Normalmente eu dou introduções enormes nesses posts, contando como foi meu mês, as coisas que rolaram na minha vida e tal, mas julho foi uma confusão em todos os sentidos. Confusão essa que eu não sei se eu falo aqui porque são pensamentos tão íntimos e estranhos que podem comprometer várias pessoas e, bom, não é o que eu quero. Mas assim, foi um mês bem esquisito e acho que eu nunca vivi um período de incertezas tão grande como agora. E sabem o que é mais engraçado? Viramos pra agosto e tudo voltou a fazer sentido.
Como eu não quero falar da minha vida, vamos pular para os lançamentos de julho, mês esse que foi babadeiro pro pop asiático. Não vou mentir, 2023 trouxe alguns bops milenares, mas o conjunto não tava legal e tinham meses que rendiam, no máximo, seis músicas. Dessa vez, a playlist do blog ficou recheada, o que me deixou feliz. Apesar de não ter nenhum grupo de gostosas tentando conquistar o verão como era comum de se ver alguns anos atrás, quase tudo que saiu em julho não só me arrebatou, como parece ser um senso comum entre as minhas comadres de blogosfera.
Ainda que eu não tenha aparecido tanto por aqui, consigo dizer que esse mês foi o mais movimentado desde março. Engraçado, já que coincidiu com a volta presencial do meu emprego, mas eu lembro de fazer um esforcinho ou outro depois de chegar em casa pra publicar as pautas conforme eu tinha planejado. Foram um pouco mais de 7 mil visualizações e quase 2 mil visitantes, e o crescimento desse número também me ajuda a querer seguir com o blog. Escrevi alguns posts que estouraram a bolha sem a menor pretensão, recebi comentários que me deixaram felizes, consegui entregar a edição de 2023 do meu aniversário e produzi o meu texto mais pessoal até então. Nas próximas semanas, eu vou estar em casa em tempo integral, e a agenda de agosto promete, então vou tentar dar mais atenção pro AYO GG.
Em ordem, os cinco posts mais vistos do blog esse mês foram:
– Minha crítica disfarçada de clickbait sobre a relação dos kpoppers com o NewJeans;
– De novo, as minhas preferidas da segunda geração;
– Meu top 10 temporário de 2023, que, por conta de alguns lançamentos de julho, já não faz mais sentido pra mim;
– Meu post de aniversário, listando as dez melhores de dez anos atrás;
– E a dobradinha surpreendentemente boa do ITZY e do NMIXX (quem diria né).

1. bala – Heavenly: Tá, essa na verdade é de junho, mas eu deixei passar sem querer e quis me matar por isso. Eu gosto do debut das bala, mas essa daqui passa uma magia tão grande, sei lá. É quase uma versão livre de One More Time, do Daft Punk, e eu gosto bastante dessa música, então…
2. Ami Suzuki – I just feel good: Eu nem acredito que a Ami Suzuki voltou e que isso tá disponível no Spotify. Com o TeddyLoid ainda! O EDM de começo dos anos 2000 bem garota branca faz absolutamente tudo por mim, principalmente por saber que a velha reapareceu em ótima forma.
3. NMIXX – Roller Coaster: Não sei o que deve ter rolado na reunião de projetos do NMIXX, mas alguém deve ter descido o cacete. Essas meninas tão recebendo umas demos maravilhosas e dando conta. Roller Coaster é uma daquelas músicas que eu jamais imaginei Lily e suas amigas performando, mas o resultado é muito bom.
4. ExWHYZ – Furachina Summer: Eu tenho um projeto na blogosfera fundo de quintal que é fazer todo mundo virar fã das ExWHYZ porque, de algum jeito, elas podem pintar num evento aleatório de anime em São Paulo. Enquanto os resultados são inconclusivos, elas seguem lançando as coisas mais babilônicas. Impossível não se sentir gostosa ao som dessa.
5. NewJeans – New Jeans: O EP novo do NewJeans deu o que falar. Não posso dizer que eu amei as escolhas tomadas, mas tem faixas muito simpáticas, como essa onde elas finalmente fazem trocadilhos com o próprio nome, de vestir um look novo e ser uma “nova pessoa”, e essa nova sonoridade que, aos poucos, abocanha toda a discografia atual delas.
6. NewJeans – Super Shy: Agora Super Shy é muito querida. O drum and bass interpolado com a abertura das Meninas Super Poderosas é tão fofucho que desperta os sentimentos mais bonitos e genuínos dentro de mim, tal qual o filme da Barbie. Provavelmente é a minha favorita dessa nova era do grupo e, dependendo do replay factor ao longo dos meses, pode ser uma candidata forte pro top 10.
7. NMIXX – Party O’Clock: Até o presente momento não é melhor que Roller Coaster, mas é o NMIXX e qualquer coisa que não soe feito uma serralheria já tá ótimo. É uma dessas milhares de variações que o 4 Walls sofreu ao longo dos anos no kpop, mas sei lá, eu amo o estilo “4 Walls music” e pra mim tá tudo ótimo.
8. ODD EYE CIRCLE – Air Force One: Sim, elas voltaram. E arrancaram todas as perucas no caminho. Eu fico impressionada como o Jaden, incel e c como é, consegue traduzir os sentimentos mais homossexuais em forma de música, porque é exatamente como Air Force One soa. E mais que isso, é surpreendente como ele pegou o ponto exato onde tinha parado com o ODD EYE CIRCLE.
9. ODD EYE CIRCLE – Je Ne Sais Quoi: E o EP não tá muito diferente, fazendo jus ao icônico Mix & Match. Je Ne Sais Quoi é um luxo, daquelas faixas que demonstram o amadurecimento do trio melhor do que qualquer outra, ao mesmo tempo que leva a assinatura legítima do que elas vinham fazendo ainda na BBC.
10. ODD EYE CIRCLE – My Secret Playlist: Já essa daqui é uma lindeza. É a versão mais velha de LOONATIC com um toque de Girl Front, com aquele synthpop inocente enlouquecido que solta purpurina conforme é reproduzido. Me apaixonei na hora porque é como se eu tivesse vivendo o debut dessas gatas de novo.
11. Juice=Juice – Pride Bright: Inevitavelmente (e de uma forma quase heróica), o Juice=Juice é o melhor grupo da atualidade na Hello! Project. Nos últimos anos, elas sempre soltam, pelo menos, um pop querido garantido na minha playlist porque, sei lá, elas não têm medo de se reinventarem. O próximo passo é protestar pelo catálogo delas no Spotify.
12. Yumi Fujikoso – hope/FILM_SONG: Essa senhora era do falecido SND48 (quem lembra dessa maluquice) e eu só soube da existência dessa música porque o algoritmo do Youtube me recomendou de alguma forma e a capa me chamou a atenção. E que bom que chegou até mim, hope/FILM_SONG é uma belezinha além do visual. Talvez o que eu queria que a Reina fizesse depois de destruir o E-girls.
13. NiziU – Prism: Nunca entendi o direcionamento dessas japonesas dentro da JYPE, ainda mais depois do anúncio de um debut coreano (?!), e, tipo assim, tudo que elas têm lançado não fede e nem cheira pra mim. Mas essa álbum track perdida no novo full delas é bem boa, principalmente o refrão. É aquele negócio legal que o ITZY sempre faz o favor de estragar.
14. NewJeans – ETA: O grande divisor de águas entre os kpoppers e os “apreciadores de música pop coreana” que não admitem que também são kpoppers. Ainda não sei em qual lado ficar, mas também não sei se existe um lado. ETA é boa e utiliza as referências do favela funk muito bem. Eu gosto da mistura inesperada de Furacão 2000, Deize Tigrona e DJ Marlboro se mesclando com os vocais doces das meninas.
15. ILY:1 – Blossom: Esse momento GFRIEND em Sunny Summer que elas tiveram aqui foi uma massagem pro meu cérebro. Não sei a quantas anda a situação do grupo da Ririka, se esse comeback é um tudo ou nada, mas Blossom é uma gracinha. Ela reúne todos os elementos que fazem um kpop fofo ser fofo sem parecer chato.
16. MISAMO – Do not touch: Demorei pra gostar de Do not touch porque o que o MV entrega não é pra um R&B arianagrandesco. Sério, eu esperava o trio japonês do TWICE barbarizando num pop bem bucetudo enquanto eu grito “that’s okaasan” pra meninas mais novas do que eu, mas no final é uma música sexy bem executada.
17. Hinatazaka46 – Kimi wa Sakadachi Dekiru ka?: De todos os grupos do Sakamichi Series, o Hinatazaka46 é o que eu menos gosto, e a culpa nem é delas. Depois que elas se desmembraram do falecido Keyakizaka, parece que não souberam muito bem o que fazer (e ainda não sabem, na verdade), mas essa música perdida no single novo é bem legal.
18. Hikaru Utada – Gold ~Mata Au Hi Made~: Now that’s okaasan! Não pensei que eu fosse gostar disso aqui, mas na real ela poderia ser muito bem uma faixa perdida do queridíssimo Ultra Blue, ali pro final da tracklist, onde as experimentações eletrônicas ficam cada vez mais melancólicas. Eu amei, e a boa fase de Utadão continua dando ótimos frutos.
19. ITZY – Bet On Me: Acredite ou não, mas esse post fecha com uma TRINCA do ITZY. Isso porque resolveram lançar o melhor EP da carreira com um single merda. Tipo assim, TODAS as músicas dão um pau em Cake. A primeira delas é a dramática Bet On Me, que soa como um fim de festa amargo, daquelas que sempre resultam numa ressaca física e moral no dia seguinte. Linda.
20. ITZY – None of My Business: Ver o ITZY numa roupagem mais, ahm, fofa é inesperado, mas mais incrível é como elas conseguem levar esse conceito numa boa. Parecido com o que rolou em TENNIS (0:0), que eu também gosto muito. None of My Business pode ser uma armadilha pra si mesma por soar tão comum, mas o comum pro ITZY é o que costuma funcionar.
21. ITZY – Kill Shot: E, pra encerrar, aquela que deve ser a melhor música do ITZY em ANOS, pelo menos dentro desse gênero de sempre servir as coisas mais barulhentas. O que faz Kill Shot ser TÃO boa é ser uma faixa de boygroup com o elemento que boygroups não têm: personalidade. É como a trilha sonora pro maior chefão de todos os tempos, daqueles extremamente difíceis de derrotar. O instrumental disso é insano, sério.
Vocês sabiam que agora eu vendo minhas artes? Lá na Colab55 tem algumas opções de produtos com estampas que eu fiz e você pode comprar pra ajudar essa pobre coitada que escreve o blog.
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