Weeekly Ven Para destruir todas as minhas expectativas a respeito do futuro do grupo

Quem acompanha o blog, sabe que eu pago um pau pro Weeekly. Fui de “nem sei o que é um Weeekly” para “melhor debut da quarta geração” em questão de dias porque, de fato, as irmãzinhas do Apink extrapolaram demais da bolha e acabaram construindo um enredo muito divertido sobre colegiais da geração Z com problemas de geração Z. E, pela honestidade do pacote todo, eu fui arrebatada por elas.

Por isso, um comeback das gatinhas é sempre motivo de expectativa pra mim. O ótimo viral do ano passado ainda ecoa na minha cabeça, mas depois que as estudantes tiveram suas aulas, extracurriculares e férias, o que mais seria possível explorar dentro desse universo? De repente um conceito fresh mais vida de jovem adulto igual ao Dalshabet em FRI.SAT.SUN? Não era o que os teasers escuros indicavam. 

Inovando ou não, o Weeekly não decepcionaria a gente, né?

Sem querer bancar o advogado do diabo, mas isso aqui é mais frustrante do que propriamente ruim, e eu vou te explicar o porquê analisando algumas coisas. Querendo ou não, o Weeekly ia crescer. Simplesmente não é mais trendy manter um bando de cavalonas fazendo aegyo pra sempre, mesmo que o aegyo do grupo não fosse tão marcado como o kpop já mostrou ao longo dos anos. Só pegar as veteranas delas como exemplo, que viveram de vestidinho branco por sete anos; foi só renovarem o contrato que elas passaram a ser a grande potência do que eu chamo de “pop de quenga triste”, tanto que o termo apinkzar se tornou bastante usual pra comentar esses revamps bem sucedidos. 

Pois bem, cheguei no ponto que eu queria: o que faz essa virada de chave ser bem sucedida? Na minha opinião, é uma combinação de demanda de mercado e necessidade. Demanda porque, bom, teve uma época em que o kpop era saturado de mocinhas de bem, até surgir o Blackpink; pro bem ou pro mal, é inegável que elas quebraram paradigmas. Desde então, supriu-se uma demanda de mulheres aparentemente mais fortes, de jovenzinhas a adultas, dançando ao som de batidões empoderadores, até que novamente o conceito ficou óbvio demais. Demandas surgem assim. 

Mas e a necessidade? Bom, a necessidade surge naqueles momentos de desespero onde o grupo ou não vende mais tão bem, ou quando a imagem não funciona mais. Apink fez isso, GFRIEND fez isso, até o WJSN fez isso e foram três casos de sucesso, aclamados pela blogosfera (que é composta por um povo animado que vive por um pop crocante assim). Agora vem a pergunta: tinha demanda ou necessidade pro Weeekly virar a chave? Acho que Ven Para é a resposta. 

Não digo que elas precisavam seguir a mesma coisa pra sempre, mas faltou timing no negócio. Um amigo que dissesse que ainda não era a hora certa, talvez alguém envolvido nas 50 músicas iguais do MOMOLAND e que aprendeu a yassificar o grupo no momento exato. Se antes, o Weeekly se destavaca da massa por insistir no teen crush melódico e divertido, agora elas são um ato qualquer que se formou na unidade mais próxima da faculdade Everglow e vestem techwear pra parecerem maduras demais pra idade. E o pior: com relevância de nugu. No mínimo, decepcionante.

Ven Para não dá liga. É como se fosse um grupo completamente diferente do que a gente conheceu batendo carteiras e andando de skate, e nem é como se mudanças não fossem boas. Só faltou planejamento e bom senso, porque basicamente é isso: ainda NÃO ERA O MOMENTO. É isso que me deixa mais puta. É muito fácil jogar um latin pop misterioso num fundo preto e chamar de versatilidade, mas quão vazia e falsa essa versatilidade precisa parecer? Quanto da identidade de um grupo precisa desaparecer pro kpopper médio bater palma e chamar de hino? 

Repito: Ven Para não é necessariamente ruim. O MV é bem produzido, dá pra ver uns efeitos massa e a música não é uma das piores coisas que eu já ouvi (tem até alguns hooks legais). É só básica e confortável demais, sabe? Dá pra reconhecer de longe quando um projeto novo não tem pesquisa e empenho, só jogaram um monte de referências copiadas de outros lugares que também copiaram de outros lugares e pronto, tá servido o comeback. Minha frustração é essa, ver um grupo tão interessante quanto o Weeekly indo pro ralo por nada. Você não precisa concordar com o fato da música ser lugar comum, mas se não refletir a respeito do que eu disse também, infelizmente você merece viver pra mais comebacks broxantes feito esse. 

Não vai ter indicação de b-side porque eu fiquei azeda. 

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