Sim, o post é igual ao do Dougie porque somos blogs e fomos ao mesmo show, veja só.
A não ser pela Senhora Taeyeon, nos últimos meses, principalmente do final do ano passado pra cá, as pessoas não falavam em outra coisa: a vinda do TWICE para o Brasil. Um movimento inesperado, visto o tamanho do grupo em termos globais, mas extremamente aguardado por todo mundo que ansiava por essa visita. Na verdade, a impressão que eu tenho é de que essa missão não é necessariamente do TWICE e sim de qualquer outra grande empresa de kpop que veja potencial no público brasileiro em levantar shows e cobrir estádios (ahem) sendo que, até pouco tempo, isso era inimaginável.
Como eu gosto muito do TWICE, fiz o impossível pra garantir minha ida nesse que foi um evento histórico pra quem é brasileiro e gosta de pop asiático. Claro, muitas coisas poderiam ser melhores (muitas mesmo), mas foi um acontecimento que conquistou um saldo super positivo não só pra JYPE em termos de receita e tal, mas pra outros grupos tão grandes quanto pisarem nessa nossa terrinha de Deus. E, como prometido, enquanto estou no ônibus voltando do trabalho e de ressaca emocional, venho aqui trazer minha percepção de todos os aspectos desse show. O Dougie também já deu os ótimos dois centavos dele e esse meu post vai seguir o mesmo molde. Pena que a gente não se encontrou por lá, mas você pode ler a visão dele aqui.

Antecedentes
O TWICE anunciou uma data em São Paulo pra READY TO BE TOUR em agosto e a internet (pelo menos a minha bolha) entrou em parafuso. Quando um grupo de kpop desse escalão organiza uma turnê, a gente sempre tem uma pontinha de esperança de que o Brasil seja incluído no roteiro, mas é bem mais natural não alimentar as expectativas por aqui. Só que a própria JYPE já tinha dado indícios de prestar uma visita num vídeo promocional (e, se eu não me engano, foi um teaser de uma viagem/evento/random play dance que o JYP fez). A partir daí, a galera encarnou o José Norberto Flesch, a pessoa mais insistente que existe nesse país, jurando que o TWICE daria as caras.
E aí veio o anúncio. E eu juro pra vocês, me deixou sorrindo por uns três dias, até bater o desespero de como comprar o ingresso porque 1) era data única, e 2) era absolutamente certo de que esgotaria em minutos. As vendas, mal planejadas, começaram em setembro, semanas depois do anúncio. E, como eu tinha previsto, acabou tudo muito rápido, mas nesse meio tempo (depois de ficar duas horas na fila de espera virtual da Ticketmaster) eu já tinha conseguido. Cadeira superior, sim, a ala mais pobretona de todas, mas deu certo.
Fiquei pensando por alguns dias sobre o show e cogitei gastar dinheiro num lightstick. Nunca tive um; é um bagulho caro, pesado e que não tem serventia fora de um show de kpop, mas eu queria. Dentro de mim, eu sabia que era um investimento bacana, que ampliaria minha experiência e faria tudo ser ainda mais memorável. O que não anula o fato de ser um bagulho caro, pesado e que não tem serventia fora de um show de kpop. O tempo vai dizer se valeu mesmo a pena ter gastado mais de 400 reais no pirulito brilhante do TWICE; posso afirmar que ainda sinto os efeitos de ter botado uma quantia nesse treco e que me faria falta depois.

Fila
Pra contexto, eu tive alguns imprevistos durante o período que antecedeu o show. O principal deles foi ter mudado de área no serviço, impacto que ainda é muito sentido pelo próprio AYO GG, quando eu fico dias sem atualizar com qualquer crocância horrorosa que tenha saído da Coreia do Sul nos últimos tempos. Ainda por cima, eu ganhei um novo chefe, com o qual eu não tenho tanta intimidade assim pra pedir um dia de folga, e também sabia que nos primeiros meses de 2024 a nossa agenda ficaria cheia de clientes novos pra implantar o sistema da empresa e dar treinamentos. Mas só me preocupei mesmo com isso umas duas semanas antes.
Acabei ganhando metade do dia (e ainda saí com um pouco de culpa, coisas de quem trabalha pra sobreviver). A Gabs, minha amiga do trabalho, e a minha prima Jennifer seriam minhas companhias. A gente se encontrou na entrada do prédio onde eu trabalho e, de lá, pegamos um Uber. Minha prima é muito perspicaz e disse que era melhor a gente colocar o endereço de uma farmácia ali perto do estádio porque a fila provavelmente estava enorme e a gente andaria, pelo menos, uns 20 minutos até o fim. Ela viu isso no Twitter, na verdade, mas nossas três cabeças não pensam melhor do que uma em nenhuma circunstância, então foi bem importante ela dar essa ideia. No final das contas, o motorista ainda parou bem na frente do posto de gasolina onde a fila acabava de fato.
A gente ficou entre um grupo de meninas (folgadas, tá?) e um pai servindo de responsável pras duas crias enquanto não parava de trabalhar pelo celular. Ainda deu tempo de passar na loja de conveniência e catar uns lanches pra gente comer durante a espera, além de uma garrafa de água 2 litros porque, vocês sabem, as notícias ficam velhas e a comoção diminui, ninguém sabia ao certo como seria a distribuição de água por lá.
Não demorou muito pra fila começar a andar porque a gente chegou umas 16h. Pra quem conhece São Paulo, sabe que as ruas aqui não têm estrutura nenhuma pra comportar uma massa tão grande de pessoas. O trânsito é uma merda e as redondezas do Allianz são piores ainda, além de ser uma região de planalto e ruelas minúsculas onde passam carro toda hora. Isso fez a fila quebrar em vários pedaços. Numa travessa da Avenida Sumaré, existe uma “praça” com um único ponto de ônibus, dividindo um cruzamento de quatro ruas. Lembram das folgadas atrás da gente? Elas aproveitavam esses momentos pra furar a fila e eu, como uma boa paulista sempre pronta pro barraco, detesto que furem a fila. Teve um momento em que as pessoas simplesmente enlouqueceram e bloquearam uma rua cujo farol tinha acabado de abrir, daí quase rolou um atropelamento coletivo (a gente inclusa). O grupo de meninas tentou furar de novo. Eu só olhei bem feio e falei “ei caralho”. Depois disso a fila andou que não parou mais. Com certeza elas me amaldiçoaram até o estádio.
Entrada e pré-show
Aqui tem uma parte muito triste, mas vou dar um contexto rápido. Eu tinha uma garrafa da Philips muito bonitinha, mas depois de uma chuva desastrosa que caiu em São Paulo no fim do ano passado (e a pressa pra ir embora), eu acabei esquecendo ela em uma das lojas que fui dar treinamento. Até pensei em buscar, só que era em São Bernardo; aí cogitei mandar um Uber Flash. No fim acabei aceitando a possibilidade de alguém da loja estar fazendo bom uso dela e deixei pra lá, apesar de sentir falta de uma garrafa pra usar no trabalho. Corta pro último sábado. Tive um evento da empresa e, no kit que o RH deu pra gente, tinha uma garrafinha de alumínio bem simpática e que tentava manter a temperatura da água. Gabs e eu levamos as nossas respectivas garrafas corporativas e aí era só servir a água de 2 litros pra cada uma ir tomando na fila.
Não sei bem quais são os critérios desses lugares, mas a dúvida que pairou na gente foi: “será que vão fazer a gente descartar as nossas garrafas?”. Juro que até pensei em enfiar a minha na calça, mas achei que passaria vergonha caso os seguranças revistassem além da bolsa, então deixei a pobre da garrafa guardada num lugar convencional mesmo e joguei pra Deus. A Gabs foi ainda mais inocente e botou no bolso do lado da mochila, que é próprio pra isso mesmo. Chegando lá, a moça disse que não podia entrar com esse tipo de garrafa. Eu sou bem cara de pau e tentei apelar, dizendo que eu tinha ganhado da empresa, aí ela tentou apaziguar falando “tem um bar ali na frente, você pode guardar lá”, mas eu não ia voltar no meio da muvuca só pra isso. Hoje faz um dia que a minha garrafinha morreu.
Agora a entrada no estádio em si: horrível. A gente passou por umas duas catracas e ainda subiu mais cinco andares pra chegar nas cadeiras superiores. Além disso, os assentos coladíssimos entre uma fileira e outra só aumenta a agonia de pedir licença pra quem já tá sentado, tipo quando a gente vai pro cinema e precisa passar por um monte de pernas até chegar nos lugares marcados. A diferença é que no show não tinha lugar marcado e os assentos do meio eram os mais interessantes de se sentar, mas o trajeto é péssimo
E aí achei esquisitíssimo também o absoluto silêncio no estádio. Quer dizer, não tava exatamente silencioso porque sempre tinha um falatório aqui e ali (isso quando não gritavam pras instruções de segurança e saídas de emergência no telão, além do catálogo da JYPE capenguíssimo, sério, o que é um NEXZ), mas já fui em shows de grupos mais coitados, tipo o KARD e o MAMAMOO no famoso Tropical Butantã, e sempre era um fervo com a discotecagem de músicas icônicas do kpop e outras nem tão icônicas assim, mas que a gente cantarolava no sigilo. Agora, tudo que eles tinham pra oferecer era um slideshow das nove integrantes numa propaganda da Downy? Complicado. Achei que faltou um pouco de tato para com o público, sendo que uma grande parcela era de trabalhadores que acordam cedo e pegam transporte público. Eu mesma cheguei a bocejar umas três vezes, morrendo de vontade que alguma adolescente me criticasse pelas costas afirmando que eu não sou tão fã ou algo assim. Depois a Gabs sugeriu da gente dividir um pacote de Lay’s e um chá quente de lichia como café da tarde, junto do amendoim murcho da Jennifer.
Entre ondas de uma plateia entediada com o Power Point broxante do TWICE e meninas se apossando do meu lightstick para fins de foto (e eu olhando de canto a todo instante pra não surrupiarem meu negócio), o grupo de abertura se apresentou no palco. Sim, o tal do VCHA. Que todo mundo estava chamando de BICHA sem o menor pingo de pudor. Apesar de não levar fé nesse projeto, achei as meninas bem carismáticas porque claramente elas estavam vivendo o momento da vida delas sem saber o que o amanhã reserva. A Gabs não conhecia e pesquisou no Spotify in loco, com todo mundo em volta vendo, brincando aqui e ali sobre elas terem menos material que o Blackpink e já estarem no Brasil (Gabs é blink, infelizmente), até perceber que realmente as gatas só têm três músicas. De qualquer forma, a gente gostou da apresentação do VCHA. Não sei se elas são o número de abertura fixo em outros shows dessa turnê do TWICE, mas elas deram tudo de si ali. Fun fact: nessa hora eu achei que meu lightstick tava maluco e só me dei conta de que ele interage com a iluminação do palco depois da segunda ou terceira música. Extremamente tapada, diga aí.
O show
É engraçado como a gente vai levando tudo numa boa até o momento da atração principal chegar. Isso aconteceu comigo no Primavera Sound. Não sei se já contei aqui, mas peguei grade no segundo dia porque era meu objetivo ver o The Cure de perto (banda velha, vocalista mais velho ainda, a gente nunca sabe se vai ter essa chance de novo). Durante esse tempo todo, eu vi algumas apresentações e ainda escutei outras dezenas de longe, pensando em largar tudo e ir embora pelo calor violento que fazia em dezembro, pelas queimaduras que iam se formando na minha pele, pela vontade de fazer xixi e tomar água, pelo aperto das pessoas que estavam milimetricamente perto de mim. E tudo isso caiu por terra quando o Robert Smith entrou no palco. Parecia que eu tinha acabado de chegar ali, que a multidão abriu espaço pra que eu pudesse assistir aquilo a metros de distância. Eu adoro a sensação que um show causa e acho que, se isso morrer dentro de mim, é o fim da minha existência.
Com o TWICE foi a mesma coisa. Em determinado momento, eu percebi que elas cantaram a versão em inglês de Set Me Free e até gritei “eu só sei falar coreano!!!!” em protesto, mas ninguém ali sequer se importou. A alegria toma conta da gente, um sentimento difícil de descrever porque todo mundo perde a compostura cantando um idioma que nem de longe se parece com coreano. E isso é o mais legal desse embate entre culturas tão diferentes. O TWICE deve ser muito acostumado com o público doméstico e vizinhos asiáticos sentadinhos em cadeiras balançando seus lightsticks quase em sincronia. Talvez elas já tenham tido uma experiência remanescente se apresentando nas Filipinas, por exemplo, mas acho que nada no mundo é igual ao Brasil. Não existe plateia mais apaixonada do que um país de terceiro mundo sem oportunidades, e foi assim que a gente conduziu o show todo: com paixão ardente, tão quente quanto a noite de ontem.
As meninas se empenharam muito em aprender palavras em português e deram um banho de carisma, mas mesmo com todo esse laboratório feito por elas, deu pra ver no rosto de cada uma a surpresa em se deparar com uma multidão enlouquecida, que respondia cada interação que o grupo propunha no palco. Foi a primeira vez que eu presenciei um amor tão genuíno assim, em coletivo, apesar de saber desde sempre que kpopper é um pouco, ahm, desajustado. É que ali, naquele espaço, ninguém sabe da vida de ninguém, mas todo mundo tem um propósito em comum. Ninguém fazia a menor ideia de que eu tomo conta do AYO GG, assim como jamais saberia que o adm da kpop sapphic estava no mesmo ambiente que eu. Esse elo invisível que o amor de fã cria é sensacional, um fio condutor que sintoniza todo mundo na mesma energia, ainda que eu tenha passado o dia trabalhando ou uma menininha que veio acompanhada dos pais sobre subtração no colégio horas antes dali.
No lugar onde eu estava, todo mundo foi muito respeitoso. Talvez por ser arquibancada? Sim, acredito que na pista eu teria sofrido horrores. Dali de cima consegui presenciar de tudo, mas o que mais me emocionou foi assistir momentos de cumplicidade entre pequenos grupos de pessoas que foram ao show juntas. Como eu disse no post da última música do TWICE, esse seria um dia especial pra curar a minha garotinha interior e foi exatamente isso que aconteceu. Sou fã de algumas coisas, mas não sei se sou fã do TWICE. Será que eu não sei se sou fã porque sempre andei com meninos esperando a aprovação deles e, por isso, foi muito difícil pra mim admitir minha admiração por coisas consideradas “femininas”? Rolou uma reflexão sobre o papel do kpop na minha vida enquanto eu fritava com a sequência de clássicos que elas trouxeram lá pela metade do show. Foi uma energia muito gostosa de sentir.
Setlist
Achei que faltou muita coisa, mas a equipe foi bem inteligente em focar nos singles. Tá na cara que esse show do TWICE é um experimento e isso se refletiu muito no setlist, um acerto do caralho que só intensificou a força com que a galera cantava. Talvez eu não esteja tão familiarizada com esses shows de grupos de kpop grandes, principalmente o TWICE que tem uma discografia enorme e jamais caberia tudo em 2h30, mas a interação que elas têm com a plateia, usando as dance cams e a roleta de músicas do encore, é um diferencial enorme e isso proporcionou um acontecimento histórico por aqui, que foi a primeira performance do MISAMO como unit oficial fora do Japão.
Prós
- Adorei a performance de Queen of Hearts e, de quebra, passei a gostar muito mais da música. Até gravei uma parte pra postar no Instagram e guardar de lembrança. De longe, a maior mudança que o show realizou em mim enquanto fã.
- O medley de clássicos. Lógico, faltaram algumas músicas bem importantes, mas adorei elas terem juntado tudo porque não abriu espaço pra galera respirar. Foi uma paulada atrás da outra e senti que meu coração ia explodir de felicidade.
- MISAMO, como unit e os respectivos solos. As japonesas vieram armadas até o pescoço pro Brasil. Não consigo destacar uma das três, todas serviram um pedaço de homossexualidade em partes iguais. Foi um colírio pros olhos.
- Apesar de ter sido pela roleta do encore, ter Doughnut fechando o show foi maravilhoso. Causou aquela sensação de aperto no peito, como se realmente fosse uma despedida melodramática.
- Chaeyoung falando português. A bicha treinou demais e valeu muito a pena porque provavelmente ela limpou a imagem por aqui, ainda que não tenha convencido todo mundo. Eu mesma saí gritando “ela merece, ela merece”.
- Tzuyu esforçada pra manter a compostura apesar do calor. Sim, gatinha, te entendemos completamente, pode dar uma murchadinha no final do show sim.
- O respeito coletivo que rolou no lugar onde a gente sentou, que é o mínimo, mas diante dos relatos que eu li por aí, é melhor agradecer.
- Iluminação e telão. Por estar lá na cadeira superior, foi muito legal ver as animações e toda a logística da produção. O palco deu uma ampliada visual e a interação do lightstick com o ambiente deixou a experiência mágica.
Contras
- O slideshow da abertura, uma chatice. Se querem um feedback pronto pra trazer outros grupos, tá aí. Não façam mais isso.
- Desorganização da fila e da entrada, não tinha quase ninguém orientando e tomando cuidado pras pessoas não se machucarem no processo, inclusive fica aqui minha reclamação pela falta de espaço na saída das escadas rolantes. Por ter muita gente amontoada ali, quase rolou um esmagamento. A fila se formando no meio de um cruzamento também, o carro realmente queria passar em cima de todo mundo e não tinha um fiscal perto. Se querem ser referência em shows no Brasil, melhorem essa porra.
- Distribuição de água, que é consequência desse tópico aí de cima. Por ser muito desorganizado, eu não achei um único lugar pra pegar água e tive que gastar 24 reais em três copos pra gente não morrer de sede. Ou seja… Perdi minha garrafa da empresa à toa.
- Versões em inglês dos singles (os que têm versões assim, né). Sei que é na maior boa vontade, mas brasileiro vai desenrolar no coreano tranquilamente. Fica de lição pra próxima.
- A ausência de Signal. Eu tava pronta pra dançar, é a ÚNICA música do TWICE que eu sei a coreografia de cor. TT também, apesar de ter tocado na dance cam. Sério, elas odeiam Signal.
- Podem me xingar aí nos comentários, mas achei os figurinos bem feiosos. Cadê a Irene pra oprimir um estilista nessas horas?
- Sei que o ambiente legal foi uma exceção pra mim, porque eu li uns relatos horríveis no Twitter, gente pegando pesadíssimo com PCDs e tal. Ainda bem que não foi perto da gente. Eu sou bem barraqueira e já teria quebrado uns três dentes da baranga que fez isso.





Mesmo ponderando algumas coisas, principalmente a falta de segurança e a desorganização, eu amei ter visto o TWICE ao vivo. Elas respeitaram demais o nosso país e vieram sabendo a força que elas têm por aqui, ainda que a gente tenha assustado as coitadas com tanto amor. Deu pra ver que todas estavam muito emocionadas, desde as mais falantes, até as mais tímidas. Depois acendi um cigarrinho no ponto de ônibus processando tudo que eu tinha vivido, pensando no quão bom é criar memórias afetivas sobre as coisas, principalmente quando elas são tão boas assim. Obrigada, TWICE!
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ai rafa… li o post já querendo chorar, juro. (ia dar meus dois centavos no popasiático mas por motivos ÓBVIOS o dougie trancou o post) eu também não sou fã do twice, mas elas entram naquela categoria de grupos que eu mantenho muito perto do meu coração. o meu carinho por elas evoluiu de um “não acho um grupo talentoso, mas são todas muito carismáticas” pra considerar elas minhas nove madrinhas, além de ter feito muitos amigos muito fãs do twice o que só me fez amolecer ainda mais pra elas. foi meu primeiro show de estádio, e foi mágico. eu fui no dia 7, que tava visivelmente mais vazio (pelo que eu vi por aí, tava com metade do público do dia 6) mas rolou a mesma gritaria de deixar zumbido no ouvido, a mesma surpresa das meninas quando a gente começou a gritar por misamo e cantar parabéns pra jihyo (inclusive, foi a chaeyoung que percebeu que música era, e a jihyo teve uma reação hilária só agradecendo a gente e tocando como se não tivesse acontecido nada) e o momento inesquecível de ver a nayeon PUTA tendo que cantar i’m gonna be a star no encore (e escapei de recriar o vídeo da fã da taylor gritando “se tocar me! eu me mato”, porque eu gritei “se a última música cair em more and more eu me mato<3”, mas felizmente foi gone).
não sei se é por ter sido um show de girlgroup, mas foi uma experiência onde deu pra SENTIR que tava todo mundo sintonizado na mesma onda, conectado pelo mesmo amor que sentiam pelo twice, sem rivalidade ou #ranço de fanbase. saí de lá perdoando a chaeyoung, muito mais molenga pela mina do que eu pensei e querendo morar embaixo da asa da dahyun (sério, que mulher carismática, ela nasceu pra isso). eu pulei o show inteiro, gritei pra caralho, martelei um pessoal com o lightstick gigantesco do nct e corri o risco de sofrer uma lesão irreversível pois nem parecia que não faz nem um mês que eu torci o pé pelo tanto que eu me mexi.
organização de show de k-pop sempre é um pesadelo mesmo, não só considerando o relato das outras pessoas mas também o que eu experienciei durante os shows das duas units do nct aqui no brasil ano passado (e sim, trato com pcd é SEMPRE um show de horrores à parte) mas no fim do dia a gente acaba relevando, porque vale muito a pena quando você sai de lá parecendo que injetou k9 na veia de tanta felicidade. ótimo post como sempre rafa, e tomara que na próxima oportunidade eu consiga, além de ver os artistas principais, dar um oizinho pra rafa ayogg ❤
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tão bom né femmy viver essas meninices….. tomara que a gente se encontre em outros sim!
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Não vou ser nojenta ao ponto de falar mal aqui, vou ser bem simpática, fico feliz por todos vocês que foram pro show daqui a blogosfera, queria muito ter a mesma oportunidade de ir pra um show das minhas faves aqui e usar os 3 lightstick que eu comprei pra casa uma das minhas queridas!!!!
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Adorei o post, Rafa.
Faz tempo que não entro aqui, acompanho seu blog semestralmente, sorry, e compartilho com você os mesmo pontos negativos. Principalmente, eles terem colocados no telão elas que nem o povo falso da igreja.
Eu fui no segundo dia, estava bem mais vazio. E não pude até hoje postar minhas fotos pois eu arrumei um atestado. kkkkk
Eu sou fã do Twice, não me considero Once, mas acompanho elas desde o debut. E foi mágico.
é isso, bjos😘😘
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