Bom dia, boa tarde, boa noite, seja lá de onde você lê esse blog mequetrefe. Apesar de hoje ser o dia da mentira, não tive criatividade o bastante pra pregar uma peça em vocês, então só continuo seguindo o fluxo de postagens e usando o primeiro dia do mês pra escrever o Playlist mesmo. Mais um mês de 2022 chegou ao fim e eu tenho a impressão de que as coisas estão passando muito devagar. Sei lá, março parecia infinito, semanas demoravam quase um mês inteiro, eu olhava no calendário e ainda era, tipo, dia 12, sendo que a sensação era de que já tava chegando ao fim. Costumam dizer que março é comprido mesmo, mas não consigo puxar da minha memória recente de ter vivido um março tão longo.
A boa notícia é que a agenda de lançamentos do kpop e jpop foi bem movimentada como já tinha sido previsto. Desse jeito, a possibilidade de gostar de mais coisas é bem maior, mas na verdade eu reuni 23 músicas esse mês, só três a mais que em janeiro. Mas, relembrando do mesmo período no ano passado, eu ainda acho que saí no lucro. Bizarro porque, mesmo com a covid comendo solta na Coreia do Sul, são poucos os lançamentos que acabam sendo adiados. Acho que isso só é possível por conta da vacinação. Os idols acabam tendo sintomas bem mais leves e conseguem ter uma boa recuperação pra voltarem à ativa. Mesmo assim, fica aí o recado: mesmo flexibilizando o uso de máscaras na sua cidade, se cuidem! Continuem vestindo essa porra.
Bom, como sempre, antes de comentar as músicas escolhidas do mês, vamos fazer um panorama dos números do blog. Tivemos um aumento de 27% nas views em comparação com fevereiro, quase alcançando os índices de janeiro. Março foi um mês onde eu acabei postando bem mais que o de costume: foram 16 posts novos, quase o dobro do mês passado. Em números reais, março conseguiu 6,3k de views, com 2k de visitantes. Muito obrigada a quem continua lendo essa bagaça, principalmente a quem comenta. Aliás, eu percebi um fluxo muito maior de comentários esse mês e foi uma coisa que me deixou muito feliz. Nem sempre eu respondo, mas não é nada pessoal. Muitas vezes é preguiça ou alterações no humor, mas eu sempre leio tudo.
Em ordem, os cinco posts mais vistos do blog esse mês foram:
– Mais uma vez o post sobre a Nancy e eu até hoje to sem entender como isso estourou, to ficando assustada;
– O inesperado e surpreendentemente maravilhoso comeback do (G)I-DLE, conhecido como o melhor post que eu já escrevi;
– Outro comeback que não foi tão amado assim, que é o do Red Velvet;
– Minhas análises furadas sobre as primeiras apresentações do Queendom;
– E o terrível comeback do Weeekly (algo pra ser esquecido, não engajem mais esse post, por favor).

1. MISS MERCY – Cinderella: Um grupo japonês aí que debutou com um popzinho bem básico de jpop, mas que, mesmo sendo básico, diverte. Até diria que é uma versão mais nova de algum número do E-girls.
2. Cherry Bullet – Love in Space: O retrozinho gostoso do Cherry Bullet é a melhor música delas desde o debut, mas, como sempre, não emplacou o bastante pra fazer das meninas a próxima sensação do Tiktok. Os portais de kpop no Twitter falharam com vocês de novo, meninas, porém o que importa é que fez muito sucesso aqui em casa.
3. Cherry Bullet – Broken: Já essa daqui é uma versão mais cintilante do comeback passado delas. Um popzinho bem de menininha mesmo, até os vocais tão acima do registro normal do grupo. Gostosinho demais.
4. Perfume – Flow: Um ótimo exemplo de como fazer hyperpop mantendo as características do gênero, mas sem parecer uma bateção de panela anti-Bolsonaro. A Coreia precisa pegar umas dicas do Nakata, aproveitando que ele ainda tá inspirado o bastante, e trazer pros girlgroups deles.
5. (G)I-DLE – Tomboy: Ninguém achou que o (G)I-DLE se reergueria depois da saída traumatizante da Soojin, e se acharam, nunca imaginariam que seria dessa forma. Tomboy é, sem dúvida, o melhor kpop do mês, pelo conceito, pela coragem, pela subversão, pelas polêmicas e pela música em si. Fodonas.
6. (G)I-DLE – Never Stop Me: O primeiro full da carreira não é um primor de trabalho, mas rendeu algumas coisas aqui. A primeira é essa, uma coisa meio Aly & AJ, meio adolescente assim. Tem um fator nostalgia bem grande pra jovens que viveram a década retrasada (tipo eu, achei bem Camp Rock).
7. (G)I-DLE – Liar: Já essa é um arena rock que, segundo boatos (não sei se foram desmentidos), seria sobre um possível relacionamento entre a Soyeon e o rapper CHANGMO. Se é ou não, não importa, Liar é uma música de roqueira gostosa tal qual o ícone do rock Britney Spears cantando I Love Rock’n’Roll em Crossroads.
8. Brave Girls – Thank You: Brave Girls tá no Queendom esfregando na cara das novinhas que trintonas podem continuar fazendo sucesso mesmo vindo de um bueiro igual a Brave Entertainment. Eu ainda gosto bastante de Thank You e da mensagem em si, mas fico mais ansiosa pelo futuro delas sem precisar se segurar em agradecimentos.
9. Brave Girls – Can I Love You: Tipo isso aqui. Se elas vivessem lançando uns trot melancólico e cornudo assim, que é basicamente um karaoke de boteco no domingo à tarde pra gente, eu seria muito feliz.
10. Solar – Honey: A maioral do MAMAMOO lançou uma pra Deus ver e ainda fez bonito, deixando a Maria Hwasa com o cu no chão. Honey é o melhor solo de uma MAMAMOO e não poderia ser lançado por mais nenhuma senão a Solar, a mais carismática, fashionista e autêntica do grupo.
11. Morning Musume – I WISH: Não entendi muito bem porque elas regravaram essa música (eu sei que uma delas vai se graduar, mas até aí…), só que ficou uma graça. Eu andei viciada no Morning Musume por completo nos últimos dias e fiquei bem emocionada.
12. Red Velvet – Feel My Rhythm: Polêmico, mas não é segredo pra ninguém que eu gostei da música. Óbvio, o resultado poderia ser bem melhor, mas o refrão, que é onde o arranjo do Bach fica mais forte, tem apelo e me conquistou bastante. Pelo menos conseguiu ser mais relevante que Queendom, que é uma bosta e quem gosta finge.
13. Red Velvet – Rainbow Halo: Vocês vão ver MUITO desse último EP do Red Velvet aqui porque, assim, eu até entendo não gostar da title, mas falar mal das outras faixas eu já acho putaria. No momento atual, Rainbow Halo é minha favorita e, de novo, elas conseguiram criar um refrão extremamente apelativo. Já me lembrou Kingdom Come, que é outra delas que eu gosto bastante, mas o saxofone sobressaindo por cima do sintetizador é TÃO SENSUAL. Sério. Estou obcecada.
14. Red Velvet – Beg For Me: Já essa, como o Lunei descreveu no dia que saiu, é música pra rebolar no colo de um velho rico enquanto rouba o dinheiro dele. A energia que sai desse instrumental e, principalmente, do pós-refrão, com elas vocalizando DANCE FOR ME, WORK FOR ME, BEG FOR ME. Totalmente pussy power.
15. Red Velvet – Bamboleo: Das que eu gostei desse último EP, Bamboleo é a mais fraquinha. É um retrô genérico e inespecífico que me enjoa rápido, mas teve seus momentos durante o mês. A SM é fraca pra esse estilo de música, então já me acostumei.
16. Yurina Kawaguchi – Look At Me: A Yurina venceu demais sem ficar inventando moda pra hitar (e ainda assim não conseguir a ponto de ter que entrar pro Queendom pós-debut). A música é lugar comum? É, mas esfregou demais a cara da Mnet com a bota de couro até o joelho e os vocais angelicais.
17. Nogizaka46 – Actually…: É muito difícil eu gostar de alguma coisa do Nogizaka46, mas elas tão numa crescente comigo desde o ano passado. Essa daqui é, de alguma forma, uma junção entre a melancolia que elas sempre tiveram (pelo menos nos últimos lançamentos) com uma coisa mais dançante. O resultado não é uma chatice como costumava ser.
18. Nogizaka46 – Fukayomi: E não só o single principal, como essa outra aqui também fez meu gosto. Tem um quê de música folclórica com um instrumental meio sessentista, e a mistura ficou inesperadamente boa. A guitarra na ponte é maravilhosa.
19. DAOKO – MAD: A maluca lembrou que é cantora de rave e lançou um EP junto do DJ Yohji Igarashi que é uma loucura de ácido. MAD é bem Summer Eletrohits, talvez algo que o Benny Benassi desovaria num dia comum, e o rap que ela manda ali na metade da música me deixou fissurada. Eu tranquilamente dançaria essa daqui estando chapada numa balada do centro de São Paulo.
20. DAOKO – spoopy: Se você acha que a música de cima é doida, é porque ainda não ouviu essa daqui. Os versos são todos estruturados em algo que parece reggae, até desembocar num refrão completamente bizarro, com uma flautinha enlouquecida dando o ritmo pra percussão. Melhor jpop do mês e talvez seja uma das melhores coisas que a DAOKO já lançou na carreira.
21. Oh My Girl – Drip: Sabemos que o Oh My Girl não será mais o que era depois de viralizarem, e que o último álbum não é aquelas coisas, mas tem umas faixas divertidas pelo caminho. Drip é, provavelmente, a música mais experimental e ousada delas, pulando de um house pra um trap sem naturalidade nenhuma e ainda assim soar minimamente interessante.
22. Oh My Girl – Parachute: O que é muito diferente dessa, por exemplo, que já consegue ser mais a cara do catálogo do grupo nos anos anteriores a 2020. Acho Parachute mágica, um disco pop cintilante e bem feitinho, com a cara de transição de estações, já que consegue soar primaveril e veranesca ao mesmo tempo. Uma delicinha.
23. Purple Kiss – Pretty Psycho: A última da lista é de mais uma b-side do Purple Kiss que acaba sendo mais relevante que o single (esse último não deu certo aqui em casa e foi esquecido em minutos). Agora Pretty Psycho tem rendido, misturando um house sombrio com a 5ª sinfonia de Beethoven e deixando o resultado assustador. Se fosse um single de Halloween, eu não reclamaria.
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Meu blog também viraliza umas pautas tão aleatórias, mas difícil saber pq é td busca deconhecida, nem dá para saber o que fez as pessoas acharem umas pautas tão aleatórias hahahah
E um pecado Pretty Psycho não ter sido a title, era o perfeito filho de Ponzona com Zombie
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