E cá estamos com o último Playlist do ano antes do ranking de melhores de 2023. Parece papo de gente velha, mas passou muito rápido. Pode ser um efeito do trabalho excessivo agora que eu troquei de área, e aí os dias rendem muito menos do que antes, mas é estranho pensar que eu tenho esse humilde blog há três anos. 

Eu ando muito cansada por causa do emprego e não quero me estender muito nessas introduções, então vou logo pular pros comentários a respeito dos números que o AYO GG fez em novembro (e aí amanhã, talvez, eu fale sobre a notícia que ninguém queria dar). Sabiam que o blog foi contemplado pelos algoritmos do Google nesse mês? Como quem não quer nada, o post sobre o comeback do Red Velvet deu uma viralizada violenta e rendeu mais de 30% das views. No total mesmo, foram 11k e mais de 3 mil visitantes. 

Como vocês puderam perceber, o blog continua a passos lentos, mas agora em dezembro eu vou tirar férias coletivas pela primeira vez em quatro anos, então além de ter tempo pra idealizar as postagens do top 100, ainda consigo encher vocês de firula, pelo menos, até dia 10 de janeiro. Isso se não acontecer nada comigo, tipo a depressão me pegar ali na curva e me derrubar na cama por quinze dias. Mas, de qualquer forma, com os lançamentos ficando mais escassos durante o período de festas, vou tentar planejar bastante coisa legal por aqui.

Em ordem, os cinco posts mais vistos do blog foram:

– O (último?) comeback do Red Velvet, eternas em nossos corações;

– Mais uma cartada boa do aespa, e na sequência, o que é ainda mais inacreditável;

– Músicas de tiazonas da segunda geração, que sempre bate ponto por aqui;

– Grupos baixa renda dando um último sopro de vida antes de receberem o doce beijo do disband;

– E a playlist de outubro, que eu escrevi num surto depois de passar 20h em pé. 

1. Amefurasshi – Spin: Eu gosto muito dessas gatinhas e acho que vocês também deveriam fazer um esforço e parar de consumir lixo pra dar atenção pra elas. O grupo tinha sumido depois de abocanhar um top 20 aqui no blog ano passado, e essa provavelmente não chega a tanto, mas é uma delícia. 

2. Weeekly – Vroom Vroom: Mesmo tendo perdido o mínimo de hype que tinham conseguido uns dois anos atrás, o Weeekly é o mais novo grupo agraciado pelo sistema Apink de previdência social para gostosas. E, nossa, como eu gosto dessa… Continua tão fresca quanto na estreia. Como é bom ver essa porcaria queimar no inferno. 

3. Weeekly – Backwards: O instrumental dessa é completamente Lovelyz nos últimos meses de vida das ideias. A base disco já abre espaço pra uma abordagem mais dark logo nas primeiras notas, e elas realmente fazem o negócio funcionar. É assim que se amadurece um grupo, canalhas!

04. VIVIZ – Untie: Já o VIVIZ, que fez comeback na mesma semana, não me conquistou tanto assim com a title. Elas são um conjunto de ideias vencidas que outras já fizeram bem melhor, o que pra mim é ainda pior. Untie é fora da caixa e um estilo que combina bem mais com o trio, ainda mais porque não botaram a cavalona da Eunha pra cantar feito uma criança de 10 anos.

https://www.youtube.com/watch?v=pCbPwpcgUbM&ab_channel=BPMEntertainment

05. eite – Independent Woman: Ainda não sei o que é isso, mas vi o Dougie comentar no blog dele e resolvi dar uma chance. Bom, posso dizer que um synthpop a essa altura do campeonato é o que eu menos esperava, mas ele é bem feito e eu sempre me arreganho toda por um sintetizador. 

06. Nana Okada – Uragiri no Yuutosei: Geralmente eu sou resistente a esses números rockish animescos mais recentes do Japão, mas eu gosto muito da voz de Nana e acho que se encaixa perfeitamente na proposta. É uma May’n menos esganiçada e, por tudo que aconteceu dentro e fora do AKB48, um rock mais dramático parece bem mais convincente.

07. Nana Okada – Kono You kara Boku Dake ga Kierukoto ga Dekitara: E ainda tem essa outra aqui, que eu gostei muito mais que a title (e gostei mais do que achei que fosse gostar). Ela passa aquela vibe anos 2000 que só artistas japoneses tinham, e me despertou uma nostalgia estranha. Me senti uma garota com telefone de flip cheio de trecos pendurados e roupinhas alternativas andando por Tóquio. Vai pegar um top 10 e eu vou rir da cara de vocês. 

08. KISS OF LIFE – Bad News: Sinto muito, mas esse primeiro comeback de Natty & Cia é MUITO melhor do que o projeto inteiro do debut. É o que a HYBE quis fazer com o LE SSERAFIM em Unforgiven e falhou miseravelmente; aqui sim eu consigo sentir uma aura meio The Good the Bad and the Ugly, terra sem lei ou seja lá o que quiseram fazer. Além disso, me lembrou esse clássico dos auto depreciadores. Icônico.

09. aespa – Drama: Tá, eu sigo admirada pelo aespa ter metido uma sequência de músicas boas esse ano, mas o maior choque foi eu ter gostado de Drama de primeira. É facilmente um estilo que eu adoraria chapiscar em dias normais, mas eu acho que aqui elas amadureceram tão bem a ideia de baddies de um futuro distópico que eu me deixei levar.

10. aespa – Don’t Blink: E o EP também tá muito bom. Essa daqui é chicleteira que só e o refrão é de uma crocância, daquelas que quanto mais você morde, mais você quer sentir o croc croc. Feliz do aespa ter se achado no mar de opções (ou tentativas e erros, chame do que quiser) que a SM forneceu pra elas. 

11. aespa – Hot Air Balloon: Ai como eu gosto dessa… O instrumental maluco meio Sonic do Mega Drive, aquela fase do barril maldito que tinha que ficar indo pra cima e pra baixo pra conseguir prosseguir no jogo. Uma gracinha, provavelmente segue soberana sendo a melhor da tracklist do já ótimo mini do grupo.

12. Red Velvet – Chill Kill: Como eu comentei no post exclusivo, acho ótimo se o Red Velvet decidir seguir em frente, mas se não quiser, Chill Kill é um excelente jeito de dizer adeus. Os versos continuam sendo minha parte favorita, mas eu gosto demais da progressão da música, voltando aos moldes esquisitões que já fazem parte do cerne do grupo. 

13. Red Velvet – Underwater: As coisas boas continuam no álbum, como Underwater, que deve ser a melhor delas nos últimos tempos. Tudo que a title tem de creepy evolui aqui. Esse paredão de sintetizadores é um negócio que chega a me deixar sem ar de tão imponente, talvez a representação sonora de encontrar, sei lá, a Lady Dimitrescu numa estrada escura. 

14. Red Velvet – Bulldozer: Essa é bem Red Velvet, eu diria. Tá dentro dos parâmetros de uma album track que o grupo lança em dias bons, e fazia um tempinho que as divas não tinham um dia assim, né? Bulldozer é divertida, sem abrir mão da sobriedade, e é uma daquelas oportunidades que o grupo tem de mostrar o dinamismo dos vocais.

15. Soyeon, Winter, Liz – Nobody: O drama que foi quando essa música saiu porque as queridas envolvidas não se encontraram nenhuma vez, cada uma gravou sua parte e mandaram pro estúdio remixar e não sei mais o que. Um dos melhores trabalhos que eu apresentei na faculdade aconteceu exatamente assim, então acho que tá tudo bem.

16. Lexie Liu – delulu: Minha mãe chinesa continua servindo ótimos números musicais e eu não vejo a hora dela lançar outra pedrada igual ao aclamadíssimo The Happy Star. Os lançamentos mais recentes (Gone Gold pra frente) são extremamente magnéticos. Ela não tem medo de se jogar num gênero novo e o resultado sempre é o mais acessível possível. Mesopotâmica. 

17. Dreamcatcher – OOTD: Não vi nenhum dos meus colegas falando dessa, então acredito que ninguém tenha dado a mínima. Já eu continuo gostando bastante aqui em casa. O paralelo com Nine Inch Nails que eu fiz vai se materializando cada vez mais conforme eu vou ouvindo. 

18. QUBIT – Mr. Sonic: Aquela banda que a DAOKO é vocalista lançou o primeiro álbum e ele é bem legal, mas Mr. Sonic é mais que isso. É transcendental de bom. É como se um foguete me mandasse pra lua, mas ele explodisse no meio do caminho e eu ficasse à deriva apreciando a paisagem até morrer. Uma pena (e um CARALHO PORRA SÉRIO???) que o clipe foi feito com IA. Dava pra extrair tanta coisa visual boa dessa música. 

Vocês sabiam que agora eu vendo minhas artes? Lá na Colab55 tem algumas opções de produtos com estampas que eu fiz e você pode comprar pra ajudar essa pobre coitada que escreve o blog.

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