Sejam bem-vindos a mais um quadro do blog! Se não adivinharam do que se trata pelo nome, eu explico: Rinha é uma seção dedicada a rivalizar discografias de um artista, elegendo um ranking do pior para o melhor álbum, contando com nada mais que a minha opinião. Essa ideia veio do Rodrigo do Ásia Asiática (inclusive, leiam o post dele sobre a discografia da Akina Nakamori, fabuloso).
Enfim, daí trouxe pro AYO GG pra promover uma discussão extremamente parcial acerca de artistas asiáticos com carreiras e discografias mais longas nessa indústria vital. E hoje, marcando a estreia do Rinha, decidi abordar e descer a lenha no meu grupo favorito: Perfume.
Como diria o Kel: Vamos nessa.
Ficha técnica

Perfume é um trio de Hiroshima que surgiu no comecinho dos anos 2000, produzido pelo DJ, produtor, compositor e Ken humano Yasutaka Nakata. Conhecido pelas entregas audiovisuais inacreditáveis e altamente tecnológicas, suas integrantes são Ayaka Nishiwaki (a-chan), Yuka Kashino (KASHIYUKA) e Ayano Omoto (Nocchi).
Uma curiosidade é que, lá nos primórdios, tinha uma menina chamada Yuka Kawashima, e o nome Perfume teria surgido a partir do kanji 香 (ka) de 香り (kaori = fragrância), presente nos nomes das três, mas como a fulana saiu pra se dedicar aos estudos, Perfume teve seu significado voltado pra algo mais genérico.
Ao longo da sua carreira, o Perfume lançou seis álbuns de estúdio (os únicos levados em consideração aqui), três compilações e uma caralhada de singles. Hoje, o trio é uma jovem adulta de 20 anos com muitas turnês internacionais acumuladas no currículo, e aparentemente está longe de acabar.
#6 – Cosmic Explorer (2016)
15/100

Cosmic Explorer é o álbum mais ocidental do Perfume, onde o Nakata errou a mão, se perdeu no personagem e entregou o trabalho mais genérico e raso do trio. A tracklist é cansativa e repleta de reciclagem de sons e lançamentos anteriores, além de ser totalmente defasado por mixagens horrorosas dos singles, principalmente FLASH e Sweet Refrain. Foram dois anos e meio de produção e uma sequência de singles incríveis para um produto final totalmente fora de mão no quesito qualidade. Eu simplesmente detesto esse álbum.
Destaques: Cosmic Explorer, Pick Me Up
#5 – Future Pop (2018)
25/100

Apesar de não ser querido pela fanbase, o Future Pop ainda se sobressai por algumas composições ousadas no meio de uma tracklist bem mais ou menos, como a fabulosa FUSION. É válido destacar que o Nakata abandonou seus remixes aqui, deixando o álbum mais limpo e confortável de escutar, mas não absolve o fato de ser um álbum fraco e menos movimentado em comparação aos seus antecessores. Pontos positivos pela exploração do synthpop, deixando a sonoridade do Future Pop mais retrô e fazendo esse contraponto irônico com o seu título.
Destaques: TOKYO GIRL, FUSION
#4 – Level3 (2013)
40/100

Três singles excelentes que me fizeram amar o Perfume tiveram sua morte aqui: Spring of Life, Spending all my time e a icônica Magic of Love foram trucidadas violentamente pelas mãos do Nakata, fazendo com que o álbum perca muito do seu valor. Mas, ainda assim, Level3 se perde por escolhas questionáveis de músicas que não possuem identidade alguma, como Mirai no Museum, fazendo com que o nível do álbum caia drasticamente, apesar de marcar uma mudança sonora significativa do trio.
Destaques: Enter the Sphere, 1mm, Party Maker
#3 – JPN (2011)
60/100

Não se enganem! Apesar do JPN ser um sucesso comercial, foi aqui que o Nakata começou a forçar as versões remixadas de singles muito bons, como GLITTER e Laserbeam. Apesar disso, o álbum é muito consistente e entrega ótimas músicas que envelheceram como vinho, dando destaque à melhor produção do Nakata até hoje: Spice, marcada por inúmeros trítonos que fazem com que a música percorra por caminhos inesperados.
Destaques: Nee, Natural ni Koishite, VOICE, Fushizen na Girl, Spice
#2 – GAME (2008)
80/100

Esse é o queridinho dos fãs, principalmente dos mais velhos (e chatos) que não aceitam a mudança que se deu a partir de 2013. Mas realmente GAME dá muito do seu nome em prol do hype que carrega. Sendo o primeiro trabalho oficial do Perfume, foi aqui que começaram a olhar a música popular japonesa além da esfera industrial e plástica que grupos idols estabeleceram. Obviamente existem músicas horríveis aqui, como Twinkle Snow Powdery Snow, mas o álbum fez e faz o gosto de pessoas que gostam do gênero num geral, dando um salto enorme da sua compilação de músicas extremamente duvidosas para o que tangeu a formação da nova cena eletrônica japonesa.
Destaques: Polyrhythm, GAME, Chocolate Disco, Macaroni, Secret Secret
#1 – Triangle (2009)
85/100

Se o álbum anterior formou o cenário eletrônico no Japão, Triangle foi o grande responsável por consolidar isso de vez. É um grande apanhado de gêneros e subgêneros explorados milimetricamente em cada uma das faixas, rendendo grandes pérolas como o technopop melancólico de Dream Fighter, o new wave oitentista de I still love U e o fast-tempo de One Room Disco. Foi o grande auge do Nakata, até mais do que muitas coisas que ele fez no Capsule, traduzindo em som o que seria uma viagem futurística em pleno ano de 2009. Minha única e exclusiva crítica ao álbum é a distribuição da tracklist, fazendo com que a primeira parte seja muito mais aproveitável que a segunda.
Destaques: love the world, Dream Fighter, edge -Triangle Mix-, NIGHT FLIGHT, Kiss and Music, I still love U, One Room Disco
Resumo
#6 – Cosmic Explorer (2016) – 15/100
#5 – Future Pop (2018) – 25/100
#4 – Level3 (2013) – 40/100
#3 – JPN (2011) – 60/100
#2 – GAME (2008) – 80/100
#1 – Triangle (2009) – 85/100
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O massacre do cosmic explorer kkkkkk
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amg não dá esse álbum é PESSIMO se não tivessem esses remixes horríveis talvez ele até ficasse numa posição melhor
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