Hoje eu acordei determinada em falar mal de um grupo que eu simplesmente amo macetar. Isso porque, desde que eu criei o AYO GG, o Blackpink ainda não tinha feito um comeback e eu já não conseguia mais fingir que eu gostava tanto assim de Lovesick Girls (eu ainda gosto, mas enjoa né). Então imaginem a minha alegria, o meu entusiasmo quando anunciaram que as pretorosa iam voltar com mais um pedaço de som abominável que a gente gosta tanto de xingar.
Pink Venom é um pré-single pra divulgar o segundo “full” álbum delas (entre aspas porque da última vez que falaram isso, era uma tracklist safada de oito músicas), que deve sair lá em setembro. E, enquanto eu tento entender a estratégia absolutamente ridícula da YG em deixar o seu único girlgroup e, querendo ou não, o mais popular da atualidade, na geladeira, as fotos foram saindo e parecia uma reciclagem da época de How You Like That. É inconcebível tankar uma empresa dessas porque eles mesmos me fazem perder a vontade de acompanhar qualquer coisa do grupo.
Bom, Pink Venom saiu. Valeu a pena esperar mais de 24 meses por ela?
Antes de responder diretamente, eu queria dar uma elaborada sobre a minha visão geral a respeito do Blackpink, porque odiar por odiar não faz nenhum sentido. É fato que, desde o debut, elas servem como uma nova referência no modo de se fazer música dentro do kpop. Afinal, as empresas pequenas que chamam produtores menos conhecidos devem pensar que, se o Blackpink conseguiu fama e sucesso com isso daqui (e aí você pode inserir qualquer música delas), o meu grupo que eu gerencio com 0,0000001% da grana que a YG investe também consegue. Por isso nesses últimos anos surgiu um tsunami de grupos insistindo no tão odiado girl crush, mas as empresas não entendem que apenas copiar, ou até mesmo se inspirar, não é o suficiente pra alcançar a mesma projeção do Blackpink.
Primeiro que os fãs parecem ignorar de propósito que o Blackpink só existe como existe por ter sido um projeto chamado Future 2NE1, onde o objetivo era continuar a trajetória do 2NE1, só que com garotas novas. Quase uma ideia de grupo rotativo, com a diferença que o Yang não avisou CL e suas amigas e matou o grupo sem muito aviso. Ou seja, o que o Blackpink faz desde 2016, o 2NE1 fazia lá em 2009, e elas conquistaram coisas muito importantes numa época onde o kpop era mato. Com isso, o Blackpink foi concebido não para ser um grupo musical, mas um quarteto multitarefa, que consiga se desenrolar em várias áreas e manter a relevância do nome mesmo longe por dois anos. Nunca foi sobre música; a YG deixa isso no último lugar possível.
Como fazer música é um hobby pro Blackpink, vários comebacks acabaram aproveitando a mesma estrutura, embora os fãs neguem isso até a morte. Por isso você vai ver por aí as pessoas comentando sobre como elas são um grupo preguiçoso, ou que não é possível que gostem de fato do que estão ouvindo. Breaking news: elas não gostam. Pink Venom, assim como todos os outros lançamentos, serve mais pra mostrar o poderio da YG e, conforme os anos foram passando, o Blackpink conquistou um patamar global tão grande que qualquer coisa que elas façam rende. O que se vende é a ideia falaciosa de que ser igual a elas dá muito certo, mas isso nem de longe é verdade. Deu certo com elas porque a fórmula da YG já existia. Foi isso que matou a essência do kpop, vocês concordem ou não.
Enfim, sobre Pink Venom… Eu posso dizer com bastante segurança que não é tão ruim quanto eu esperava, mas também não é algo que eu precisaria ter ouvido hoje. Pela primeira vez em anos (tirando Lovesick Girls, que foi um acontecimento astronômico daqueles que ocorrem a cada dois séculos), a sonoridade do Blackpink sofreu uma variação e não parece tão óbvia assim. O refrão é interessante (o que não significa que seja bom). Ele quebra expectativas por ser bem mais contido que o restante da música e, principalmente, ter PALAVRAS DE VERDADE. Mas é isso, basicamente dois anos esperando elas voltarem pra ter, sei lá, segundos de alguma coisa minimamente relevante.
Ser blink não deve ser fácil, confesso. Às vezes dá dó, imagina a frustração de receber uma coisa feito essa música? Um pouco mais de três minutos totalmente descolados de qualquer boa expectativa que ainda se reservava pra elas, com um monte de versos em inglês e orçamento bilionário jorrando pela tela. E ainda ter que fingir que é bom só pra não se dar conta da tristeza que é acompanhar o Blackpink nos dias de hoje. Até acho a estratégia da YG esperta, de meter as quatro em centenas de outras áreas pra deixar a marca do grupo viva porque é tão fácil aparecer e lançar qualquer merda só pra receber 100 milhões de views em 12 horas. São em momentos assim que eu penso que o kpop é um sinal apocalíptico de que o mundo vai acabar e o Blackpink tem a função de tocar as trombetas do nosso fim.
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Simplesmente você gabaritou. Penso o mesmo em tudo.
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“Nunca foi sobre música”
E realmente, Teddy Park resolveu deixar isso bem claro com o Pretorosa. É triste saber que a qualidade do que ele fazia acabou praticamente na mesma época em que o 2NE1 disbandou. E até disse no Twitter que se for pra fazer elas lançarem outro trap, é melhor separarem elas logo no ano que vem. Não foi um trap dessa vez, mas é uma música ruim, então é melhor apartarem logo
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Eu acho engraçado como algumas pessoas acreditam que esses dois anos de espera foi produzindo e aprimorando o album que (esperamos que algum dia) será lançado. Sendo que com certeza que o Teddy começou a trabalhar nessa música a um mês atrás e deve ter só aberto o midi das 4 últimas title tracks do BP e foi misturando algums elementos até chegar nessa bagunça quente que os fãs engolem sem mastigar chamada de música.
E eu tô enbasbacada com a quantidade de gente insistindo que a sonoridade tá ligeiramente diferente nesse lançamento sendo que está a a cópia escarrada de tudo que elas sempre fizeram: a estrutura de músicas, as “batidas etnicas”, as sessões totalmente desconexas. As músicas do Blackpink são só uma colagem de ideias batidas com uma atitude fraca de mina fodona pra dar liga. Sempre foi assim e, enquanto continuar sendo lucrativo, sempre vai ser.
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Nossa sim! E odeio ainda mais o fato dos piscas-piscas falaram que ela fizeram um hit sendo que não dá nem pra chamar de música.
Nada na música cativou. A dança tá incrivelmente fraca, os outfits são fracos, os únicos que chamaram a atenção foi o da jennie ( como sempre) a jisoo tadinha.
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