a letra ou entender do que se trata, é a melhor do duo esse ano até o momento, com certeza.
06. Soyeon – Beam Beam
Beam Beam é o comeback aguardadíssimo da Soyeon (que também pode ser encarado como debut, depende do ponto de vista) e ela foi o momento aqui. Acho que mais pelo esquema de divulgação que foi usado na época do que o resto, até porque eu não queria deixar o marketing fudido que ela usou morrer na praia, mas a música ainda me diverte bastante e se mantém viva na minha playlist. E isso diz muito sobre a Soyeon como artista: ela é extremamente versátil e conseguiu transmitir isso muito bem, então essa energia tridimensional é o fator principal que não deixa a faixa ser esquecida. Tem um gostinho de rock early-2000, de demo do Smash Mouth, um quê de nostalgia diferente (aquela nostalgia palpável pra quem é millennial como eu). Uma ótima apropriação musical inesperada da Soyeon.
05. Dreamcatcher – BEcause
Mais uma vez, as gatas do Dreamcatcher se reinventaram dentro do nicho que elas ajudaram a popularizar dentro do kpop e salvaram o mês de julho a tempo com BEcause, o melhor número veranesco delas desde BOCA. É uma música complexa dentro da sua simplicidade, quase um paradoxo impossível de dar certo. Bom que deu, né? A interpretação meio teatral das meninas eleva o lançamento em 1000%, uma pena mesmo que o conceito não tenha sido levado pras outras faixas do álbum (o mais fraquinho da carreira). Em BEcause, elas se permitiram explorar novamente essa veia de terror que existia nos primeiros singles, agora com a experiência de quatro anos de grupo, e o resultado ficou maravilhoso.
04. Perfume – Polygon Wave
Eu ainda to esperando um MV disso, e com o anúncio do EP previsto pra setembro, meu sonho vai ficando mais próximo de ser realizado. Enquanto isso, Polygon Wave é mais uma ótima produção do Nakata, que parece ter voltado à sanidade e tem arranjado inspiração pra fazer músicas muito legais, sem aquelas loucuras e peidos sonoros que ele desovou nos dois últimos álbuns do Perfume. Parece que o Nakata se inspirou bastante no Daft Punk, já que Polygon Wave soa como números excelentes do duo francês, como Around the World, e também algumas produções do Fatboy Slim, com essa base meio funk. Como fã, eu fico muito feliz de ver o grupo voltando às suas origens, mas sem abandonar o amadurecimento que elas tiveram ao longo de tantos anos. Elas ajudaram a revitalizar a música eletrônica pelo Japão e ver que o Perfume caminho pra longe do ostracismo é um alívio pro meu coração.
03. AleXa – Xtra
A russa musculosa do Lunei finalmente acertou no lançamento, emulando a Ariana Grande tão perfeitamente que é de dar raiva. Xtra, ao contrário do que o nome sugere, não tem nada de extra; até os visuais ultra coloridos do MV casam muito bem com a época pra qual ele foi projetado. E acho que a AleXa merecia ter esse spotlight, mesmo que seja por aqui dentro da blogosfera e alguma meia dúzia de kpoppers, porque a música é boa de verdade. Eu escuto isso e me transformo numa gostosona com o shorts enfiado na bunda e piercing no umbigo de tão poderosa que é. E, bom, tem vezes que isso faz falta no verão coreano. Ainda bem que a AleXa ressuscitou essa trend de periféricas que se exaltam o tempo todo pra humilhar outras. Aprende, ITZY!
02. Nada – Spicy
E no último dia de julho, a Nada entregou tudo. Tudo mesmo. Spicy é um daqueles números agressivos que eu passaria longe em circunstâncias normais, mas o trabalho desse instrumental é maravilhosamente bom. Eu to viciada no refrão; ele é violento e potente, mas EXTREMAMENTE grudento. É bem triste que ela não seja reconhecida mesmo após a participação no Miss Back. Geralmente, Spicy é uma música que renderia o maior bafafá na fanbase internacional, mas você não vê mutirões de stream pra ela. Ainda assim, a Nada já contou que ela ama fazer música e dá pra perceber o tamanho da qualidade em cada um dos lançamentos dela. Acho que muitas faves de vocês lutariam pra ter essa aqui na discografia, viu? Pena que ninguém segura essa imagem tão bem atualmente quanto ela.
01. YUKIKA & Pat Lok – The Moment
Como já era esperado, qualquer coisa que a YUKIKA lance vai bater ponto nessas minhas listas porque ela é a maioral. E a bichinha anda trabalhando incansavelmente pra entregar bops pros seus sete fãs ao redor do globo, a gente precisa valorizar. Dessa vez, temos The Moment. Partindo pra um caminho bem diferente do habitual city pop que ela faz tão bem, a YUKIKA entregou um retrô oitentista bem sensual e adulto em parceria com o DJ canadense Pat Lok. Se não me engano, isso aqui faz parte de algum dos trezentos projetos em que a YUKIKA se enfia, mas acho que essa foi a melhor parceria da gata até hoje. Não consigo enjoar dessa música, ela consegue ser um ótimo coringa pra todas as situações, desde melancolia até felicidade extrema. E o mood film ajuda muito nisso, é uma linha tênue entre sentimentos completamente opostos, é quase a representação da fragilidade de um instante. Talvez por isso a música se chama The Moment? Não sei, mas como o Dougie comentou no post dele: essa música é o momento mesmo.
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