As dez músicas barradas do meu ranking de 2021

Como o mês de dezembro costuma ser bem parado (e geralmente é quando eu tenho mais tempo de escrever), resolvi iniciar uma série de posts aleatórios pra comemorar o fim do ano e, de quebra, o primeiro aniversário do AYO GG (que é quando eu pretendo postar o meu top 10 de 2021). 

Abrindo os trabalhos, aproveitei que terminei de organizar o meu ranking, que provavelmente vai se manter assim até a última semana de dezembro, e óbvio que algumas músicas ficaram de fora, já que eu fiz uma peneira de quase 200 músicas (reclamei, mas no final rendeu bastante coisa). Pra não ter que falar de tudo, separei as dez injustiçadas pra discutir sobre o que aconteceu pra elas ficarem de fora da lista oficial e a minha relação durante o período em que eu escutei. 

Obs.: Sim, eu copiei o Miojo Pop.

110. Tsubaki Factory – Masayume

O Tsubaki Factory lançou seu segundo álbum esse ano e ele não é grande coisa além de uma capa precariamente fofinha. Mas nele tem Masayume, e essa música me dá muita energia porque parece trilha sonora perdida de alguma fase de corrida do Sonic Adventure ou algo assim, com todos esses trompetes animadíssimos e os ad-libs. O que prejudicou foi o fato de não ter nada dos grupos da Hello! Project no Spotify, que é o meu aplicativo de streaming atual, então até achar um link de download que não enfiasse 300 trojans no meu computador demorou um pouco, mas até que elas deram uma boa escalada comigo durante o ano. 

109. ITZY – TENNIS (0:0)

De forma hilária, o ITZY conseguiu lançar duas titles horríveis esse ano, mas o Guess Who trouxe músicas simpáticas, como TENNIS (0:0), que é uma gracinha. É aquele tipo de faixa que você espera que tenha um MV especial porque a letra e o conceito por trás possuem tanto potencial que seria burrice desperdiçar. Bom, não ignoraram completamente, já que tem um stage especial bem chill com toda a temática de tênis, mas eu acho TENNIS (0:0) tão inteligente e simples ao mesmo tempo que fica até difícil acreditar que uma dessas veio do ITZY. Sou apaixonada por todas as analogias entre o sistema de pontos (love) e um amor de verdade, e é uma vibe que combina tão bem com elas, sabe? Se liga, JYP.

108. SKE48 – Koi Ochi Flag

Outra que ficou um tempão flertando com posições altas no meu ranking foi Koi Ochi Flag, que não é só um mega acerto na carreira do SKE48 como deve ser uma das melhores músicas de graduação. Também pudera, a gente tá falando de Jurina fucking Matsui, a mamacita-mor dos grupos 48 e, depois da recepção porca que o álbum solo dela teve, acho que ela não se arriscaria a se despedir de uma forma tão sem graça. E, na real, ela nem merece por conta do papel importantíssimo que ela teve fazendo parte da franquia. Koi Ochi Flag é basicamente um monte de garotas dizendo o quanto a Jurina é linda e perfeita, e ela se aproveitando disso pra dar close pela última vez. Uma pena que tenha caído tanto comigo nos últimos meses. 

107. Dasom, Hyolyn – Summer or Summer

TALVEZ os mais velhos fiquem bravos comigo por ter cortado essa aqui das cem mais. De verdade, essa música durou muito mais do que eu imaginava, apesar de ser uma delicinha e tal. Acho que na época que Summer or Summer saiu, a gente tava bem fraco de verão e a nostalgia comeu solta, mas isso não tira os méritos do lançamento. É um pop-reggae meio bossa-nova que consegue transmitir todo o conforto de ver duas grandes amigas aproveitando a estação como se deve. Foi um ótimo presente pros fãs abandonados do Sistar e do kpop da segunda geração como um todo. 

106. Younha – Oort Cloud

De repente, o álbum da Younha caiu no meu colo e eu não pude evitar de me prender a Oort Cloud, um country rock que estaria em qualquer momento da discografia de, sei lá, um Kings of Leon da vida. É um estilo difícil de ver dentro do cenário coreano (nem to contando com o kpop) e acho que foi tudo tão bem executado que me faz ter vontade de ouvir mais enquanto eu viajo sem rumo numa estrada de terra levantando poeira. Sem contar a quebra de expectativa enorme quando a faixa chega num FUCKING SOLO DE SAPATEADO. Acho que o tempo pra ouvir os lançamentos fez com que eu não me apegasse tanto assim a Oort Cloud, mas é injusto não reconhecer o poder que essa música tem.

105. Chungha – X

X é uma das maiores power ballads que o kpop já proporcionou, não só pela força do instrumental que só faz crescer ao longo dos minutos, mas (muito mais) a mensagem de amor próprio e superação que existe por trás. Aqui, a Chungha conseguiu se comunicar comigo de uma forma tão clara que chegou a ser assustador. Eu amo muito todo o conceito de ser “grande demais”, sobre se encaixar em algum lugar e não conseguir, e finalmente se libertar. O trecho você deveria ter amado o meu pior, agora você apenas vai me assistir pela sua televisão é TÃO poderoso e consegue me atingir em cheio até hoje. O padrão mínimo pra amar e ser amado é o dessa música aqui, não aceite menos que isso.

104. TWICE – Kura Kura

Spoiler: vocês vão ver muito do TWICE no meu ranking, então é proibido ficar puto porque Kura Kura não passou da linha de corte. O ano do grupo foi extremamente movimentado e cheio de grandes bops pra dar e vender e, no meio disso tudo, o lado japonês delas acabou sendo o mais fraco de todos. Até Kura Kura, que ainda é a melhor da safra nipônica, dividiu opiniões pela blogosfera e ficou muito defasada conforme os meses foram passando, apesar de ter uma introdução matadora até hoje. Isso é culpa do TWICE? Óbvio que não, 2021 foi produtivo pra elas em outros idiomas e, agora que a gente sabe que todo mundo renovou o contrato (pelo menos é o que parece), ainda dá pra esperar muito do próximo ano. 

103. IU – Coin 

Com um álbum super elogiado e que representa o florescer de uma das figuras mais emblemáticas da Coreia do Sul, a IU seria uma escolha fora de cogitação se o blog existisse em anos anteriores. Fato é que a irmãzinha da nação teve em Lilac seu auge artístico e rendeu as melhores músicas da sua carreira; Coin é uma delas, mesmo que esteja aparecendo na lista de barradas. Talvez o grande problema seja que ela só funcione comigo dentro da narrativa do álbum, mas perde um pouco do apelo sozinha. Ainda assim, Coin é uma ótima faixa que mostra um pouco da nova IU que veremos daqui pra frente. É como ela mesma diz no rap surpreendente depois do primeiro refrão: it’s no kids zone. 

102. FEMM – Private Dancer

O FEMM lançou uma porrada de músicas esse ano (e quase todas no mesmo chroma key), mas nenhuma chegou aos pés do batidão noventista de Private Dancer, daquilo de ser extremamente experimental e flertando com uma certa tendência sadomado enquanto oferecem a melhor experiência que uma balada interespacial poderia. Difere muito do camp que elas usaram em singles do ano passado, por exemplo; na verdade, é bem chique, e um material pronto pra agradar qualquer LGBT de plantão. Tem cheiro de Chanel nº 5 transpirando pós-voguing num cafofo da Augusta. O melhor dos mundos.

101. LIGHTSUM – Vivace

Só não tão melhor quanto essa demo descaradamente roubada da gaveta do IZ*ONE que a Cube arranjou como primeiro comeback do LIGHTSUM. Enquanto o (G)I-DLE agoniza na incerteza e cada vez mais meninas do CLC fogem da empresa, essas novinhas aqui dançam em cima de um house cintilante que ficou pendurado na linha de corte do meu ranking até o dia de hoje. Acho que o que me fez decidir entre Vivace e a música de número 100 foi o rap deslocado ali no pós-refrão que não tem muita razão de existir, mas que o LIGHTSUM deu um up sensacional depois do debut horrível e desastroso… Vão honrar muito o IZ*ONE, que morreu tragicamente e não conseguiu lançar essa daqui a tempo. 

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