Músicas apocalípticas de atos que já morreram pra discutir o fim do mundo de muita gente: o Twitter

Como vocês puderam perceber, o blog meio que foi abandonado nesses últimos dias. Eu tenho três motivos pra isso: 1) odiei quase todos os lançamentos da semana que passou e fiquei sem pauta pra comentar; 2) tomei a terceira dose da vacina e quase morri; 3) a academia tá me tomando muita energia e disposição. Porém, não é só esse blog e a dona dele que estão entre a vida e a morte. 

Graças ao ex-marido da porca da Grimes, consegui cavar um assunto pras views dessa bagaça não irem pro brejo, já que a fofoca mais quente do momento é a compra da rede social ao lado, o Twitter, por uma bagatela de 44 bilhões de dólares. O que é bem engraçado se a gente for ver que ele costuma usar a conta dele pra ser livre e dizer o que pensa; bom, o dinheiro compra tudo, até a liberdade de expressão, afinal eu posso dizer o que eu quiser se eu comprar o meio de comunicação pelo qual eu faço isso. 

Enfim, daí muita gente tá comentando sobre a possível morte do Twitter, o assunto subiu pros trending topics e eu, como uma boa marketeira da desgraça alheia, resolvi criar um paralelo e comentar sobre músicas catastróficas (literalmente ou não) do pop asiático de atos que morreram. Faz sentido? Óbvio que não, e vocês vão ver ao longo do post que isso aqui é uma groselha sem tamanho, mas eu realmente fiquei sem pauta e não quero deixar o AYO GG sucumbir antes do Twitter (ou do mundo, por que não?). 

Girl’s Day – Female President

Eu nem desgosto tanto dessa música, mas o contexto dela é engraçadíssimo porque, na época, uma mulher seria presidente pela primeira vez na Coreia do Sul e isso, por si só, foi uma ótima oportunidade do Girl’s Day promover o fato e causar um bafafá no país. Só que a vida é travessa, né? E a veia foi pega num esquema bizarrésimo de seita com uma guru maluca por trás ditando tudo o que ela deveria fazer. E toda essa história me remete ao novo patamar que o Twitter alcançou há uns anos, que é ser palco pra político e qualquer tipo de doido que queira defender um velho engravatado. Female President correu pra que o resto do mundo andasse. 

miss A – I don’t need a man

Também não acho essa tão horrível, mas deu uma enjoada ao longo do tempo e parece um grande vídeo do Canal das Bee, que inclusive foi um dos ápices dessa nova era da rede social. Todo mundo aprendeu mais ou menos como lacrar entre 2014 e 2015, até virar esse mar de esgoto que o Twitter virou hoje em dia, onde comprar um sorvete da Bacio di Latte está relacionado a açoitar os antepassados de outras pessoas. No contexto coreano, eu acho sim que o miss A teve um papel importante no feminismo de lá com I don’t need a man, mas a história do grupo provou ser o contrário e, atualmente, nenhuma das integrantes manteve contato mais. Sororidade!

9MUSES – No Playboy

Eu acho essa daqui tenebrosa. Os vocais bizarros do 9MUSES com uma respiração estranhíssima me deixam muito incomodada, ainda mais naquele clássico vídeo cujo subtítulo é “horrible debut”, mas não seria icônico se tudo acabasse numa pista de dança tal qual aquela música do Capital Inicial (o mundo vai acabar e ela só quer dançar)? No Playboy seria perfeita pra isso. Me lembra até o fim do Fleets, com todas as gays fazendo a festa compartilhando fotos +18 antes que o recurso chegasse ao fim. Se esse dia fosse uma música, seria essa. 

Berryz Koubou – cha cha SING

Essa entra na lista pelo simples fato de me lembrar o Dougie, uma das maiores personalidades do Twitter. E, se a rede acabar mesmo nas mãos do ex da Grimes, as pontuações do atual maior blog do Brasil vão fazer falta. Enfim, cha cha SING do Berryz Koubou é algo como: se o fim do mundo fosse um grande filme de Bollywood de qualidade duvidosa, ela vai tocar enquanto os créditos sobem e a humanidade arde no fogo do inferno. Nada como a Hello! Project pra servir uma apropriação cultural de qualidade, ainda mais com a Momoko com 20 anos na cara e agindo como uma criança de sete no carnaval da escola. 

Namie Amuro – Wild

Se tem uma coisa que o Twitter vai deixar saudades é do bando de velhas fãs de j-divas. Eu me mato de rir com os memes e isso meio que deu uma reavivada na minha experiência na rede social, como por exemplo dona Namie Amuro. A estética de Wild é maravilhosa, uma coisa bem Jogos Vorazes de ser uma resistência contra o governo tirano num futuro distópico e nem tão alternativo assim. Só que é hilário o fato da Namie cantar uma letra tapada num engrish tão crocante e aí não consigo levar o MV a sério. O verso legs, arms, shoulders, knees, fingers, toes, hips and belly é extremamente impactante. 

2NE1 – Come Back Home

Parece que estamos em 2011 com o 2NE1 em evidência mais do que nunca com a reunião surpresa das três velhotas e uma gostosona no Coachella, que aconteceu um dia desses aí e bombou no Twitter, sendo um dos últimos acontecimentos realmente relevantes nos trending topics, chocando Arthur Achifrar e Maíra Cornadi. E, bom, os fãs mais fervorosos juram que Come Back Home é uma revolução sonora, e eu não vou mentir que o MV tem uma temática bem legal, talvez dos menos bregas da videografia delas, mas a música mesmo… Sem chance. 

Girls Generation – Party

Por outro lado, os fãs dessas aqui quiseram morder a bunda de raiva porque o grupo rival voltou antes do comeback que as cacuras tanto prometem e, de repente, a timeline voltou a ser sobre blackjack vs sone, o que foi muito engraçado, remetendo aos tempos de ouro do Twitter. E, por mais que alguma integrante fique soltando por aí que elas vão voltar (em 2022 o Girls Generation faz 15 anos), ainda que a DJ HYO solte seus pancadões e a Tiffany esteja com a carreira falida nos EUA, a gente sabe que o grupo morreu e só não querem liberar o corpo do IML. Então ficamos com a lembrança da péssima Party

KARA – Pandora

A única dessa lista que eu gosto de verdade, Pandora sempre foi a trilha sonora do nosso fim pra mim, com esse instrumental fantástico e assustador ao mesmo tempo. Eu gostaria de morrer num desastre natural iminente, que poderia ser evitado com a tecnologia de ponta de empresários como o próprio Elon Musk, mas que ele não compartilharia com todo mundo, tipo o filme Não Olhe Para Cima, enquanto toca essa de fundo. Pelo menos eu cantaria literalmente pra subir belíssima, assim como o KARA. Ou pode ser num cenário mais simples, como assistir o outrora icônico Twitter sucumbindo pra um bilionário mesmo. 

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