Alcohol-Free: Quem do TWICE será a nova Helena de Manoel Carlos?

Pensaram que eu tinha esquecido de falar sobre o TWICE? Pois é, tudo por culpa dessa promoção estranhíssima da JYPE de colocar o MV dois dias antes do álbum, prejudica as blogueiras que gostam de comentar também sobre as b-sides. 

Sem dúvidas, o comeback coreano do TWICE é sempre muito aguardado por quem curte kpop num geral. Elas são um dos maiores nomes da atualidade e tudo que elas lançam vira hit instantâneo por lá (coisa que não aconteceu com I Can’t Stop Me, injustiçada). E é muito doido como o grupo continua consistente nos lançamentos mesmo depois de seis anos de existência, as bichas não param de trabalhar um segundo (questionável, dado o sumiço da Mina em 2019 e da Jeongyeon em 2020). 

Enfim, como seu terceiro comeback de verão seguido, o TWICE lançou a música Alcohol-Free que, como vocês puderam perceber, dividiu opiniões na blogosfera. Não que seja importante, mas acho que faltava somente o meu pitaco a respeito dessa baguncinha regada a bebidas sem álcool, né? Então, vamos ver o MV primeiro.

Nunca fui fã dos comebacks de verão do TWICE: Dance the Night Away é algo que eu prefiro esquecer e engoli More&More a muito custo. Mas com Alcohol-Free foi bem diferente, talvez impulsionado por esse constante amadurecimento de imagem promovido pelo grupo desde o ano passado. Desde quarta-feira, essa música só vem crescendo comigo. 

A JYPE acertou bastante em desistir de dar bubblegum pop pro grupo e apostar em algo que condiz com a idade e situação atual delas (diferente de outro grupo que insiste em jogar no safe). Alcohol-Free tem uma carga de sensualidade muito grande por brincar com nomes de bebidas e a sensação de embriaguez que um amor pode causar, a ponto de se sentir flutuante, andando nas nuvens. Eu gosto quando o MV é literal e traz uma letra que pode ser interpretada de diversas formas, acho isso muito sinestésico. 

Aliás, sinestesia é o que não falta aqui. Quando incorpora elementos de bossa-nova e salsa, o TWICE me transporta pra uma praia deserta com elas. Eu sinto o cheiro da maresia e o toque da areia molhada nos meus pés, esperando um drink preparado diretamente da tendinha delas. É muito bom que Alcohol-Free saia um pouco do óbvio sendo uma música de verão que explore outras latinidades além do reggaeton, isso faz com que o aspecto veranesco da coisa toda seja mais natural. 

E esse conceito caiu como uma luva nelas. Talvez essa seja a era mais bonita do TWICE dentre todos os comebacks de verão que elas lançaram. Meu único adendo pro MV todo é que eu acho que ele poderia ter sido melhor editado. Não é que ele esteja feio, mas eu consigo ver claramente uns erros de sequência, como a Nayeon trocando de penteado umas 50 vezes durante a “dancinha do siri”, fora que me passou a impressão de que a Jeongyeon e a Mina não tiveram tanto tempo de tela quanto as outras. Enfim, detalhes.

Muito feliz de presenciar o TWICE evoluindo da forma que está. Alcohol-Free é mais um acerto delas comigo e, pra quem torceu a cara tantos anos pra elas, isso já é muita coisa. A sensação de ser uma mulher rica de qualquer novela do Manoel Carlos passeando na orla do Leblon em plena segunda-feira enquanto fica só na sweet mimosa piña colada na laje é indescritível, gente. Ansiosa por mais músicas que me façam curtir o verão coreano em pleno inverno brasileiro isolada em casa. 

Escute também: SOS

Consigo definir o Taste of Love em uma única palavra: excelente! E tenho vários motivos pra isso. Primeiro que não tem nenhuma balada na tracklist e isso já eleva o status de qualquer lançamento comigo, ainda mais sendo um álbum de verão. Não é Chaves em Acapulco essa porra, né? Então pronto. Segundo que todas as faixas apostam no retrô, seja qual for seu desdobramento ao longo da execução, e isso pode agradar tanto as viúvas do gênero, quanto as viúvas do próprio TWICE em 2020. E eu me segurei pra não salvar simplesmente o álbum todo no Spotify, até ouvi duas vezes pra fazer uma curadoria melhor. De seis faixas, incríveis quatro foram parar na minha playlist, sendo que SOS foi a que eu mais me identifiquei até agora. Um retrô clássico, chique e até com um gostinho (risos) de melancolia, perfeito pra fechar um álbum consistente como Taste of Love. 

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