Conforme os anos vão passando, a nossa energia pra fazer várias coisas ao mesmo tempo vai diminuindo vertiginosamente. Hoje, por exemplo, passei o dia no escritório (que não é nada perto da minha casa), fiz hora extra e cheguei quase agora, dando tempo só de tomar um banho e comer alguma coisa que meu namorado tinha pedido pra gente no aplicativo. E, ainda assim, contrariando a minha vontade de me jogar na cama e desmaiar até o despertador soar no dia seguinte com o sol a pino batendo na minha janela às seis e pouco da manhã, achei que seria um desperdício não comentar um dos comebacks mais inusitados da atualidade.
Ver o Sistar na mídia não é lá uma grande novidade. Apesar de terem decretado o fim do grupo em 2017, as meninas do cuzão (rs) apareciam juntas aqui e ali, rendendo uma porção de parcerias que cumpriam seu papel nostálgico de alimentar a fanbase, mesmo que com migalhas. Porém, o retorno dessa unit é bem curioso. Ainda que o nome dê a entender que se trata das gatinhas que acabaram de se tornar mulheres, Hyolyn e Bora hoje estão mais para a esquete da Hebe com a Nair Belo, em pedaços minúsculos de roupa pra provar que elas não são barangas como eu e guardam energia de sobra pra continuar encantando multidões de fãs tão velhos quanto a senhora que comanda esse blog.
Até por isso, a review vai ser mais curta.
Não sei bem o que motivou esse comeback a não ser uma conversa das duas na varanda da Hyolyn, entre um Marlboro e outro (quem lembra daquela lista de cigarros fumados pelos girlgroups?), durante os últimos meses do ano passado sobre como Gone Around Not Any Longer tinha completado uma década. Imagino algo bem colado à realidade mesmo, daquilo de “vamos combinar, amiga” e, entre várias promessas no grupo do Whatsapp, calhou da reunião se concretizar mesmo durante o alinhamento dos períodos férteis de cada uma, porque mulheres acabam sincronizando seus calendários menstruais conforme os laços se fortalecem. E aí nasceu No More (Ma Boy).
E provavelmente deve ter sido algo assim mesmo porque esse retorno não conversa com nada do que elas fizeram durante o curto período que a Starship se dispôs a dar seus dois centavos de atenção, mas isso de jeito nenhum é ruim. Ser adulto é se permitir, no fim das contas. Se permitir a mudar suas opiniões a respeito de diversas coisas e, até mesmo (se for o caso), desdenhar da sua versão do passado. Meu temor em relação a esse lançamento era ser uma releitura de Ma Boy, que soa tão inocente, tão esquisita no panorama atual das duas e do kpop atual num geral. Só que No More é como se fosse uma volta completa na história do Sistar. Um pop classudo, extremamente babilônico, abre (e talvez encerra) um novo capítulo entre a proposta inicial do 19 e o ponto onde elas estão agora.
Acho que essa pode ser a última vez que ouvimos algo relacionado ao Sistar19, pelo menos com esse nome. Porém, como senhoras que somos, os hormônios já não trabalham mais tão bem e momentos de serve absoluto como em No More se tornam cada vez mais únicos, como a passagem de um cometa. Agora fiquem com essa sagrada imagem:
Quer pedir algum post específico relacionado ao mundinho do pop asiático feminino? Então me faz um pix na chave rafaellasolla@gmail.com, moreco!
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Elas piranharam!!!!!! Mas podiam piranhar mais, adorei a coreografia, mas a música é meio fraquinha, faltou um grito da Hyolyn, não sei, mas falta
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