O aespa chegou no Next Level, mas a que custo?

Seguindo a programação de hoje depois do ótimo comeback que eu comentei de manhã, nossa próxima parada é no aguardadíssimo retorno do aespa, sendo esse o primeiro diretamente ligado ao conceito que a SM construiu pro grupo e que se comunica com o filminho estilo UCM que lançaram esses dias. Achei muito curioso a SM soltar esse negócio de universo compartilhado com orçamento trincando na tela dias depois de serem rebaixados pra empresa de médio porte, mas tudo bem. 

Se na época do debut, a história já tinha ficado nebulosa, eu nem sei o que dizer do que veio a seguir. Talvez eu tenha passado da época de entender a narrativa por trás dos grupos e queira só ouvir música mesmo, que no final é o que me interessa, então nem me perguntem o que eu achei do SM Culture Universe. Se vocês disserem que isso esclarece o universo do aespa, eu aceito. 

Falando nisso, vamos conferir o MV. 

O lado positivo do aespa trazer esse lado girl crush saturadíssimo no kpop é que elas têm o respaldo de contar uma história em um universo totalmente descolado da realidade. Apesar de não entender nada, eu sigo curtindo porque é como se eu estivesse lendo uma epopeia e acho que isso ainda não tinha sido feito de forma tão literal. É uma característica diferente que mantém a chama de interesse acesa, e só dá “certo” porque existe uma empresa como a SM por trás de tudo. 

Em Black Mamba, a gente acompanhou o aespa vagando pelo mundo depois da quebra do tecido entre a realidade e o virtual; agora, em Next Level, o quarteto viaja em direção ao KWANGYA, mas o MV só fornece carões e coreografia na nave espacial e não acrescenta em nada na narrativa do grupo, mesmo sendo muito bem produzido e com o CGI de qualidade. Além disso, a fotografia tá do caralho, com uns efeitos profissionais que eu chamaria de cinematográficos. Não tem como negar que isso aqui é puramente space opera.

O problema começa na música mesmo. Next Level é um retalho costurado com três músicas diferentes que funcionariam muito melhor separadas, ou com uma mixagem boa. Aliás, aqui não existe mixagem, e a SM bebeu novamente da pataquada que foi Zimzalabim, que por sua vez bebeu de I Got a Boy, que por sua vez bebeu de Bohemian Rhapsody (seja lá qual for o nível de prepotência que isso represente pra você), criando um novo gênero de músicas derivativas que só existem na SM: as presunçosas. 

Por outro lado, fica mais fácil de rearranjar a música mentalmente graças a isso; ou seja, qualquer outra possibilidade seria melhor. Eu não desgosto dos três estilos que foram usados em Next Level: começa com um hip hop eletrônico, vai pra um midtempo e, do nada, desova um R&B extremamente delicioso que teve seu potencial desperdiçado aqui. Como eu disse antes, a mixagem dessa música é porca e perde mais pontos ainda pela petulância de se definir como “experimental”, o que, no fim das contas, torna a piada em volta do aespa ainda mais deprimente. 

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9 comentários sobre “O aespa chegou no Next Level, mas a que custo?

  1. “Achei muito curioso a SM soltar esse negócio de universo compartilhado com orçamento trincando na tela dias depois de serem rebaixados pra empresa de médio porte, mas tudo bem.”

    Miga, não sei se vc viu o vídeo do Fefo, mas ele explica oq aconteceu com a SM e a YG para sair da lista. Em resumo, a SM perdeu lucro por conta de uma das subsidiárias dela não ter lucrado tanto por conta da pandemia, pq o foco delas é rede de fast food, então por isso que a empresa vem sofrendo esse baque (Mas a SM continua rica, pode fazer um filme mais caro que o Vingadores que ainda será mais rica que tdas as empresas nugus de Seoul hahaha)

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  2. A SM comprou uma música de um velozes e furiosos que não é Tokyo Thrift, fez um Frankenstein com 2 outras músicas e ainda assim conseguiu fazer essa música chata!!!! EU NÃO ME CONFORMO!! Todo mundo tá fazendo a comparação (justa) com IGB e Zimzalalixo, mas pra mim essas duas músicas pelo menos me fazem sentir alguma coisa (vontade de bater a cabeça na parede, no caso da última), com essa música eu só ouvi e pensei “que música ruim” e cabo. Eu olho pro AESPA e tudo nesse grupo me parece tão morno, eu chego ficar puta porque é um desperdício de tudo, de grana, de conceito, de integrante, até as vocaloid tão sendo desperdiçadas nesse troço morno

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    1. disse tudo amg, e de qualquer forma eu sabia que esse projeto não ia pra frente e se tornaria o grande elefante branco da sm. ainda tem tempo de correr atrás, mas fica a pergunta: a empresa QUER? essa música prova que qualquer coisa tá ótimo

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    1. então, eu escuto a faixa principal, que é esse hip hop eletrônico do velozes e furiosos que a sm comprou pra fazer o remake, a “midtempo” a partir dos 1:45 e o hip hop que desemboca num r&b a partir dos 2:05

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  3. Eu fico muito puto em como a SM vem matando esse grupo desde se quer ele ser debutado. A empresa enrolou uns bons anos pra debuta-las, quando já se aguardava por um grupo. Quem gosta da empresa esperava um grupo maior (ou pelo menos médio vai, uns 7 membros), uma consulta rápida a qualquer fórum ou noticia no Naver relacionada ao grupo sugeria isso, e ai a SM não se me debuta um grupo minúsculo, mas me debuta essa patacoada que mata e desperdiça integrantes com potencial.

    Todo o conceito eu não ligo, tem quem curta essa porcaria de teorias. Mas pelo amor de Deus, trabalhe na música (afinal de contas, se fosse pra tá levando história de back ground tão a sério era melhor debutar atrizes e lançar um filme, né?). O LOONA mesmo com toda a história de Loonaverse sempre tiveram ótimas músicas e, vejam só, decaíram um pouco logo quando Lee Soo Man meteu o bedelho nelas… Enfim. Fico triste, aguardei muito o aespa, espero que a SM perceba no que precisa focar e faça justiça.

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