[SabadOFF] Dez momentos mais marcantes do carnaval 

Chegamos ao último sábado de fevereiro e nada mais apropriado como tema desse SabadOFF do que o carnaval. E foi até uma ótima ideia ter criado esse quadro aqui no blog porque não sei em que outra circunstância eu teria a oportunidade de escrever sobre o meu “feriado” favorito (entre aspas porque é facultativo). Apesar de ser uma paixão mais recente em comparação aos meus quase 28 anos de existência, eu adoro carnaval. Não diria que gosto tanto assim de ir em bloco porque eu não sei lidar muito bem com aglomerações, mas como uma boa estudante de design e apreciadora das artes em geral, meu prazer no feriado é acompanhar os desfiles das escolas de samba. 

Eu tenho lembranças variadas com o carnaval. Lembro de ter comido uma carne suspeita num churrasco e contraído tênia, por exemplo. Ou de sempre viajar pra Santos (um pedaço histórico extremamente valioso pro carnaval paulista, diga-se de passagem) e ouvir as histórias do meu avô sobre os desfiles na orla do Gonzaga, com bordões que eu e meu pai repetimos todos os anos na mesma época (“É carnaval! Três dias de folia!”). Enfim, carnaval é um feriado que enche meu coração de nostalgia e eu fico muito melancólica quando ele acaba. Por isso, busquei no fundo da minha memória e juntei dez momentos mais marcantes a respeito dos desfiles, que não necessariamente são os melhores e mais lembrados, até porque eu era uma mini querida quando a Vai-Vai falou sobre as previsões apocalípticas de Nostradamus ou sequer era um conceito de gozada quando a Mocidade fez seu Ziriguidum 2001 (provavelmente meu desfile favorito da vida, coloquei algumas fotos aí embaixo). 

Obs.: Esse texto foi escrito antes da apuração, então não faço ideia de quem venceu. 

10. Desfiles desportivos de São Paulo (2006-2007)

Em 2006, a Mancha ganhou o desfile desportivo sozinha (?)

O carnaval de São Paulo tem uma característica muito peculiar. Enquanto no Rio as escolas de samba são muito ligadas às comunidades, numa rivalidade que beira às semelhanças com o futebol, aqui é literalmente futebol. Escolas como a Gaviões da Fiel, ligada ao Corinthians, e a Mancha Verde, ao Palmeiras, possuem uma rixa que transcende as barreiras da festa, tanto que, se uma desfila na sexta, a outra obrigatoriamente precisa desfilar no sábado. Só que esse esquema é um pouco mais recente, já que em 2006, as duas escolas junto com a Liga-SP montaram um subgrupo onde somente agremiações ligadas a torcidas organizadas desfilaram separadas do restante. No final das contas, a Gaviões conseguiu uma liminar pra voltar ao grupo especial e a Mancha disputou sozinha o título do grupo desportivo nos dois anos que esse delírio coletivo existiu. A categoria foi extinta em 2007 porque não fazia sentido manter, já que as duas eram as únicas escolas desportivas no grupo especial na época.

09. O jurado Adilson Gomes Oliveira na apuração do Rio (2004)

A Tradição, escola surgida de uma rixa na Portela e que recebeu um fortíssimo 7,8 do seu Adilson, reeditou um enredo da sua algoz naquele ano

Lembro de estar na casa de uma colega fazendo trabalho da escola quando o também conhecido como o pior jurado da história do carnaval carioca não poupou absolutamente ninguém ao preencher sua tabelinha de notas pro quesito conjunto do alto da cabine de jurados da Sapucaí, incluindo um 7.8 pra pobre da Tradição. Vale dizer duas coisas como contexto. Em 2004, as notas iam de 7 a 10, sendo muito difícil um jurado dar menos que 9, seja lá qual fosse o quesito. E, na minha opinião, esse ano aí compilou alguns dos maiores desfiles da história do Rio. Mas o que é que o seu Adilson avaliou afinal? Quesito extinto da apuração, ele observa exatamente o que o nome diz: o conjunto da escola toda e, principalmente, se cada uma das falhas dos outros quesitos prejudicou o restante do desfile. Ou seja, um julgador de conjunto é o que, teoricamente, precisa estar mais atento a tudo que acontece na pista. Pois este querido sênior saiu de casa determinado a não dormir e anotar tudo o que via de ruim em cada uma das escolas; talvez até as entrevistas dos repórteres da Globo (que eu acho que atrapalham sim) acabaram entrando na soma. Dizem que, por causa do seu Adilson, o range das notas sofreu uma alteração de 9 até 10, e alguns anos depois, passou-se a descartar a menor nota. Além disso, uma década depois do ocorrido, o quesito conjunto foi abandonado pela LIESA. (Nota de pesar: li num fórum que o seu Adilson se suicidou em 2013, então ficam aqui meus pêsames para o melhor jurado do carnaval brasileiro).

08. Paraíso do Tuiuti – Meu Deus! Meu Deus! Está extinta a escravidão? (2018)

Os patos da Fiesp, símbolo de “resistência” da direita lá em 2015

Desfiles politizados sempre estiveram presentes no carnaval, de forma quase sempre muito justa e emocionante. Mas foi a Tuiuti, vinda de um 2017 horroroso (por conta do carro desgovernado que acabou esmagando cerca de 20 pessoas na grade do setor 1, incluindo uma morte) que, pra mim, marcou a história recente com o dedo na ferida mais bem dado dos últimos anos. Desde o golpe com a destituição da Dilma em 2016, o Brasil vinha descendo pela descarga de forma extraordinariamente trágica, com a manifestação dos fascistas de camiseta verde e amarela, panelaços, reformas absurdas da previdência e etc. A perspicácia do Jack Vasconcelos, carnavalesco da Tuiuti naquele ano, em despertar um questionamento depois de 130 anos da abolição da escravidão, fazendo um contraponto com os acontecimentos medonhos dos últimos tempos, foi algo que me deixou pensativa por alguns meses. Trechos como mas falta em seu peito um coração ao me dar escravidão e um prato de feijão com arroz e preto velho me contou onde mora a senhora liberdade não tem ferro nem feitor ainda batem forte em mim, principalmente quando eu associo com a coreografia da comissão de frente e toda a evolução quase desesperançosa do desfile. Muitas levantam a bola pro saque, mas pouquíssimas cortaram como a Tuiuti aqui. 

07. Rosas de Ouro – Cacau: um grão precioso que virou chocolate, e sem dúvida se transformou no melhor presente (2010)

A vaca rosa da Porto da Pedra, afinal sem vaca não tem leite, e sem leite não tem… Iogurte?

O presidente de honra da Rosas de Ouro, Eduardo Basílio (já falecido), era amigo do meu avô (já falecido também). Na época em que a escola foi fundada, nos anos 70, meu avô era subprefeito do bairro da Lapa, em São Paulo, e o Basílio perguntou se podia trazer a escola recém-nascida dele pra desfilar. Quando ele chegou, meu avô perguntou “ué, sua escola é essa meia-dúzia de negão com tambor? (sic)”. Pouquíssimas pessoas saberiam dessa história fora da minha família se eu não contasse aqui, mas fica aí o registro da escalada da Rosas de Ouro dos cafundós da Brasilândia até uma das maiores agremiações de São Paulo. E quero fazer um gancho entre esse fato com o desfile de 2010 patrocinado pela Cacau Show, e como tiveram que cortar a expressão “Cacau é Show!” do samba-enredo pra não configurar jabá. A Rosas de Ouro não é uma escola que eu particularmente gosto (e não, eu nunca conheci o Eduardo Basílio), e esse desfile do cacau é um dos menos memoráveis (apesar de ter conquistado o último título deles até então), mas lembro de ficar chocada quando um carro que contava a história da invenção do chocolate em barra na Holanda passou com uma fonte de chocolate real e funcionando. O que me fez botar o desfile aqui, no entanto, foi uma forma de lembrar as situações inusitadas, curiosas e até um pouco constrangedoras que o carnaval contemporâneo passa por conta desses patrocínios suspeitos, como um enredo sobre o Beto Carrero ou outro sobre iogurte. Beija-Flor em 2013, por exemplo, decidiu que ia cantar sobre uma raça de cavalos extremamente específica… Por que será, né?

06. Grande Rio – Vamos vestir a camisinha meu amor! (2004)

Camisinhas if they slayed

Segunda-feira, 23 de fevereiro de 2004. Eu estava na sala da casa dos meus avôs, de noite, provavelmente comendo pizza enquanto o Jornal Nacional transmitia uma recapitulação rápida da primeira noite de desfiles da Sapucaí até que uma horda de camisinhas yassificadas invade a televisão. O repórter dava um resumo sobre seja lá o que a Grande Rio apresentou na madrugada, uma coisa que só aconteceu do jeito que aconteceu porque saiu da cabeça de Joãosinho Trinta, tido aí como o grande VTzeiro da Sapucaí, o que eu discordo. Joãosinho foi um visionário, aquele que entendia a real essência do carnaval como a festa feita pelo povo para o povo, seja em 1989 com o emblemático Ratos e Urubus, em 1997 simplificando a criação do Universo pras massas ou aqui em 2004 citando Chacrinha, outro herói popular que cantava sobre a importância do uso do preservativo nos anos 80. Parafraseando Joãosinho minutos antes da Grande Rio entrar na avenida com três carros censurados: “Pra mim, o Kama Sutra é uma obra universal, é patrimônio da humanidade e não se pode proibir uma peça daqueles tempos maravilhosos”. A sexualidade saudável, por mais escrachada que fosse a representação, ainda era um tabu. Bom, pelo menos pras camadas sociais mais baixas, que são as que sempre brincam de carnaval. 

05. Gaviões da Fiel – Ideias e Paixões: Combustível das Revoluções (2004)

Não tem nenhuma foto decente do carro quebrado, então peguei do abre-alas

Mind you: a Gaviões era A escola em 2004. Vinda de um bicampeonato, além de ótimas colocações nos anos anteriores, como o inesquecível Coisa Boa É Para Sempre, declamado a plenos pulmões pelo meu pai quando a escola foi campeã em 1995 e ele ainda era um corinthiano lunático, era óbvio o favoritismo. Foi em 2004 também que a Liga-SP determinou que o carnaval seria temático pelos 450 anos de São Paulo, e como a Gaviões tem conexão forte com um time majoritariamente popular da capital, todo mundo esperava um desfile recheado de referências aos corinthiloucos e como as histórias da Fiel e dos paulistanos se cruzam em diversos pontos. Isso até o último carro ficar preso numa caixa de som do Anhembi, desmanchar toda a harmonia da escola e estourar os 65 minutos estipulados. Inclusive foi até bom relembrar esse desfile porque eu jurava que a história tinha sido: uma escultura do Ronaldo no último carro quebrou e o braço caiu em cima da cabine da Rede Globo, sendo que 1) o carro era bem menor que a cabine da Globo e 2) o Ronaldo só jogou no Corinthians em 2009. É engraçado como a gente cria memórias falsas de um acontecimento que parece tão vivo na nossa cabeça, e é mais tragicômico ainda a Gaviões da Fiel ter sido rebaixada depois de vencer duas vezes o carnaval paulistano. Depois disso, a escola nunca mais foi a mesma, se mantendo em classificações bem medianas.

04. Unidos da Tijuca – O sonho da criação e a criação do sonho: a arte da ciência no tempo do impossível (2004)

Paulo Barros disse uma vez que ninguém no barracão da Tijuca acreditava nesse carro

Fechando essa trinca involuntária de desfiles de 2004, o mais importante deles pra mim foi o da Unidos da Tijuca com assinatura do Paulo Barros, carnavalesco que revolucionou o jeito de se trabalhar enredos a partir dos anos 2000 (e que me fez ter vontade de trabalhar como carnavalesca por algum tempo). Entre altos e baixos, sou suspeita pra falar do Paulo Barros por ser fascinada por cada trabalho que ele realiza e a forma como ele brinca com significados; é como se fosse uma malha dobrada em um trilhão de pedaços e ele visse conceito em cada um deles. O desfile da Tijuca em 2004 foi a estreia do Paulo no grupo especial e consolidou as suas ideias transgressoras ao trazer essa “internacionalização” do carnaval, com temas que fugiam um pouco do âmbito brasileiro. Aqui, ele falou sobre invenções e, coincidentemente ou não, inventou um bocado de coisa que as escolas até hoje seguem, como o famosíssimo carro DNA, cuja estrutura era feita majoritariamente de… Pessoas! 127 bailarinos pintados de um azul cintilante coreografaram os movimentos do carro, com a ligação das bases A-T-C-G e a formação da hélice da molécula. Lembro de ter visto aquela imagem e ficar impressionada; hoje eu fico mais impressionada com as tetas azuladas sem nenhum tapa-sexo no ao vivo, mas também como esse carro em específico é um ótimo representante do movimento Frutiger Aero brasileiro, extremamente à frente do seu tempo. 

03. Incêndio nos barracões da Portela, Grande Rio e União da Ilha (2011)

Apesar de não ter concorrido, a Grande Rio refez todo o desfile em tempo recorde e com bastante capricho

Fico muito aflita quando acontece algum incidente antes ou já no desfile. O caso da Tuiuti que eu citei mais pra cima, por exemplo, eu vi ao vivo na televisão e foi de uma agonia imensa. Há dois dias do carnaval desse ano, carros da Império de Casa Verde e outras três escolas de grupos menores se desmancharam com as chuvas de São Paulo. Mas nada tão triste ficou gravado na minha memória como o incêndio que consumiu os barracões da Portela, Grande Rio e União da Ilha em 2011, às vésperas do desfile. Importante lembrar que o carnaval é fonte de renda pra muitas famílias que frequentam as agremiações, fornece cultura e profissionalização durante um ano todo produzindo materiais diversos pra compor o enredo que vai ser apresentado uma única vez em um pouco mais de uma hora, então ver trabalhadores desolados com fantasias queimadas é uma coisa que me dói só de lembrar. Me faz pensar no desmonte da arte no Brasil, com muitos desses barracões vivendo às traças, quanto mais regional a escola é. Nessa tragédia, a Grande Rio foi a maior afetada, simplesmente perdendo todo o material produzido (4 mil fantasias e oito carros) pro fogo e tendo que se refazer de forma literal há um mês dos desfiles. As três escolas ganharam o status de hors concours em 2011 e ninguém foi rebaixado.

02. Apuração do carnaval de São Paulo (2012)

Este homem é o inimigo público #1 de toda uma nação paulistana

Porém, outras situações entram pros anais da história como sinônimo de vergonha, em todos os sentidos da palavra. Como já citei lá em cima, São Paulo tem essa forma curiosa de se fazer carnaval, juntando as torcidas organizadas dos principais times do estado: Gaviões da Fiel com o Corinthians, Mancha Verde com o Palmeiras, Dragões da Real e Independente Tricolor com o São Paulo, fora outras menores. É uma característica que divide opiniões, e a Fiel já se meteu em muita briga feia, quase sendo extinta em 1997 pelo Ministério Público. Pois bem, 2012 já era um ano onde o público da apuração na capital era restrito: torcidas organizadas não podiam entrar, por conta de todas essas confusões que rolaram ao longo do tempo entre Gaviões da Fiel e Mancha Verde, com a determinação de um desfile especial desportivo, passando pra desfiles em dias separados, enfim. Fato é que a galera tinha que acompanhar a leitura das notas direto das suas respectivas quadras de ensaio, com um número limitado de torcedores de outras escolas nas arquibancadas e os dirigentes ali na frente, cada um no seu guarda-sol cedido pela Globo. A Rosas de Ouro e a Mocidade Alegre iam se revezando na liderança do ranking até o último quesito, que era comissão de frente, quando um totó da cabeça da Império de Casa Verde, temendo o rebaixamento, subiu no palco onde o queridíssimo divo Zulu anunciava as notas e rasgou os papéis. A campeã foi a Mocidade, que tava em primeiro quando tudo aconteceu, com o vice pra Rosas. Se alguma coisa mudaria caso tivessem as cópias das notas, ninguém sabe. Mas depois disso, a Liga-SP proibiu de vez a presença do público nas apurações. 

01. Unidos da Tijuca – É Segredo! (2010)

PAULO BARROS VOCÊ SEMPRE SERÁ FAMOSO!!!!!!

Já comentei como eu adoro o Paulo Barros e todas as coisas que ele já tocou. Algumas causaram um rebuliço, como o carro do Holocausto da Viradouro em 2008, de extremo mau gosto e parcialmente censurado de forma justa; outras foram tentativas bem ruinzinhas, vide o desfile raso da Tuiuti no ano passado sobre um assunto que ele claramente não tinha estudado direito. Mas quando ele acerta… E, curiosamente, Paulo Barros sempre faz bonito quando dá suas canetadas artísticas na Unidos da Tijuca, escola que fez sua fama percorrer o mundo e consagrou como um dos maiores carnavalescos da era contemporânea. Se ele conseguiu me deixar embasbacada com o carro DNA em 2004, além do pavão-humano de 2005 e o menos comentado desfile ultra-pop de 2006, foi em 2010 que este homem aprontou a maior putaria que o brasileiro já viu na televisão. Ouso dizer que foi a maior desde Fernando Pinto com a sua visão afrofuturista do carnaval lá em 1985, o desfile mais sublime que eu já vi na vida. Naquela noite, Luís Roberto profetizou que a Tijuca em 2010 seria motivo de discussão por anos e anos; ele tava certo. Provavelmente é o samba-enredo mais conhecido da era contemporânea, cantado por qualquer pessoa que se interesse minimamente por carnaval (eu mesma to sempre cantarolando é segredo não conto pra ninguém no banho). Desde a comissão de frente genial com as trocas de roupas ilusionistas, passando pelo carro que simula o incêndio da biblioteca de Alexandria, os “homens aranha” escalando o prédio, Galisteu grávida sambando com um bando de mafiosos e tantas outras coisas que deram um ar lúdico, divertido, feito um carnaval de rua com muito mais recurso. Não tinha como outra ser campeã a não ser a Tijuca, título que veio depois de incríveis 74 anos. O segredo? Não contaram pra ninguém. 

Vocês sabiam que agora eu vendo minhas artes? Lá na Colab55 tem algumas opções de produtos com estampas que eu fiz e você pode comprar pra ajudar essa pobre coitada que escreve o blog.

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2 comentários

  1. Minha família é composta por chatos então não cresci acompanhando muito bem os desfiles, mas sempre fui fascinada pela arte e de uns anos pra cá o feriado vem ganhando cada vez mais espaço no meu coração. Eu AMEI esse post, acho que já é um dos meus favoritos do blog, me desbloqueou boas memórias do carnaval (sério eu nem lembrava mais da apuração de 2012)

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