Setembro acabou e toda aquela bobagem capitalista de mês amarelo pela saúde mental também. Apesar de hoje em dia estar mais voltado às piadas sobre a hipocrisia que essa época causa do que a hipocrisia de fato, é nos ambientes profissionais que a gente vê como tornaram uma pauta importante numa dúzia de palavras sobre como somos mais fortes juntos e que cada um faz a diferença no mundo. Eu meio que desisti de questionar a banalidade do setembro amarelo porque se as corporações fossem a fundo de verdade nos motivos pelos quais os funcionários são tão infelizes, elas dariam um tiro no próprio pé.

Enfim, o mês acabou e eu continuo viva (só com uma gripe de brinde que me impediu de beber num rolê que eu mesma agitei nessa última sexta). E, como é de praxe, eu faço uma pesquisa rápida no próprio AYO GG pra saber como estava o cenário nos anos anteriores. Lembro de ter reclamado horrores porque setembro do ano passado foi catastrófico, tanto pela quantidade de lançamentos, quanto pela qualidade deles. Achei que em 2021 tinha sido diferente, mas NÃO FOI. Seria setembro o pior mês do pop asiático num geral?

Uma coisa “boa” (acho que depende do ponto de vista) sobre setembro foi que, com a adição de oito músicas (um recorde), a playlist do blog finalmente passou de 100, o que era uma preocupação real minha. Não sei direito o que tem acontecido comigo esse ano, talvez eu tenha ficado criteriosa demais ou a maioria das coisas que têm saído são medianas pra ruins de verdade, mas eu fiquei com medo de não ter uma margem de corte pro fim do ano e fazer todos aqueles posts preparatórios pro top 100. Se em 2023 eu atingi a meta mínima faltando 4 meses, quero nem pensar em como vai ser no ano que vem. Relaxa um pouco na análise aí, Rafaella. 

Ah, no Playlist passado, eu comentei sobre a vinda do TWICE pro Brasil, né? Então, consegui comprar meu ingresso e tá confirmada a cobertura do show aqui no AYO GG, inclusive com direito a produtinhos que eu to produzindo pra vender na fila, como bottons, adesivos e pôsteres (talvez até camisetas, mas ainda to analisando). Eu já fui em shows de kpop antes, mas sinto que um grupo enorme feito o TWICE é um evento único na vida de alguém que goste. E mesmo que ler uma resenha esteja longe de ser a mesma coisa que ir de fato, espero que a cobertura que eu faça aqui no blog contemple todo mundo.

Em ordem, os cinco posts mais vistos do blog esse mês foram:

– De novo, o top 50 do TWICE, que inclusive rendeu um dólar de adsense no blog pela primeira vez;

– Uma homenagem ao 11 de setembro, ou algo assim;

– A seleção das minhas favoritas da segunda geração;

– Mais uma estapafúrdia do Kep1er que, segundo boatos, vai ter o contrato estendido (aham, tá bom);

– E o tolete de bosta da Maria Hwasa (mais alguns lançamentos que saíram na mesma semana).

1. Perfume – Moon: Esses dias vi no falecido Twitter que o Perfume é o único grupo que mantém a gente atento assistindo três tias girando num queijo gigante fazendo absolutamente nada e ainda entregam. Me casquei demais porque Moon é exatamente isso: Kashiyuka dançando numa plataforma tombada giratória por três minutos e sem um fio de cabelo fora do lugar, sabe? Eu amo. 

2. Perfume – Love Cloud: E no lado B do single, elas ainda serviram Nakata-craziness na sua forma mais pura. Já faz uns dois anos que o nosso twink tem voltado a se conectar com boas energias e inspirações de qualidade, mas esse último lançamento do trio se destaca como o melhor até o momento. Mal vejo a hora do P9 nascer.

3. Girls² x iScream – Rock Steady: Quando eu ouvi isso aqui, pensei imediatamente em E-girls. Pelo estilo semelhante a outras diversas coisas que o megazord do jpop já soltou enquanto vivo, mas também justamente por ser um novo megazord do jpop. Talvez só pra esse lançamento, mas essas novinhas cumprem bem o espaço que o defunto deixou. Bem feito pra Reina, que hoje sobrevive sendo a Priscilla Alcântara da LDH. 

4. Blackswan – Cat & Mouse: Depois que a Larissa foi escorraçada pela fodona da Fatou saiu, parece que o Blackswan engrenou. Assim, né… Dentro das possibilidades. Acho Cat & Mouse uma gracinha. Um dos netos que o legado de Say So deixou e deixa até hoje lá pela Coreia, mas um dos poucos que funciona a longo prazo.

5. Weeekly – Good Day (Special Daileee): Não achei que elas fossem levantar depois do capote em Ven Para e a saída de uma delas lá, mas a gente sempre se surpreende. É uma merda porque elas perderam todo o hype que tinham e Good Day não lembra nem de longe a energia adolescente dos primeiros lançamentos, mas é um recomeço (espero).

6. Loossemble – Sensitive: É básica. É esperada. Os registros graves são justamente pra sustentar a garganta dessas queridas que não tem um alcance tão alto assim. E daí? Sensitive é muito divertida. Elas poderiam soltar uma balada meia bomba chorando sobre o fim e parecerem ridículas por isso, mas fizeram do limão uma limonada. E ainda venderam, coisa que aquele que não deve ser mencionado não sabia fazer.

7. Loossemble – Newtopia: Essa daqui me despertou tantas lembranças… Sempre tinha uma Newtopia nos EPs do LOONA e aqui elas emulam não só a sonoridade característica, mas também a euforia de escutar uma assim com as doze. Na verdade, o EP do Loossemble é uma grande homenagem-barra-precisamos-seguir-em-frente, mas essa é a mais catita.

8. Yuju – DALALA: Com seu novo rosto, Yuju resolveu lembrar não só que canta, como também consegue ser uma diva de baixo clero. Eu gosto do debut solo dela, mas depois dali não souberam o que fazer direito com ela. Agora em DALALA, a ex-queixudinha assume uma personalidade mais grunge druggy girl e bota no mundo sua melhor música até então (que só não é a melhor de todas as ex-GFRIEND porque essa existe).

Vocês sabiam que agora eu vendo minhas artes? Lá na Colab55 tem algumas opções de produtos com estampas que eu fiz e você pode comprar pra ajudar essa pobre coitada que escreve o blog.

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