E não é que o dia chegou, gente? Em mais um episódio de lançamentos aguardadíssimos pela blogosfera, o Purple Kiss faz sua estreia definitiva no cenário coreano. Depois de dois pré-singles (sendo que um eu finjo que não existe) tão distintos entre si, o que será que o grupo nos reservou para seu lançamento oficial?
Ponzona finalmente está entre nós, assim como seu mini álbum de estreia, e levou o nome do Purple Kiss aos trending topics do Twitter. Está curioso pra saber o que eu achei? Confira o MV antes.
Bom, como já comentei diversas vezes pra quem se interessou em ouvir, o Purple Kiss tem uma trajetória muito irregular comigo. Em My Heart Skip a Beat, elas trouxeram um rock muito promissor, mas que se perde no meio do caminho e nunca mais é achado, se tornando a pior música de 2020 pra mim. Já a midtempo intimista Can We Talk Again me ganhou e foi parar na minha lista de melhores de fevereiro.
Ponzona tinha seu caminho livre pra me conquistar de vez ou me deixar completamente decepcionada, apesar de querer muito que esse debut desse certo, afinal as meninas têm talento e uma delas é ex-P48, ela merecia ter uma estreia legal. E, convenhamos? O resultado final de Ponzona está de matar. Literalmente.
O Purple Kiss explorou tantos estilos nessa música que o medo de se perder igual My Heart Skip a Beat era grande, mas não foi o que aconteceu. Pelo contrário: a música é coesa ao mesmo tempo em que ela se reinventa a cada batida. Começamos com uma base de R&B mais melódico guiado por um piano e um solitário e processado riff de guitarra, e essa batida se mantém contida ao longo de quase toda a música, dando espaço para que elas explorem mais o vocal.
A ponte, junto ao drop, é onde Ponzona se permite a ousar mais. O instrumental fica bem mais texturizado com sintetizadores caminhando pra um trap, e tem até um grito igualzinho naquele outro debut que eu esculachei esses dias. Mas é onde a música brilha na proposta de mostrar que o grupo não se chama Purple Kiss a toa; é a perfeita mistura da melancolia do azul e a selvageria do vermelho. Isso se torna Ponzona: palavra espanhola para veneno, e a feitiçaria envolvida em um “beijo roxo”.
O MV também está divino, dá pra ver que rolou um orçamento legal pra todo mundo ali ficar bem produzido (até aquele belzebu). Acho que foi necessário a RBW, como uma empresa que lucrou nesses últimos anos em cima do Mamamoo, abrir o bolso se quer fazer um novo grupo com conceito dark-bruxas-de-blair e parecer convincente, porque eu comprei a história. Ponzona só me faz pensar em como foi bom ter dado essa segunda chance pro Purple Kiss.
Escute também: Skip Skip
Apesar de fazer uma reciclagem das duas primeiras músicas lançadas anteriormente, Into Violet traz uma seleção de músicas inéditas e interessantes, reforçando a versatilidade do Purple Kiss em transitar entre as duas cores primárias que regem o grupo. Acabei escolhendo Skip Skip, uma música do lado mais “vermelho”, porque eu tenho observado uma tendência tímida dos grupos em trazerem um reggaeton na discografia. Só que, no caso de Skip Skip, o instrumental é mais influenciado pelo trap latino, embalado por sintetizadores e algo que se parece uma flauta de pã (mas posso estar enganada). A música é simpática, descompromissada e tem o replay factor pra se manter viva na minha playlist por um bom tempo.
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