Fechando esse mês agitadíssimo, nossa última gatinha a desovar uma música em maio é a Joy, do Red Velvet. Aproveitando a subnotificação de morte do grupo, a SM tem se dedicado a dar solos deliberadamente para as meninas pra manter o Red Velvet vivo no imaginário coletivo. Será que a Yeri ganha alguma coisa esse ano também ou o Sooman odeia ela o suficiente pra não deixar isso acontecer?
Enfim, a proposta da estreia solo da Joy é entregar um álbum de covers e um conceito anos 90. Eu esperava uma piranhagem, uma Coming of Age Ceremony moderna, mas a gente ganhou meia dúzia de músicas blé que fizeram sucesso na Coreia do Sul e é isso aí. Foi um desperdício de conceito…
Depois do pré-release horroroso, o lançamento da faixa principal já está entre nós. Vamos conferir.
Não sei se a SM não gosta do Red Velvet (ou tem suas favoritas), mas é o segundo solo seguido que me deixa meio… Hum, ok. Com aquela sensação de que as coisas poderiam ser muito melhores se a direção artística fosse mais cuidadosa na hora de contextualizar tudo. Não vou me enganar achando que o conceito hiponga que vende miçanga na estrada não teve participação da Joy, que foi algo forçado, mas ainda assim me passa a sensação de produto inacabado.
Fazendo um comparativo com a Wendy Konká e seu Dilúvio, Hello realmente é bem mais divertida e simpática. Apesar de não ter a força que eu achei que teria assistindo ao primeiro teaser (que sozinho já é melhor que tudo nesse debut), ela ainda me passa uma mensagem de otimismo mais natural que Like Water, querendo levantar meu astral aos poucos. Como eu ando meio sensível com tudo, nesse momento a energia da música até que funcionou.
Sobre o MV, eu achei uma gracinha no geral. Esse resgate da cultura ancestral da Coreia do Sul, mostrando as mergulhadoras de Jeju e os camponeses que ela encontra pelo caminho conversa muito com a própria situação em que ela vive no MV, que parece ser um pós-término. É como se ela quisesse se conectar com o mundo pra se encontrar de novo enquanto banca a fada madrinha e realiza suas boas ações, como a história da garotinha indígena perdida dos pais que cerca o MV todo.
Hello é uma música legal e tudo mais, só que… Sei lá, é aquele sentimento que mencionei no começo. Um álbum de covers com músicas sem muito apelo pro público internacional (julgando os teasers que saíram) parece ter sido um negócio tão improvisado pra dizer que o Red Velvet teve um comeback que meu pré-julgamento não me deixa aproveitar melhor. Só que a Joy entregou a lição de casa: não é uma música que ofende ou ruim o suficiente pra me fazer dizer “eu avisei”.
Mas, ao mesmo tempo, é tão inofensivo que é bem provável que eu não ouça isso aqui de novo.
Escute também: Happy Birthday to You
Escutar esse álbum às 9:30 da manhã foi complicado, porque a vontade que eu tive foi de voltar pra minha cama. O bom é que eu já esperava esse tipo de sonoridade pesando na tracklist inteira, então não me sinto enganada ou decepcionada, é mais aquela frustração pela concepção da ideia de um álbum de covers se prolongando por aqui. Nem ia recomendar nada, mas como Hello tem mais de duas faixas, eu preciso. Daí encontrei em Happy Birthday to You uma música animadinha e bobinha da Joy fazendo a sua vez de Marilyn Monroe cantando parabéns pra você pro Kennedy. Não sei de quem é a música original, mas senti que a voz da Joy combinou aqui. Só não vou ouvir de novo também.
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[…] como a Rafa, eu acredito que ela teve uma boa dose de liberdade criativa aqui e, no fim, ela não quer ser a […]
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hahahahaha, o título
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Morrendo com o título e com a Wendy Konká, kkkkkkk!
Hello até que é gostosinha, mas eu esperava cover disso:
E disso:
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