Desde a sua concepção, o aespa divide opiniões (assim como todo grupo novo da SM, que assume o papel de carrasco pela morte do seu antecessor). Só que, dessa vez, parece que a empresa botou em prática aquelas conversas sem sentido que a gente costuma ter no barzinho e, disso, o universo de KWANGYA e todos os elementos que o cercam foi criado.
Eu nem sabia se ia comentar sobre Savage, mas como o aespa também sempre divide as minhas opiniões, me dispus a assistir o MV sem muita expectativa (apesar do teaser ter sido bem legal). Next Level estourou a bolha e virou, inesperadamente, um dos maiores hits do ano, mesmo sendo capenga demais pra ouvir mais de uma vez. Será que as magalus da SM conseguiram se consolidar de vez com essa daqui, ou KWANGYA vai entrar em recessão econômica?
Vamos ver o MV antes que a Black Mamba derrube todas as redes sociais de novo.
Pra analisar essa música, eu fiz questão de tirar todos os pontos negativos que eu tenho em relação ao andamento do grupo pra tentar ser mais justa. Dito isso, Savage tem uma produção infinitamente melhor que Next Level. Como me disseram no Twitter, isso não é muito difícil, mas só de comparar as duas dá pra perceber o tamanho do amadorismo prepotente que a SM chamou de experimentalismo quando lançou o comeback passado. Em outras palavras, não tem três músicas coladas sendo vendidas como uma na maior cara de pau.
Já vou começar falando logo da ponte, que é a coisa mais bonita da música toda. A transição é suave e casou bem com o efeito visual de “viajar pra outra dimensão”, onde encontramos a naevis que, provavelmente, foi morta pela Black Mamba (ou entregaram a alma dela pelo bem da internet mundial), e ainda deu oportunidade da Ningning mostrar um pouquinho do seu poderio vocal. Apesar das letras nessa parte parecerem um culto religioso, consegui perceber que teve um cuidado em fazer duas bases sonoras terem sentido juntas, sem ninguém me falando o quanto isso é diferente e avant-garde.
Mas meio que acaba aí. Savage tem várias falhas; ela meio que cria expectativas onde não tem, constrói coisas que, na sequência, são bem frustrantes, e meio que cansa ouvir uma música com tantos altos e baixos. O problema não é nem o trap dessa vez, até porque eu curti um pouco a progressão das batidas que me levaram até um pré-refrão misterioso que só cresce, mas o que vem depois é tão broxante… O refrão gruda, mas é comprido demais, eu só fico torcendo pra ele acabar. Acho que essa não deveria ser a principal função de um refrão, né?
No meio disso tudo, as integrantes não conseguem se destacar igualmente. Vi uma edit da Giselle no Facebook e percebi que só as partes dela já dão uma ótima música. Por exemplo, onde a Karina parecia entediante, a Giselle foi lá e salvou. Ela tem culpa de ter um flow delicioso? Óbvio que não! Mas essa distribuição estranha de linhas, somado ao refrão final fraquíssimo e a um MV que não exatamente me conta a mesma história de KWANGYA que a letra carrega (parece que elas só enfrentam a Black Mamba dançando), acabaram deixando o conceito meio cansado pra mim.
Ainda assim, Savage é a melhor tentativa do aespa desde o debut, não só musicalmente. Queria muito que a SM lesse meu blog pra entender que eu quero ver conceito cyberpunk de verdade porque, se for pra montar uma historinha diferenciada, que faça isso direito. E pra provar que eu levo KWANGYA mais a sério que eles, trouxe minha ae pra dar um pitaco no comeback (sigam a Bea no Twitter também).

Tão aguardado que fez as ações da SM atingirem um novo pico após 11 anos, Savage entregou tudo… pros bg stans.
Como grupo rookie, o aespa ainda está testando o terreno para sua identidade musical, mas acho que agora já temos uma ideia melhor do caminho que será seguido.
Savage (a música) tem o panelaço de fundo que é típico da 4th gen do Kpop, dizem que é o que agrada os novos jovenzinhos que estão começando a consumir Kpop de uns anos pra cá. E assim como Next Level, ela tem frases marcantes que não te deixam esquecer a música assim que ela acaba. Para o bem ou para o mal. Nesse caso, foi para o bem.
Savage tem um som muito parecido com o que os boygroups têm entregado esse ano, incluindo seu grupo-irmão, NCT 127. Com um rap mais prolongado (para a alegria dos Giselle stans) e barulheira metálica. Ainda assim tem o toque do padrão girlgroups, com vocais mais estridentes, coreografia com mãozinhas pra todo lado e competição de quem grita mais entre as main vocals.
Uma coisa que me pegou são as letras fazendo referência ao universo das æ. Não sei até quando o público vai continuar engolindo essa chuva de informação sobre conceito, até porque estamos em uma época onde “quanto menos informação, melhor”. Mas acredito que também é um jeito da SM mostrar que ainda dita o ritmo da indústria, de certa forma – testando coisas que são um pouco fora da curva mas que ainda funcionam e agradam porque, oras, veio da SM.
Um ponto muito positivo foi a exploração do vocal da Karina, trazendo aí a marca da SM em estar entregando líderes que também são all-rounders.
Sobre o mini, traz muitas referências dos grupos da SM, como não poderia deixar de ser. A composição do mini em si me soou muito como algo que o NCT 127 teria entregado em 2016 e 2017. Com exceção de YEPPI YEPPI que é a prima mais gostosa e gótica soft de Umpah Umpah.
I’ll Make You Cry é, de longe, o destaque do álbum. Trazendo de volta uma nostalgia por ter um tonzinho de Catch Me If You Can. Mostrando o que a SM sabe entregar de melhor: EDM. (E dessa vez sem o LDN Noise pra transformar tudo em um remix de View do SHINee. Apenas a lendária Kenzie.)
Num geral, o mini foi muito bem organizado e tudo se encaixa direitinho. Foi uma boa oportunidade de ver que o aespa está seguindo o caminho de seus sêniores: o sucesso. Ansiosa para ver qual vai ser o legado que elas vão deixar.
Escute também: Iconic
Ao contrário do que eu esperava, o EP tá muito bom (entende-se que, pra ser bom pra mim, eu preciso gostar de, pelo menos, metade das músicas). Elas conseguiram explorar gêneros musicais diferentes e ainda mantiveram a imagem de baddies que a SM quer que elas tenham. Vi muitos comentários parecidos de várias pessoas na minha bolha social e entendi que duas músicas ficaram ali no senso comum da galera, mas a que mais me chamou atenção é a bagunça sonora de Iconic. Irônico, não? Pois eu achei a faixa bem carismática, misturando vários elementos que eu já escutei em outros lugares, mas deixando o resultado bem inesperado. Se ela não cresceu em você agora, sugiro ouvir por mais alguns dias.
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Savage pra mim é muito superior a next level, os vocais da icônica Ningning entregam tudo além daquele começo maravilhoso da winter “oh my god don’t you know im savage 🤪🤪” mas eu tô começando a enjoar da ambientação dos mv do aespa, eu sei q é pra tá no mesmo universo e tal mas só parece q tão utilizando o mesmo cenário nos três mvs, outra coisa, acho elas muito fracas em coreografia, nem sei quem é a dancer desse grupo mas as coreos são muito caídas mereciam mais, eu realmente não sou fã #1 de kwangya mas quero saber quando essa palhaçada da história vai avançar, já q prometeram universo compartilhado dos grupo eu sempre espero algo novo e parece q o lee sooman só escreveu três parágrafos sobre kwangya e vamos ficar nisso pelos próximos anos, parece até o loona depois da empresa chutar o cara q criou a história delas e desde então loonaverse tá totalmente perdido.
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