Mais um mês do segundo semestre do ano chegou ao fim, e não foi qualquer mês. Agosto é temido por muitos por não ter nenhum feriado e, por isso mesmo, simplesmente demorar 50 anos pra terminar. Dessa vez não foi diferente. Eu detesto agosto, parece que todas as coisas que potencialmente podem dar errado se juntam num enorme mutirão e acontecem ao mesmo tempo. Foi um mês muito estressante pra mim em vários âmbitos da minha vida, meu rosto tá lotado de espinhas e minha ansiedade tá me esfolando sem dó.
Até por isso foi difícil sentar e escrever pautas que eu tinha planejado. Só não foi tão sofrido porque, um mês antes, eu tinha prometido pra mim mesma não me cobrar tanto sobre as atualizações do blog, e no final deu certo. Além disso, outras coisas estão acontecendo na minha vida, coisas boas e que logo mais vão se materializar, então já adianto que estamos sem muita previsão sobre o retorno frequente nas postagens. Não que eu tenha abandonado de vez, mas o espaço entre cada post pode aumentar nos próximos dias. Os motivos são bons, eu juro. Em breve vocês ficam sabendo.
Falando de música, comentei esses dias no Twitter que agosto foi bem esquisito. Óbvio que tivemos retornos surpreendentes e debuts explosivos que deram o que falar, mas parece que foi muito inconsistente. Dei uma olhada nas datas da minha playlist e foram duas semanas inteiras até eu adicionar uma música nova lá, ou seja: todo mundo que fez comeback nesse período foi numa escala de ruim a horripilante (e olha que teve MUITA coisa cabulosa). Nem de longe 2022 lembra os anos realmente legais do pop asiático, até porque essa instabilidade me pega bastante, mas pelo menos o que sai de bom é bom DE VERDADE. De nível icônico.
Pois bem, agosto rendeu dez míseros posts, e ainda conseguiu manter um índice bacana pro blog. Foram um pouco mais de 6,4 mil visualizações e quase 2 mil visitantes, o que representa uma queda de apenas 13% em comparação com julho (isso é um sinal???). Como eu falei lá pra cima, não sei quando eu vou poder tocar as pautas mais trabalhosas que eu planejei por conta de assuntos particulares, mas eu espero que seja logo. Às vezes, os posts diferenciados me ajudam a recuperar um pouco da criatividade e inspiração. Não quero mesmo ficar presa em reviews de lançamentos atuais pra não sentir rigidez na minha escrita. Vocês podem perceber inclusive que esse post aqui tá bem corrido porque eu cheguei tarde do trabalho, então me desculpem se muitas vezes eu não respondo comentários ou vacilo nas postagens. O AYO GG não vai acabar tão cedo e eu continuo lutando pra manter isso aqui vivo, principalmente porque eu sei que existem pessoas que leem. Obrigada!
Em ordem, os cinco posts mais vistos do blog esse mês foram:
– A ofensa sonora do Blackpink (escrevi por views e aparentemente funcionou);
– Uma lista de dez álbuns criticando a nova política da JYPE em não lançar mais versões físicas;
– O megapost sobre os lançamentos do NewJeans;
– Uma review sobre a música mais homossexual do mundo, conhecida como After Like, do IVE;
– E o retorno mais esperado que a volta de Jesus Cristo: o comeback de 15 anos do SNSD.

1. NewJeans – Attention: As queridas do NewJeans conquistaram o mundo, e não por menos. O EP completamente visual é excelente e Attention é a mais legal de todas, invocando um R&B diferenciado, mas extremamente gostoso pros ouvidos. Parece um número que o SHINee performaria com perfeição.
2. NewJeans – Hype Boy: Essa também é ótima. Um pop descompromissado, mas que funciona muito bem. E o melhor: vicia, principalmente o refrão. A Min Heejin foi perspicaz em usar essa música pra criar quatro MVs com pontos de vista diferentes de cada integrante, porque ela sabia que a Coreia do Sul amaria a batida de Hype Boy. Visionária.
3. SNSD – FOREVER 1: Ninguém acreditou, mas elas realmente estavam vivas e lembraram do aniversário de 15 anos. Pois é, a senhora SNSD agora é uma linda debutante do kpop, e é impossível não se emocionar com as referências a todos esses momentos reunidos numa música só. Mesmo que seja claramente um lançamento para fãs, acho que as críticas não têm muito sentido; FOREVER 1 e seu sample de Into The New World são maravilhosos.
4. SNSD – You Better Run: E quem diria que elas ainda voltariam com um full álbum, não é mesmo? Eu, que sou crítica das tracklists bregas do grupo, gostei bastante desse lançamento e ainda escuto bastante You Better Run. Acho o contexto por trás genial, um reboot maduro e edgy de um single de mais de uma década como o SNSD soube fazer. Esse tempo afastadas só fez bem pras tias.
5. iScream – Koisuru Planet: Você que tá lendo não deve saber o que é um iScream e também não sei se vale muito a pena gastar seu tempo conhecendo, mas essa b-side do single mais recente do trio da LDH é uma graça. Retrô nunca é demais, e japoneses sabem produzir faixas assim como ninguém.
6. Aimyon – The Memory of Persona: Sim!!!! O Tiago Iorc feminino do Japão lançou um álbum novo e tem uma música nele que é boa o bastante pra me fazer botar ela numa lista assim. Sei lá, me lembrou um pouco as músicas da Hitomi (quando ela ainda lançava álbuns relevantes nos anos 90) e se distancia um pouco do que a Aimyon costuma cantar.
7. IVE – After Like: Eu achei que não fosse possível superar Love Dive, mas o IVE, além de alimentar uma enorme nação de gays, segue surpreendendo. Tudo aqui beira à perfeição, é como se meus fones de ouvido explodissem de glitter e um globo de espelho descesse do teto do meu quarto toda vez que isso toca. O uso de um sample milionário e tão icônico quanto foi extremamente esperto. Não tem nem como negar que After Like já virou um grande clássico da quarta geração (o que não é tão difícil, mas elas macetaram com gosto).
8. YOUHA – Last Dance: Sensual; essa é a palavra-chave que eu posso usar pra descrever esse grande comeback da YOUHA, que já nos serviu um bop retrô no comecinho do ano passado e segue fazendo absolutamente tudo que ela toca virar arte. É aquilo: não é sempre que ela acerta, mas quando acerta, ela me desmaia com uma pedrada.
9. TWICE – Talk That Talk: Apesar de ser uma música mediana, Talk That Talk é fácil e, muitas vezes, só uma música assim pode consolar a gente nos dias ruins. Acabei me apoiando muito no TWICE nesses últimos dias e não me arrependo porque consegui perceber que Talk That Talk é muito querida, quase um abraço de amigas.
10. Rocket Punch – Flash: Talvez seja questão de momento, mas achei essa daqui bem melhor que a anterior que o Rocket Punch lançou no começo do ano. Não sei, parece que Flash tem uma sobrevida maior e é mais bem acabada no sentido de produção, além de dar um toque mais adulto pro grupo todo. Eu sei que isso não vai virar um hit na Coreia, mas as pobres mereciam uma repaginada.
11. Nogizaka46 – Passion Fruit no Tabekata: Demorou, mas um grupo do Sakamichi Series finalmente lançou uma música de gostosa. Eu nem li a letra e tenho certeza que se trata de uma putaria sem tamanho; se não for, passa uma ótima impressão. Consigo visualizar a Akina Nakamori mandando uma assim (numa versão mais lenta) com aquele vozeirão dela.
12. Billlie – my B = the Birth of emotion: O Billlie fez comeback ontem com um EP muito bom, o que me deixa confusa sobre a perda de relevância da SM e a qualidade de produção da Mystic, que é uma subsidiária deles. O que eu sei é que essa música me passa sentimentos muito contraditórios e me deixa muito curiosa pra ouvir mais uma vez. E assim eu vou me viciando sem perceber.
13. Billlie – RING ma Bell (what a wonderful world): Já no single, elas resolveram seguir pro lado do pop rock, algo que eu achei que estaria mais em evidência esse ano e foi um pouco esquecido conforme os meses foram passando. Eu achei uma delícia, me lembra a breguice nostálgica de filmes como Camp Rock e bandas como Jonas Brothers. Uma maneira muito inteligente de aproveitar a popularidade da Tsuki no lançamento passado e se destacar dos demais grupos.
Acompanhe o AYO GG nas redes sociais:
Se você gosta muito do AYO GG e quiser transferir uns trocados pelo Pix, utilize a chave rafaellasolla@hotmail.com.
“ofensa sonora do BP” concordo totalmente.
CurtirCurtir